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Crítica | John Wick 4: Baba Yaga

Engenharia do Cinema

Não é novidade que a franquia “John Wick” se tornou uma das mais sucedidas nos últimos anos. Não sendo baseada em nenhuma HQ, livro ou filme/série, o personagem vivido por Keanu Reeves rendeu mundialmente mais de US$ 500 milhões em seus três primeiros filmes (e este quarto já conquistou cerca de US$ 192 milhões ao redor do globo). Se inspirando no estilo de cinema brucutu nos anos 80/90, temos o famoso protagonista que mata todos os vilões em seu caminho e sai praticamente ileso de N situações.   

O longa começa seis meses depois dos eventos vistos no terceiro filme, com John Wick se preparando para voltar à ativa e tentar conquistar sua liberdade. Porém, ele percebe que o selo do Hotel Continental e sua própria dívida estão em cheque, quando o chefão Marquis (Bill Skarsgård) resolve deixar o mesmo extinto pelo mundo, assim como aumentar ainda mais a caça pela cabeça de Wick.

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Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

Novamente dirigido por Chad Stahelski (que já havia comandado os três anteriores, além de ter sido dublê do próprio Reeves em vários filmes), o próprio sabe exatamente em quais tópicos devem ser focados e o que exatamente o público espera: cenas de luta e ação, que sejam divertidas à ponto de prender nossa atenção. E realmente ele consegue isso com maestria desde os primeiros momentos, com uma breve cena de Wick no deserto, combatendo árabes à cavalo. Isso sem citar que a edição de som fez um excelente trabalho, ao casar os socos e tiros com as batidas das melodias que são tocadas (transformando tudo em um aspecto cartunesco).

Inclusive, chega ser difícil dizer qual das cenas de ação é a melhor, uma vez que o próprio Stahelski está ciente de todo o trabalho já mostrado na franquia, e consequentemente desenvolve novas situações. Aqui temos cenas de tiroteio com uma tomada aérea em um apartamento, seguida de outras eletrizantes em locais inusitados como uma escadaria e até mesmo ao redor do Arco do Triunfo, em Paris. Claramente que em todas elas, o próprio Keanu Reeves estava não só a vontade, como era nítido que não foram usados dublês em suas cenas de luta/ação e sim CGI (uma vez que haviam algumas tomadas inumanas, sendo mostradas).

Em meio a tantas coisas acontecendo, é perceptível o cuidado tomado, uma vez que tudo é guiado na medida certa, pois há muitos pontos para serem discutidos antes da ação correr solta (uma vez que o desfecho do terceiro filme deixou várias pontas soltas). Isso sem citar que precisamos ter uma apresentação digna para os novos personagens que são os assassinos Caine (Donnie Yen) e Tracker (Shamier Anderson), cujo cão deste rouba a cena (animal que já virou mascote da franquia) e o novo vilão, vivido por Skarsgård (e que consegue transpor um nível de psicopatia alto, desde sua primeira cena).

Outro ponto sábio do roteiro é não se prender muito em timings cômicos e dramáticos, com o intuito de aliviar o espectador em relação às cenas de ação. Ambas são distribuídas homeopaticamente, e sim de forma até que breve (uma vez que estamos falando de um filme onde um homem mata sozinho 50 capangas, e sai ileso). 

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John Wick 4: Baba Yaga” mostra que o cinema de ação ainda tem muito o que entreter e que o público ainda vibra com este tipo de produções nas telonas. Que venha mais brucutus!

 

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