Os pioneiros do metal industrial extremo, Fear Factory lançaram recentemente seu décimo álbum de estúdio, Aggression Continuum, em junho, pela Nuclear Blast. Agora, no entanto, a banda divulgou a versão totalmente instrumental do disco, Aggression Continuum: The Instrumentals.
No Brasil o álbum foi lançado pela parceira Shinigami/Nuclear Blast e pode ser comprado aqui.
Anteriormente, o colunista Claudio Azevedo resenhou Aggression Continuum no Blog n’ Roll. Confira abaixo o que ele relatou sobre o último álbum do Fear Factory.
Aggression Continuum por Claudio Azevedo
Ouvindo Aggression Continuum, pouco parece ser a despedida. Estão lá, tudo que os fãs adoram: os efeitos industriais nas introduções das músicas, os riffs abafados e fortemente influenciados pelo death metal e pelo groove, as temáticas futuristas e a sempre perfeita atuação de Burton.
Recode, faixa de abertura, já cumpre sua missão, pois possui um refrão que gruda como chiclete na mente do ouvinte, uma das mais desgracentas aberturas de um álbum do Fear Factory. Prosseguindo com Disruptor, outra cacetada que mistura perfeitamente essas características. Mais agressiva ainda, a faixa-título já confirma que o álbum possui a marca da banda.
E como todo álbum do Fear Factory possui um melhor momento, aqui ele atende por Fuel Injected Suicide Machine. Sem sombra de dúvidas, uma das melhoras faixas da carreira da banda, cujo refrão melódico despejado perfeitamente por Burton deixa o ouvinte confuso, afinal, é hora de lembrar que esse é o último álbum com esse estupendo vocalista.
Collapse é uma das únicas a não contar com vozes limpas, trazendo riffs cadenciados com guturais e bumbos velocíssimos, outro momento imperdível. End of Line encerra Aggression Continuum com o jeito Fear Factory de sempre, futurista, industrial, pesada e melódica, tudo ao mesmo tempo.
Comparações à parte, vale dizer que esse álbum não inventou muito, seguindo o estilo adotado de Mechanize para cá. Sem mais delongas, experimente ouvir esse álbum e a gama de sentimentos que ele é capaz de proporcionar.
Entre todas as previsões pessimistas para o futuro da humanidade que sempre foram abordadas nas letras da banda, a mais terrível era de que Burton C Bell um dia não faria mais parte da máquina. We will never made to last!