Apresentando dez belas novas faixas gravadas ao longo de um período de dez anos, Lives Outgrown, novo álbum de Beth Gibbons, chegou ao streaming. O disco foi produzido por James Ford (Arctic Monkeys) e pela própria artista com produção adicional de Lee Harris (Talk Talk).
Lives Outgrown é, de certa forma, o trabalho mais pessoal de Beth até hoje, o resultado de um período de reflexão e mudança – “muitas despedidas”, nas palavras de Beth. Despedidas da família, dos amigos e até de seu antigo eu. São canções da metade da vida, quando olhar para frente não rende mais o que era antes e olhar para trás tem um foco repentino e mais nítido.
“Percebi como era a vida sem esperança”, diz Beth. “E essa foi uma tristeza que eu nunca senti. Antes, eu tinha a capacidade de mudar meu futuro, mas quando você está contra seu corpo, você não pode obrigá-lo a fazer algo que ele não quer.”
As músicas também abordam a maternidade, a ansiedade e a menopausa (que Beth descreve como “uma auditoria massiva” e “uma queda massiva” que “corta você nos joelhos”), bem como, inevitavelmente, a mortalidade.
“As pessoas começaram a morrer”, diz Beth. “Quando você é jovem, você nunca sabe o final, você não sabe como isso vai acabar. Você pensa: vamos superar isso. Vai melhorar. Alguns finais são difíceis de digerir.”
Mas emergir desta década de mudanças e realinhamento deixou Beth com o que parece ser um propósito renovado. “Agora que surgi do outro lado, acho que você tem que ser corajoso”, diz ela.