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UK Rocks | Me First and the Gimme Gimmes + Pinc Louds + 4ft Fingers no O2 Academy Islington

Jetlag nada! A chegada em Londres foi com recepção para lá de especial do Me First and the Gimme Gimmes, a melhor banda de covers do mundo. Sim, eles se autointitulam assim. E não estão errados. A diversão é garantida sempre.

O O2 Academy Islington, casa para pouco mais de 800 pessoas, estava abarrotada para receber Spike Slawson, CJ Ramone e companhia.

Por aqui, o Jubileu da Rainha, que está sendo comemorado neste fim de semana, domina tudo: decoração das casas, capa dos tabloides, lojinhas de caça turistas. E o show do Me First and the Gimme Gimmes não fugiu do clima. Todos os integrantes entraram com máscaras da Família Real.

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Quem entrou primeiro em cena foi Spike com a máscara da Rainha Elizabeth. Sozinho, ele cantou e tocou Don’t You Worry ‘bout a Thing, de Stevie Wonder.

Já com a equipe completa e mascarada no palco, reforçada por integrantes do Strung Out e Rocket from the Crypt (Swami John Reis), o Me First tocou Jolene, de Dolly Parton. Foi o suficiente para que a tranquilidade que imperava na pista acabasse. O público ficou completamente fora de controle.

O mais divertido nos shows do Me First and the Gimme Gimmes é justamente ver um monte de punks cantando com muita emoção e disposição para socar, chutar e dar cotoveladas clássicos de Willie Nelson, Paula Abdul, Gloria Gaynor, Olivia Newton-John, entre outros.

Coincidência ou não, o repertório do Me First and the Gimme Gimmes trouxe algumas lembranças do cancioneiro britânico: The Beatles, Richard O’Brien e Elton John.

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Sempre carismático e comunicativo, Spike perguntou para alguns fãs qual foi o lugar mais inusitado que haviam feito sexo. Foi a deixa para dizer o local escolhido por Paul Simon e emendar uma versão de Me and Julio Down by the Schoolyard.

Em outro momento, brincou sobre o local dos shows. Disse que estava muito feliz por estar em Bristol. Vaiado pelos fãs, se “corrigiu”, mas agradeceu o povo de Manchester. Quem conhece a banda, sabe que era apenas humor. Alguns mais exaltados, não gostaram da piada. Vaiaram muito.

Nada que uma sequência de versões incríveis não colocasse a sintonia entre público e banda em perfeito estado. Show impecável! Não é todo dia que você vê um dream team do punk e hardcore californiano quebrando tudo em cena.

Pinc Louds

Pinc Louds – Crédito: Roberto Gasparro

A vocalista do Pinc Louds, Claudi, foi uma grata surpresa na noite da O2 Academy Islington. Carregando o nome do grupo, mas sem a participação dos outros dois integrantes, ela acompanhou Me First and the Gimme Gimmes e Nofx na atual turnê pela Europa.

O show, todo no violão e voz, além de uma série de pedais, mostra uma artista que constrói suas canções em cima do palco. Grava seus vocais e brinca com eles enquanto coloca efeitos e desce a mão no violão.

Acostumada a se apresentar nas ruas de Nova York, a porto-riquenha Claudi estava bem à vontade no palco. Falava brevemente entre as músicas, principalmente para falar sobre alguns instrumentos que utilizou durante a apresentação.

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Na terceira música disse que tinha preparado um set todo em espanhol. Disse que se confundiu com as datas. Logo depois, perguntou se o público se incomodava dela tocar alguma música em espanhol. Atómica, do álbum La Atómica, de 2021, foi a escolhida.

Em Babies!, já no fim do show, estourou uma das cordas do violão, mas não se abalou. Seguiu descendo a mão nas cordas sem dó, enquanto o público se perguntava quem era a artista.

4ft Fingers

4ft Fingers – Crédito: Roberto Gasparro

Da cidade dos spas Cheltenham, bem próxima de Londres, veio o 4ft Fingers, uma veterana do cenário local. Na ativa desde 1996, a banda entreteu o público com um hardcore melódico com forte influência de Face to Face.

Rob Crebbin, Tom Saunders, Dougie e Dave Humphries estão juntos novamente, mas sem músicas novas. “Nós temos mais de 20 anos de banda, mas estamos sem músicas novas”, brincou Dougie durante o show.

Em outro momento brincou que cantaria uma música das antigas que falava que ele não queria envelhecer. Mas agora envelheceu e ia continuar cantando.

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A banda conseguiu o apoio do público que dançou bastante e ainda ajudou nos gritos, principalmente nos refrões.

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