Björk é grandiosa em tudo que faz. Ícone na moda, referência musical, símbolo da Islândia, seu país. Tudo em que está envolvida tem um cuidado em todos os detalhes. A apresentação no Primavera Sound, em São Paulo, não foi diferente. Acompanhada da Orquestra de Cordas Bachiana e com um figurino muito extravagante, Björk deu o seu melhor. No telão, uma mensagem pedia para que os fãs não a fotografassem, muito menos filmassem a apresentação.
No entanto, não houve a sinergia necessária com o público. Na frente do Palco Primavera, onde ela se apresentava, uma debandada dos fãs rumo a outros palcos, mesmo com o concerto em andamento.
No Palco Beck’s, onde um telão exibia a apresentação, o público reclamava das músicas e pedia para o DJ colocar um som diferente. Uma falta de respeito sem limites.
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Sim, o som de Björk não é fácil de digerir. Não é para um público jovem ávido por guitarras e bateria. Casaria muito melhor no Auditório Barcelona, junto a nomes incríveis como Amaro Freitas e Hermeto Pascoal.
Nada, no entanto, tirou Björk de sua concentração. Apresentou um repertório semelhante ao tocado em seus últimos concertos. Destaque para Ovule, canção do recém-lançado álbum Fossora. Foi a única lembrada do disco.
Que Björk retorne ao Brasil, no palco certo, na hora certa, que a experiência será ainda mais vibrante do que foi no fim da tarde deste sábado (5).
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