A sétima edição do Festival Mucho! tem início nesta sexta-feira (8), no Tendal da Lapa e na Casa de Cultura do Butantã, em São Paulo. Nidia Góngora, Cumbia Queers, Mad Professor, Convida Feminine Hi-Fi e Maglore são algumas das principais atrações dos três dias de festival. A entrada é gratuita.
Em entrevista ao Blog n’ Roll, o guitarrista da banda baiana Maglore, Lelo Brandão, falou sobre a expectativa para o evento e o que os fãs podem esperar da banda.
Aliás, o Mucho! tem como característica apresentar nomes de destaque na música latina, reunindo representantes da Colômbia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Guiana e Bolívia.
Qual é a importância de um festival como o Mucho! que pretende unir a América Latina?
A iniciativa do Mucho é importantíssima porque muitas vezes os artistas brasileiros contemporâneos se sentem meio que apartados da América Latina como um todo. Por falarmos línguas diferentes, embora muito próximas e por imposição cultural forte do mercado musical de países de língua inglesa, a gente acaba não tendo tanta conexão com os nossos hermanos latinos. Tem também o fato da gente ter muita música no nosso país.
Em cada região tem uma infinidade de sons, então dificulta um pouco absorver tanta coisa. Quando um festival se propõe a fazer esse intercâmbio e trazer para o line up artistas de países que tiveram um processo histórico parecido, é algo grande, né? Muito importante mesmo. E traz a experiência para o contato físico, direto, o que é ainda mais interessante.
Como se sentem sendo uma das atrações principais brasileiras?
Nos sentimos honradíssimos, como não poderia deixar de ser. Meio que estamos representando uma parte da música do Brasil no festival. Precisamos fazer bonito.
O que o público do Mucho pode esperar do show da Maglore? Qual será o repertório?
Nosso repertório vai ser centrado no nosso último disco, o V, mas também teremos músicas dos discos anteriores, claro. O que vai ser mais especial será essa conexão Norte-Nordeste, com a participação de Luê cantando com a gente uma música de Geraldo Azevedo.
O último disco lançado, “V”, foi uma mistura de vários ritmos, uma das marcas da banda. Conta sobre as influências brasileiras e latinas que inspiraram vocês nesse trabalho?
A gente escuta muita música brasileira, é meio que o que, junto com o rock, une a banda. A base é sempre os ditos “medalhões da MPB” e o rock 60, 70… nunca deixamos de escutar esse som.
Mas escutamos sempre coisa nova também… essa coisa de citar influência, referência, é sempre complicada, porque você acaba deixando de fora do que cita coisas que você escuta na mesma proporção do que você cita.
Por fim, qual dica daria para quem quer conhecer Salvador?
Se abra à cidade, não ache que a cidade vai corresponder às suas expectativas. Posto isso, a pedida é sempre o verão, as festas de largo, pré-carnaval, passeios pela baía de todos os santos, comida… uma série de coisas boas. Com certeza o que não vai faltar é gente acolhendo.
PROGRAMAÇÃO
SEXTA, 8 DE DEZEMBRO
Local: Tendal da Lapa
17h - Abertura
18h30 - Nidia Góngora (Colômbia)
20h - Mad Professor (Guiana) convida Feminine Hi-Fi (Brasil)
DJ Flávia Durante (Brasil)
SÁBADO, 9 DE DEZEMBRO
Local: Casa de Cultura do Butantã
13h30 - Bloco Te Pego no Cantinho (Parte externa)
15h - Milk Shake (Paraguai)
16h - DJ Gabi Pensanuvem (Brasil)
16h45 - Kumbia Queers (Argentina)
17h45 - DJ Patricktor4 (Brasil)
18h30 - Cuatro Pesos de Propina (Uruguai)
19h30 - DJ Patricktor4 (Brasil)
20h15 - Maglore + Luê (Brasil)
DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO
Local: Casa de Cultura do Butantã
14h - Bazuros (Brasil)
15h - DJ Pantera Mao 007 (Colômbia)
16h - Brisa Flow (Brasil)
17h - Caliente Ball (Brasil)
SERVIÇO
Festival MUCHO!
Dias 08, 09 e 10 de dezembro.
Gratuito
08/12 (sexta-feira)
Local: Tendal da Lapa
Endereço: R. Guaicurus, 1100 – Água Branca
09 E 10/12 (Sábado e Domingo)
Local: Casa de Cultura do Butantã
Endereço: Av. Junta Mizumoto, 13 – Jardim Peri Peri