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Crítica | Amor, Sublime Amor – 2021

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No início dos anos 60, um então Steven Spielberg com 10 anos conheceu a história de “Amor, Sublime Amor“, clássico dirigido pela dupla Jerome Robbins e Robert Wise, com base no livro de Arthur Laurents. Apaixonado desde então pela história de amor proibido entre Tony (Richard Beymer) e Maria (Natalie Wood), ele tentou durante anos realizar esta produção e mesmo sendo quem ele é, nenhum estúdio queria que este projeto acontecesse (devido ao fato de descreverem o mesmo como “único”). Então após constantes sucessos na então 20th Century Fox, o mesmo permitiu que ele o realizasse da sua maneira. O resultado acabou não só sendo um dos melhores musicais do ano, como também dos últimos anos.

A história é fortemente inspirada no clássico de William Shakespeare, “Romeu e Julieta” e mostra os jovens Tony (Ansel Egort) e Maria (Rachel Zegler), que fazem parte de etnias completamente diferentes, pelas quais brigam constantemente de formas diversas. Afinal, o primeiro faz parte de uma gangue de estadunidenses, e a segunda é irmã de um dos líderes da gangue de costa-riquenhos.

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Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)

Spielberg sabe as grandes possibilidades que poderiam ser feitas nesta produção, e por isso nos brinda com diversos momentos que fazem esta produção ser única. A começar pela sequência de abertura, que é totalmente concebida com um número musical com uma melodia viciante composta por Leonard Bernstein (que provavelmente vai levar o Oscar), pelos quais consegue captar a nossa atenção de imediato. Isso não poderia ter ficado melhor, já que a fotografia de Janusz Kaminski usa e abusa de tonalidades amareladas e acinzentadas, para remeter ao fato de estarmos assistindo ao filme dos anos 60 (e isso ocorreu durante toda a projeção, vale destacar).

Com relação às canções, há dos mais diversos tipos, dos mais românticos aos mais animados e dramáticos. Mas Spielberg sabe muito bem como e quando conduzi-las, pois ele sempre os coloca nos momentos certos e não durante arcos dramáticos ou desfechos aos quais o espectador ainda está absorvendo o que foi visto. São nestas horas que vemos o talento do casal protagonista vivido por Elgort e Zegler, consegue não só ter química, mas também semblante e entonação para as músicas.

Agora uma atriz chave, pelo qual acaba roubando a cena é a costa-riquenha Rita Moreno (que esteve no original interpretando a irmã de Maria, Anita, e agora vive Valentina, a chefe de Tony), que possivelmente pode ser indicada ao Oscar de atriz coadjuvante. A veterana sabe brilhar quando aparece e até mesmo possui ótimos momentos chaves em cena (já que muitos dos pesos dramáticos caem sobre ela).

O remake de “Amor, Sublime Amor” é uma verdadeira obra de Steven Spielberg que mostra o quão o mesmo estava nitidamente apaixonado na hora de conceber essa nova roupagem ao clássico.

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