Resenha – Bowels of Earth – Entombed A.D.

Após pendengas judiciais envolvendo o “outro ” Entombed, o Entombed A.D. já chega ao terceiro álbum, Bowels of Earth, que traz a estreia do guitarrista brasileiro Guilherme Miranda, que se junta ao vocalista L-G Petrov, ao também guitarrista Nico Elgstrand e ao baterista Olle Dahlstedt. Os dois outros álbuns da banda são Back To The Front (2014) e Dead Dawn (2016). Aqui não temos os experimentos que podem ser ouvidos em Same Difference (1998) e Morning Star (2001), por exemplo. Nem mesmo o rótulo death n’ roll encontra muita razão de ser. O que ouvimos em Bowels of Earth é o tradicional swedish death metal, com a distorção de guitarra bem típica do Entombed. O material também não apresenta maiores complicações, é tudo direto e cru, perfeito para bater cabeça. De fato, os músicos não quiseram inventar nada, longe disso. Portanto, prepara-se para uma enxurrada de death sueco, onde os riffs de guitarra se juntam ao vocal de Petrov, gerando faixas facílimas de agradar ao deathbanger, como Torment Remains, Elimination, Hell is My Home, Fit For a King e To Eternal Night, que são obras que provam que, independente do nome, a carreira de uma das mais emblemáticas bandas da Suécia segue firme e forte. Bowels of EarthAno de Lançamento: 2019Gravadora: Century Media Records Faixas:1-Torment Remains2-Elimination3-Hell is My Home4-Bowels of Earth5-Bourbon Nightmare6-Fit For a King7-Worlds Apart8-Through The Eyes of the Gods9-I´ll Never Get Out of This World Alive10-To Eternal Night
Crítica | Deformation of The Holy Realm – Sinister

E os mestres holandeses do death metal estão de volta três anos após Syncretism, que deixou os fãs se perguntando se era possível soar mais brutal e maldito do que aquilo. Pois Deformation of The Holy Realm, novo álbum dos caras, a brutalidade atinge patamares inimagináveis. Com o perdão do trocadilho, eles estão sinistros. Isso não é novidade alguma, afinal a banda foi responsável por clássicos do metal da morte, como Cross The Styx (1992), Hate (1995) e Agressive Measures (1995), além do espetacular álbum de covers Dark Memorials (2015). Após a breve intro, a faixa-título entrega a brutalidade que será ouvida durante todo o álbum. Apostles of The Weak entrega blastbeats velocíssimos e Unbounded Sacrilege possui riffs potentes e afiados, além do vocal sombrio e podre de Aad Kloosterwaard, um dos grandes responsáveis pela aura bruta do Sinister. Scourged By Demons possui uma intro cheio de clima, para logo desembocar no estilo Sinister de sempre, inclusive com alguma influência black metal. Mais pedradas de extrema qualidade podemos ouvir em The Ominous Truth e Suffering From Immortal Death, que faz de Deformation um trabalho digno de figurar entre os grandes momentos desses holandeses, que sempre foram fiéis ao death metal, e assim permanecerão pela eternidade obscura. Ave! Deformation of The Holy RealmAno de Lançamento: 2020Gravadora: Massacre Records Faixas:1-The Funeral March2-Deformation of The Holy Realm3-Apostles of The Weak4-Unbounded Sacrilege5-Unique Death Experience6-Scourged By Demons7-Suffering From Immortal Death8-Oasis of Peace – Blood From The Chalice9-The Ominous Truth10-Entering The Underworld
Crítica | Prophets of Clay – Kamura

Os goianos da Kamura estão de volta com nova formação e um EP novo, esse Prophets of Clay. O lineup da banda conta com Ikaro Staford (voz, ex Punch e Ankla, banda americana), Pedro Henrique, que acompanha o titã Sérgio Britto em suas empreitadas solo, e os “véios” Cricão (baixo) e Eduardo Bueno (guitarra), sem dúvida um timaço de músicos. Com três faixas em inglês e dois em português, o grupo detona um som virulento, agressivo e direto, com influências que vão de Pantera, Slayer, Eminence e Sepultura. O vocal é agressivo, as guitarras sujas e pesadas, e a cozinha forma a base perfeita, debaixo de versos sobre falsos profetas, seja políticos ou religiosos. Por isso, fãs de música pesada não ficarão indiferentes quando as ótimas Prophets of Clay, Novo Ciclo, Bitter e On My Own explodirem nos fones. Confiram o Kamura. Prophets of ClayAno de Lançamento: 2020Gravadora: Sangue/Monstro Discos Faixas:1-Prophets of Clay2-Novo Ciclo3-Bitter4-Asco5-On My Own
Crítica | Auric Gates of Veles – Hate

O nome da banda pode não ser dos mais originais, tampouco se trata da formação mais famosa de metal extremo do mundo, mas o poloneses do Hate já estão na ativa desde 1991, sendo Auric Gates of Veles seu décimo primeiro álbum de estúdio. Ou seja, estamos falando de músicos que sem dúvida sabem o que estão fazendo. Para quem nunca ouviu, o estilo praticado pelo Hate é um blackened death metal, na linha de seus conterrâneos como Behemoth e Vader. Adam The First Sinner, único integrante original, empresta seu demoníaco gutural que somados aos riffs malévolos e a cozinha assassina, rendeu momentos grandiosos da podreira como as épicas Seventh Manvantara, Path to Arkhen e Salve Ignis, que são sons que nos fazem pensar o motivo desses maníacos poloneses não serem mais reconhecidos. Mas quem se importa? Seguidores do estilo mais maldito do mundo possuem agora onze motivos para conhecer o Hate, sendo Auric Gates of Veles o principal deles. Vai perder essa? Auric Gates of VelesAno de Lançamento: 2019Gravadora: Metal Blade Records Faixas:1-Seventh Manvantara2-Triskhelion3-The Volga´s Veins4-Sovereign Sanctify5-Path to Arkhen6-Auric Gates of Veles7-Salve Ignis8-Generation Sulphur
Crítica | Evil Never Rests – Sepulchral Voice

Formado em 1987, em Belo Horizonte (MG), o Sepulchral Voice lançou quatro demos entre 1988 e 1991. Após longo hiato, o grupo se reuniu em 2017 e o fruto disso foi o primeiro full lenght, Evil Never Rests, liberado em 2020 pela Dies Iraes Records. Formam a banda hoje Harley Senra (voz), Luiz Sepulchral e Ronaldo Ron Seth nas guitarras, Pepê Salomão no baixo e Lélio Gustavo na bateria. Assim que acionamos o play para o álbum, nos deparamos com Existence In The Void, que já entrega a proposta do Sepulchral Voice. Ou seja, thrash/death metal sujo, cru, veloz e totalmente old school. Os mais atentos já notaram a semelhança do nome da banda com a faixa do EP In The Sign of Evil, dos alemães do Sodom. Pois aquele EP com certeza influenciou os mineiros aqui. O onipresente clima malévolo, as guitarras encrespadas e afinadas normalmente, a bateria rápida e técnica, porém sem firulas desnecessárias. Também é possível sacar nuanças de Sarcófago antigo, Sepultura fase pré-Beneath The Remains e Hellhammer, isso significa que o pescoço será difícil de ser controlado durante a audição de Evil Never Rests. Os destaques? Evil Never Sleeps, Infernal Pain, Fallen Spirit, Blood Sacrifice e…ah, todas! E os anos de espera foram recompensados com esse excelente debute. Que outros venham sem demora. Evil Never RestsAno de Lançamento: 2020 Faixas:1-Existence in The Void2-Evil Never Sleeps3-Killer Instinct4-Infernal Pain5-Fallen Spirit6-In The Storm7-Conjuration of Zumbies8-Blood Sacrifice9-Unreal World10-Cold War
Crítica | Under Hatred – Krenak

Crítica | Cosmic Terror – The Spirit

Crítica | Alienist – Decimator

Crítica | Illuminati – God Dethroned
