Com longo atraso, Lana Del Rey supera problemas técnicos e entrega grande show

O principal show da primeira noite do MITA Festival em São Paulo, neste sábado (3), foi ofuscado por problemas antes e durante o início da apresentação. A cantora Lana Del Rey entrou no palco quase 45 minutos atrasada, após um coro de vaias dos seus fãs, que claramente já haviam perdido a paciência com a demora. Após subir ao palco, a artista foi muito carinhosa com o público, mas não informou o motivo de tanta demora. Aliás, durante as duas primeiras músicas da performance, a equipe de Lana ia até a cantora de momento em momento para finalizar a preparação do seu primeiro figurino. Outro problema que ocorreu durante o início do show da cantora foi quando seu pianista perdeu o tempo em Bartender. O erro fez com que a artista interrompesse a canção e pedisse para reiniciá-la. Fim dos momentos ruins Mas as coisas ruins acabaram por aí. Em The Grants, a cantora se emocionou ao ver uma multidão com as lanternas dos celulares ligadas. Logo após o fim da canção, ela agradeceu o carinho dos paulistas mais uma vez. Após apresentar uma sequência de sucessos, os fãs começaram a pensar que a setlist seria igual à do primeiro show de Lana no MITA, realizado no Rio de Janeiro. Porém, atendendo a um grande pedido da plateia, Lana Del Rey incluiu Get Free na apresentação. Essa adição fez o público delirar e todos cantaram juntos, tornando-se o ponto alto do dia. Perto do fim, a cantora ainda incluiu Cinnamon Girl, outro pedido do público. E mais uma vez, os fãs fizeram jus ao pedido atendido e cantaram a canção aos berros. Assim como no Rio de Janeiro, Lana encerrou seu show com Video Games, em que ela performa a faixa inteira sentada em um balanço. Esse momento também é muito especial para os admiradores da artista. Aliás, uma grande parte do motivo pelo qual a performance foi positiva se deve aos fãs, que realmente deram tudo de si nesses pouco mais de 1h de apresentação. Com a headliner visivelmente frustrada com algo nas primeiras músicas, coube ao público trazer Lana de volta aos eixos para que ela encerrasse o primeiro dia do MITA Festival em São Paulo de forma digna.
Natiruts encerra Palco Deezer com goos vibrations no MITA

Com muita variedade musical no mesmo local, o palco Deezer do MITA Festival foi encerrado, neste sábado (3), com um lindo show da banda de reggae Natiruts. Com instrumentais leves, mas presentes, além de um vocal caprichado, a banda trouxe uma boa calmaria para os fãs momentos antes da apresentação principal do dia, a cantora Lana Del Rey. Sempre interagindo com o público, o vocalista Alexandre Carlo fez um excelente trabalho ao chamar o público para participar da apresentação. Na primeira metade da performance, o destaque foi para Dentro da Música II, que foi acompanhada por todos os presentes na plateia. A banda de reggae mostrou diversidade e apresentou um pouco de tudo em sua discografia. Com isso, faixas do último trabalho, Good Vibration – Vol 1 (2021), foram lembradas, com destaque para a música homônima, gravada originalmente com IZA. Um dos pontos altos da apresentação foi a sequência de Natiruts Reggae Power e Presente de um Beija-Flor, ambas animando a plateia, que fez questão de cantar em alto e bom som. Aliás, a segunda foi acompanhada por uma citação de Alexandre, enfatizando o amor entre as pessoas. Esse sentimento foi lembrado e mencionado durante toda a performance da banda. Mesmo com vários pontos positivos, o melhor ficou para o final do show, quando a Natiruts emendou os sucessos Em Paz, Liberdade pra Dentro da Cabeça, Você me Encantou Demais e Quero Ser Feliz Também, encerrando a apresentação com chave de ouro.
Flume leva o público para outro mundo no MITA Festival

No início da noite deste sábado (3), tivemos mais um show ‘diferentão’ no palco Centro do MITA Festival. Após o show completamente instrumental do BadBadNotGood, o Flume, projeto do australiano Harley Edward Streten, trouxe a música eletrônica para o público. Bem ativo no cenário musical, o artista divulgou duas mixtapes em 2023: Arrived Anxious, Left Bored e Things Don’t Always Go the Way You Plan. Ambas são continuações do disco Palaces, de 2022. No show, o artista tocou mais vezes, mas houve tempo para arranhar alguns vocais em alguns momentos. Mesmo sendo predominantemente instrumental, o público foi ao delírio com algumas faixas famosas como Never Be Like You e The Difference. Aliás, a recepção do público com Flume foi muito diferente da que tivemos com o grupo BadBadNotGood. Por ser uma música mais animada e dançante, os apreciadores daquele palco gritaram e aplaudiram o músico durante boa parte do show. Harley aproveitou o ânimo da plateia para interagir bastante com os fãs e ressaltou que é um prazer estar tocando no Brasil no ano em que completa uma década de carreira.
Encontro de gigantes no MITA: Djonga e Bk’ estremecem o Anhangabaú

Trazendo um show mais explosivo do que muitas bandas de rock, Djonga fez o público do palco Deezer pular bastante, no fim da tarde deste sábado (3), no MITA Festival, em São Paulo. Apresentando seu repertório solo na primeira metade do show, o rapper convidou BK’ e Luccas Carlos para encerrar a apresentação. Sempre muito comunicativo com o público, o artista mineiro entrou minutos antes de seu horário oficial para ter ainda mais tempo de apresentação. E logo nas primeiras canções, Djonga trouxe diversos casais que estavam na plateia para curtir Leal em cima do palco. A faixa, que é uma das mais famosas do músico, levou o público ao êxtase. Logo em seguida, BK’ foi chamado ao palco e apresentou algumas músicas de seu novo disco, Ícarus (2022). Luccas Carlos também subiu ao palco para cantar Planos, mas devido a problemas técnicos, a faixa precisou ser cantada sem o acompanhamento do ritmo, o que fez com que o público não curtisse tanto. Ainda no palco do MITA, a equipe de Djonga fez uma surpresa para o artista e trouxe um bolo de aniversário para ele, já que seu aniversário é no domingo (4). O rapper mergulhou o rosto no bolo, agradeceu e continuou seu show. O ponto alto da apresentação veio com a sequência Olho de Tigre e O Mundo é Nosso, esta última do primeiro disco do rapper mineiro, feita em colaboração com BK’. Em ambas as faixas, o público se fez presente e gritou “fogo nos racistas” em alto e bom som. E falando em discursos sociais, já comum nas apresentações do artista, muitas palavras sobre igualdade foram ditas durante o show, sempre recebendo grande apoio do público.
Com Arthur Verocai no palco, BadBadNotGood faz show introspectivo

Ainda na tarde deste sábado (3), no primeiro dia do MITA Festival em São Paulo, o grupo canadense BadBadNotGood trouxe um pouco do seu som instrumental para os fãs. Com um estilo um tanto diferente dos shows habituais, a banda foca todas as suas ações nos sons de seus instrumentos musicais, deixando o vocal em segundo plano. O disco mais lembrado pela banda durante a performance foi o Talk Memory (2021), último trabalho divulgado por eles. Mesmo com a óbvia preferência, ainda sobrou espaço para canções dos álbuns IV (2016) e III (2014). Com um público um pouco mais tímido devido ao som diferente do grupo, foi possível ouvir com calma e nitidamente tudo que os músicos estavam querendo transmitir. Mesmo com os fãs um pouco mais quietos, eles não deixaram de gritar e bater palmas para os canadenses no final de cada canção. Muito identificados com a música brasileira, os músicos ainda apresentaram um cover de Na Boca do Sol, de Arthur Verocai, que participou desse momento. A canção já faz parte do setlist do BadBadNotGood durante essa última série de shows. Por último, a banda tocou a faixa The Chocolate Conquistadors, single lançado em 2020 com o rapper MF DOOM. Assim como em quase todo o show, apenas o instrumental da faixa foi tocado. O grupo mostra que é possível fazer uma performance interessante e imersiva mesmo sem os vocais.
Duda Beat esbanja simpatia no MITA Festival

Uma das atrações exclusivas de São Paulo desta edição do MITA Festival, a cantora pernambucana Duda Beat mostrou mais uma vez o motivo de ter se tornado uma das queridinhas do pop brasileiro nos últimos anos. Transitando entre seus dois discos, Sinto Muito (2018) e Te Amo Lá Fora (2021), a cantora apresentou um setlist com mais de 15 canções para um público que ainda chegava ao Novo Anhangabaú por volta de 14h30 deste sábado (3). Mesmo com o festival ainda não atingindo seu ápice de pessoas no horário, engana-se quem pensa que o show da artista estava vazio. Os destaques vão para a simpatia de Duda Beat, que se comunica com o público durante toda a performance, e também para o show visual e coreográfico que ela e suas dançarinas trouxeram. Por se apresentar no palco Deezer, sem pista premium, o contato com o público também foi muito presente durante toda a performance. Nas canções, os fãs acompanharam grande parte das músicas presentes no primeiro álbum da cantora, com destaque para Bixinho, uma das faixas mais famosas da artista, tocada já no fim da apresentação. O ponto negativo do show acabou acontecendo no fim, já que durante a performance de Tocar Você, o microfone de Duda sofreu problemas técnicos, afetando o encerramento do show.
Pitty traz turnê especial para a Baixada Santista

A cantora Pitty trará sua tour que comemorar os 20 anos do disco Admirável Chip Novo para a Baixada Santista. O show acontece no dia 6 de maio, às 20h no Vallum Garden, localizado no centro de Santos. Em resumo, Pitty é uma das principais cantoras de rock do Brasil e vêm marcando presença nos principais festivais do país. Em março, a artista tocou na edição de 10 anos do Lollapalooza Brasil e para setembro, ela já tem presença confirmada no The Town, onde tocará no mesmo palco que Queens of the Stone Age e Foo Fighters, no dia 9. Após o show na região, a cantora também levará sua turnê especial para diversas cidades entre alguns estados do Brasil. Pitty em Santos Trazido pelo Arena Club, o evento ainda contará com as bandas Soma, Balara, Animal Urbano e DZRock. Vale lembrar que os ingressos já estão no último lote e são vendidos através da plataforma articket. É possível escolher entre pista, front stage, open bar, mesa e camarote.
Quarto show do Coldplay em São Paulo tem Sandy no palco

No quarto show do Coldplay em sua grande passagem por São Paulo, a banda mostrou que ainda tem muita energia para agradar as mais de 70 mil pessoas presentes no Estádio do Morumbi. Antes da grande performance do dia, Elana Dara e Chvrches aqueceram a noite chuvosa na cidade. Destaque para a vocalista Lauren Mayberry, que entregou muito na voz durante toda a apresentação da banda. Coldplay Com um início avassalador com Higher Power, Adventure of a Lifetime, Paradise e The Scientist, o Coldplay entregou um dos melhores momentos da sua apresentação logo de cara. Todas as músicas vieram acompanhadas de fogos de artificio e um show de luzes já famoso durante as performances da banda. Durante o passar das músicas, é notável que o publico da uma amornada, mas nada que abale a felicidade de Chris Martin e cia, que pareciam realizar a sua primeira apresentação em território brasileiro. Aliás, o vocalista surpreendeu no domínio da língua portuguesa ao agradecer o público por ter superado a chuva e o trânsito para assisti-los. Na metade do show, algumas músicas não contam com todo o espetáculo de cores, contudo, isso não atrapalha nem um pouco na experiência. Ademais, já para o final, a banda fez uma ótima performance de A Sky Full of Stars, digna de encerramento de show. E foi o que eles fizeram, após o término da música, Chris se despediu e a banda rumou ao backstage… Mas ainda tínhamos um pouco mais de show. Participações especiais Após cerca de cinco minutos, o Coldplay retornou junto de Lauren Mayberry, vocalista do Chvrches, para tocar Cry Cry Cry. Este foi o debute da canção durante a turnê Music Of The Spheres. Sandy também marcou presença e fez um lindo dueto com Chris Martin em Magic. A cantora também cantou Quando Você Passa. Vale ressaltar o quão bem recebida a artista foi pelo público presente no estádio. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sandy (@sandyoficial) Fechando a apresentação, o grupo trouxe Humankind, Fix You e Biutyful. Em todas, mais uma vez a produção se destacou trazendo um espetáculo visual para o público presente. Em resumo, Chris Martin e todo o Coldplay merecem o sucesso arrebatador da banda no Brasil. Mesmo em sua quarta performance dessa turnê no país, os músicos parecem não se cansar da gente e trazem uma positividade e alegria durante todo o show. Além disso, o espetáculo de luzes é um adicional gigantesco que faz o grupo ser uma das melhores atrações para ser ver ao vivo atualmente. Agora, o conjunto se apresenta mais duas vezes em São Paulo (17 e 18/03). Logo depois, eles vão até Curitiba onde tocam nos dias 21 e 22/03. A turnê no país será finalizada no Rio de Janeiro, onde o Coldplay fará três shows (25, 26 e 28/03).
Shame faz som mais limpo, mas não menos barulhento em Food For Worms

Para os amantes de um bom punk rock, o Shame divulgou nesta sexta-feira (24), o álbum Food For Worms, terceiro trabalho do grupo em estúdio. O novo disco da banda conta com uma missão bem complicada de ser equivalente aos ótimos Songs of Praise (2018) e Drunk Tank Pink (2021), mas consegue cumprir seu papel ao longo de suas 10 faixas. Food For Worms Focado em letras melancólicas, Food For Worms não deixa de ser menos barulhento por conta disso, pelo contrário, as guitarras do Shame seguem brilhantes em todo o decorrer das músicas. Destaque para Six-Pack e Yankees, que fazem o início do trabalho algo bem interessante. Com canções trazendo mensagens mais tocantes e abordando temas sensíveis, a banda mostra que abriu todo o seu coração para a produção do disco. Em resumo, fazer a junção disso com instrumentais pesados mostra o motivo do grupo, assim como o Idles, estar tão em evidência no cenário punk mundial. A diferença de Food For Worms para seus antecessores é que o grupo deixou de ser mais experimental e cru, para trazer canções melhores produzidas. O que funciona de certa forma. A bateira é um dos instrumentos que consegue ter muito mais destaque neste novo álbum. A sorte fica para quem conseguir ir nesta próxima turnê de divulgação. Com faixas explosivas e ao mesmo tempo sensíveis, o Shame tem tudo para fazer ótimos shows mundo a fora.