Parece até piada, quando estamos falando de um filme feito pela Netflix, e que realmente consegue ser ótimo. “O Enfermeiro da Noite” chegou na plataforma de forma tímida e aos poucos tem conseguido conquistar o público da plataforma de forma positiva. Estrelado pelos ganhadores do Oscar Eddie Redmayne e Jessica Chastain, temos uma das grandes performances na filmografia de ambos.
Baseado no livro de Charles Graeber e em fatos reais, a história mostra a enfermeira Amy Loughren (Chastain) que está vivendo uma situação delicada em sua carreira, pois enfrenta uma doença cardíaca e está na fila de espera por um transplante. Em seus plantões, ela divide seus trabalhos com Charlie Cullen (Redmayne) com quem aos poucos começa a se mostrar ter uma personalidade psicótica, pois ele se torna o principal suspeito de assassinato de vários pacientes.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Nos minutos iniciais é nítido que o diretor Tobias Lindholm se inspirou fortemente em David Fincher (que trabalhou com ele na série “Mindhunter“, onde este era produtor) para conduzir esta história. Seja por intermédio dos enquadramentos nos rostos dos protagonistas (sempre regada de uma fotografia granulada, como se fosse um registro em vídeo), e sempre quando há um momento de tensão é registrada uma ausência de trilha sonora (com o intuito de aumentar ainda mais a delicadeza da situação).
Agora isso é nitidamente mérito também das atuações de Chastain e Redmayne, onde enquanto a primeira está em uma carácter que casa direitinho com ela (da enfermeira investigadora e totalmente viciada em trabalho), o segundo está assustador em todos os sentidos (seja por seu olhar, fala e até mesmo comportamentos nítidos de um assassino). Não duvido que talvez ele fature uma indicação ao Oscar, se acontecer uma boa campanha por parte da Netflix.
“O Enfermeiro da Noite” acaba se tornando uma ótima produção de suspense, pelos quais nos consegue tirar uma ótima atuação dos atores protagonistas e nos prende com sua trama tensa.