O canadense Peter Sagar retorna ao Brasil com seu aclamado projeto Homeshake, um dos principais representantes do “bedroom pop”, sonoridade com influências R&B, chillwave e lo-fi com beats eletrônicos, que dominou a música indie da última década. O show acontece no dia 14 de fevereiro, na Casa Rockambole, em São Paulo. Os ingressos já estão à venda online no site da Ingresse.
Em 2012, Sagar deixou sua cidade natal, Edmonton, buscando um novo começo a partir dos projetos dispersos de sua juventude e desejando se abrir novamente para a música jazz em que foi criado. Ele incorporou essas influências de infância no indie rock experimental, pelo qual se apaixonou e começou o projeto em sua nova casa em Montreal.
Após um longo período na estrada como guitarrista de Mac DeMarco, Peter decidiu deixar o grupo para se concentrar inteiramente no próprio trabalho. Foi nesse momento que surgiu o Homeshake. Seu primeiro lançamento solo, The Homeshake Tape, foi uma mistura de riffs de guitarra angulares e vozes suaves de jazz, colados com samples de desenhos animados e programas de TV.
Com uma discografia bem sucedida que conta atualmente com sete álbuns de estúdio, o artista alterna entre fases ora mais guitarrísticas e sujas, ora mais eletrônicas e minimalistas, sempre acompanhado de uma estética relaxada e despretensiosa, copiada por muitos de sua geração.
Um bom exemplo disso está em seus mais recentes trabalhos, CD Wallet e Horsie, ambos lançados em 2024. Em CD Wallet, Peter adotou sua abordagem mais pesada até então em sua carreira, aplicando guitarras distorcidas, baterias estouradas e sintetizadores digitais dos anos 90, trazendo um som devastador e derretido. Inspirado por seu amor adolescente pelos gêneros nu-metal e pós-punk, o álbum evoca histórias sobre beber cervejas atrás de lixeiras e intermináveis viagens de ônibus pela fria e isolada expansão suburbana de sua cidade natal.
Já em Horsie, o compositor canadense explora várias texturas influenciadas por artistas como Four Tet e My Bloody Valentine, as formas rítmicas de D’Angelo e Sade, e momentos de ambiente americano encontrados nas obras de Ry Cooder. Os equipamentos básicos usados foram um Ensoniq EPS e um Roland Juno 60, embora o álbum também empregue uma grande quantidade de guitarra elétrica, junto com seu amado SP-404. Ele mantém uma filosofia de “menos é mais”, encontrando o caminho mais simples de um ponto a outro.
Sua primeira vinda ao Brasil foi em 2017, sob produção da Balaclava, em uma turnê que passou pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Para 2025, a Balaclava Records já anunciou também o show da banda norte-americana This Will Destroy You.