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Crítica | Belfast

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O cineasta Kenneth Branagh é um dos mais respeitados da indústria, por ser um dos poucos que conseguem adaptar ao pé da letra as obras de William Shakespeare. No intervalo de tempo quando não está adaptando obras do Detetive Hercule Pirot ou atuando em filmes de Christopher Nolan, ele resolveu fazer este “Belfast“, uma produção totalmente inspirada em sua infância, que foi na cidade de Belfast, na Irlanda do Norte, durante os anos 60.   

A história é centrada em Buddy (Jude Hill), que mora com sua família na cidade citada. Acompanhamos por sua perspectiva diversos conflitos políticos e sociais, ao mesmo tempo que ele começa a ter uma paixão enorme pelo cinema e uma colega de escola.

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Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Realmente este é o filme mais pessoal da filmografia de Branagh, que despeja todo seu sentimento em cima da interpretação de Hill (que se assemelha como uma espécie de versão infantil do próprio). Com os enquadramentos quase sempre sendo feitos de baixo para cima, assim como algumas cenas de tensão quando Buddy observa a movimentação (inclusive, dá pra sentir que no fundo o mesmo se sente seguro de suas atitudes, só pela transposição da câmera), facilmente nós somos colocados no olhar do garoto.   

Porém, assim como o recente “Roma” (que foi inspirado na infância do próprio cineasta Alfonso Cuarón, mas na perspectiva de sua empregada doméstica) também temos uma narrativa com poucos diálogos e mais enfoque na narrativa com uma fotografia em preto e branco (só que com menos momentos sutis e belos, como na obra de Cuarón).   

Realmente não consigo dizer se há uma atuação ou momento marcante, pois isso não ocorre (tanto que as indicações ao Oscar de Judi Dench e Ciarán Hinds, não foram merecidas). Já que o único ator que realmente consegue convencer o espectador a embarcar na jornada, é o próprio Jude Hill.

Belfast” acaba sendo um ótimo trabalho para o cineasta Kenneth Branagh ver com seus amigos e familiares, e recordar sua infância. Já para o público, acaba sendo o “primo de terceiro grau” do sucedido “Roma”.

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