Entrevista | Pedro de Luna – “Champignon não aguentava mais a pressão e assédio dos haters”

Champignon faleceu dia 9 setembro de 2013, aos 31 anos, justamente o mês agora associado à campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio e à saúde mental. A biografia de Pedro de Luna mostra não apenas o legado musical de Champignon, mas também os problemas de depressão, ansiedade e pressões financeiras que ele enfrentava, lembrando que por trás do talento e da fama existiam batalhas silenciosas que merecem atenção, compreensão e diálogo. Luna mergulhou na vida do baixista em um relato detalhado sobre sua trajetória pessoal e artística. Afinal, Luiz Carlos Leão Duarte Júnior, o Champignon, foi um dos nomes mais emblemáticos do rock brasileiro, reconhecido pelo trabalho com o Charlie Brown Jr. e por projetos como Revolucionnários, Nove Mil Anjos e A Banca. Com talento, carisma e presença de palco, ele marcou gerações, mas também enfrentou desafios pessoais e emocionais complexos que moldaram sua história. Você teve a impressão de que o Champignon era a segunda cara do Charlie Brown Jr., quase um “segundo em comando”, quando escreveu a biografia? Pedro de Luna: Sim, tive essa impressão, como se ele fosse o segundo em comando. O Dom Quixote e o Sancho Pança. É engraçado você falar isso, porque tem uma passagem no livro em que, se não me engano foi o Thiago (Castanho) ou o Marcão, contou numa entrevista que eles estavam em um evento e viram o Champignon e o Chorão andando de costas. A pessoa comentou: “Cara, até andar igual eles andavam”. Essa simbiose foi muito intensa. O Champignon tinha 12 anos quando conheceu o Chorão, que já tinha seus 20 anos e um filho. Essa convivência influenciou muito, principalmente o mais novo. O Chorão era o dono da banda, o porta-voz nas entrevistas, mas o Champignon, de alguma forma, era o segundo em comando. Como foi o processo de viabilizar o livro via crowdfunding, ainda mais durante a pandemia? Pedro de Luna: Não foi o primeiro livro que fiz por financiamento coletivo. Já tinha feito, por exemplo, a biografia de outro baixista, o Speed (parceiro do Black Alien), e também outros livros por venda antecipada. Mas no caso do Champignon foi desanimador no início, porque a primeira campanha não bateu a meta. Pensei: “Não é possível que as pessoas não tenham interesse em saber sobre ele”. Foi uma decepção, mas tentamos novamente. Na segunda campanha começamos com uma meta mais alta, depois reduzimos, e aí conseguimos bater e bancar a primeira tiragem praticamente no zero. O grande desafio mesmo foi a pandemia. Eu gosto de fazer entrevistas pessoalmente, e naquele momento não dava. A única pessoa que exigiu o encontro presencial foi uma das irmãs do Champignon, a Dani, a caçula. Nos encontramos em um lugar aberto, com todos os cuidados, e foi ótimo. Ela contribuiu muito, assim como a Eliane, a irmã mais velha, que ajudou com fotos e material de acervo pessoal. Mas foi a única entrevista que consegui fazer presencialmente. Isso dificultou bastante o processo. Os fãs ajudaram a escolher a capa do livro. A disputa foi acirrada ou houve um consenso? Pedro de Luna: Foi apertada, mas no fim a capa vencedora ganhou com folga. Essa foto acabou virando a principal e a camisa ficou com a Dani, irmã mais nova do Champignon. A outra opção era uma foto de 1998, dele bem jovem com um macacão bordado com “Charlie Brown”, que acabou indo para a contracapa. A escolha da capa foi simbólica também porque a foto é do Marcos Hermes, um grande fotógrafo e amigo meu. Nós moramos juntos quando me mudei para São Paulo em 1998, então ter uma foto dele no livro foi especial. Você entrevistou músicos de outras bandas como CPM 22 e NX Zero, que tiveram relações com o Charlie Brown Jr. Como você viu essa influência e convivência entre eles e o Champignon? Pedro de Luna: É interessante, porque o Chorão sempre foi um ponto de tensão com outras bandas, mas o Champignon era o oposto: um cara muito boa praça, que se dava bem com todo mundo. O Marcelo D2, por exemplo, sempre foi amigo do Chorão, e o Planet Hemp foi fundamental na trajetória do Charlie Brown, já que foi o D2 quem sugeriu que o Chorão cantasse em português. Sobre a geração seguinte NX Zero e CPM 22 e até o Raimundos, da mesma geração, era natural a convivência. Nos anos 90 e 2000 havia muitos festivais de rádio, aniversários de emissoras, e quem estava no topo eram as bandas dessa geração. O Charlie Brown ainda era um finalzinho dos 90, antes da ascensão do emo, e dividiu muito palco com todos eles. A famosa “treta” com o CPM surgiu de uma entrevista boba publicada na Capricho, mas na prática os caras eram próximos. Há vídeos de turnês nos EUA com Champignon, Badaui e Japinha juntos, super amigos. O NX Zero nunca teve treta nenhuma, pelo contrário: Di Ferrero participou de shows com o Champignon em sua fase fora do Charlie Brown, e vice-versa. O Raimundos também sempre abriu espaço, o Digão chamou o Champignon para apresentações e ajudou bastante. Eu tenho muito cuidado como biógrafo: não coloco fofoca nem rumores. Só relato coisas já publicadas em entrevistas, matérias de TV e revistas. Não escrevo livro para criar desavenças, e sim para contar histórias de forma honesta e respeitosa. E eu vi que você teve dificuldade também de encontrar matérias, entrevistas e alguns materiais com o Champignon. Como é que foi que você se enfrentou esse tipo de dificuldade para encontrar material? Pedro de Luna: Cara, a pesquisa é sempre a parte mais difícil do livro. Escrever já está no automático, mas a pesquisa, até antes das entrevistas, eu tenho que fazer uma boa pesquisa. No caso do Charlie Brown, e na verdade com muita gente, as informações que estão na internet ou não são fiéis, ou estão com datas erradas. Até mesmo vídeo, encontrei pessoas que postavam muitos vídeos e depois, fazendo uma pesquisa, vi que o ano estava errado,

Ricochet: Novo álbum do Rise Against decepciona fãs

Ricochet, o décimo álbum de estúdio do Rise Against, prometia uma nova fase da banda de Chicago sob a batuta da produtora Catherine Marks e do mixer Alan Moulder. Mas, em vez de revitalizar a sonoridade característica do grupo, o disco acabou destoando: vozes envoltas em reverb excessivo, produção polida além da conta, arranjos que preferem o pop radiofônico em vez do punk rápido e agressivo que a banda construiu ao longo da carreira. Enquanto há momentos de força, como o groove urgente da dobradinha “Sink Like a Stone” e “Forty Days” e a potência refinada de “Nod”, executada em show último show no Brasil, a maioria das faixas mergulha em territórios excessivamente lisos, como “Soldier” e “Gold Long Gone”. Soa muito mais como pastiche do que como evolução. Parece tudo, menos Rise Against. A recepção dos fãs nas redes sociais tem sido dura. Relatos no Instagram e no Reddit são claros: “Este é, de longe, o álbum que menos gostei da banda.”“A mixagem é um overload sensorial, meus ouvidos fatigaram.”“Isso não é punk. A produção não é punk.” Ou seja, ao tentar “ser diferente”, como disse Tim McIlrath em entrevista recente, o resultado parece ter afastado fãs históricos, muitos reclamando que Ricochet soa distante da energia visceral e urgência que define o Rise Against desde os primeiros álbuns. Óbvio que os shows vão continuar sendo ótimos, graças a boa discografia da banda. Porém este será um álbum que daqui há alguns anos ninguém irá se lembrar. Nota 2.5 de 5

The Devil Wears Prada surpreende e encerra turnê com música inédita em São Paulo

O The Devil Wears Prada encerrou ontem (17.08) a turnê latino-americana no Carioca Club, em São Paulo, o mesmo palco que recebeu a última passagem da banda pelo Brasil há 13 anos. Não foi uma jornada fácil: além de lidar com a saída recente do baixista Mason Nagy, substituído nos shows por faixas gravadas, o grupo também enfrentou um assalto no aeroporto de Bogotá. Antes do show, conversamos com o vocalista Mike Hranica, que revelou de maneira exclusiva que um novo álbum está a caminho. Além dos singles Ritual e For You, a banda surpreendeu o público paulista com a inédita Where the Flowers Never Grow, apresentada de forma exclusiva e que será lançada em breve. O showA Liberation, organizadora do evento, apoiou a cena colocando como abertura a banda brasileira Emmercia, que aposta no metal moderno e vem se consolidando como um nome promissor do estilo. Na sequência, o The Devil Wears Prada entregou uma apresentação com foco na fase recente: nove das 17 músicas do set foram lançadas nos últimos três anos. O início privilegiou faixas mais pesadas, que incendiaram o público com rodas de mosh intensas. Destaque para Watchtower e Danger: Wildwoman, dedicada ao ex-baterista Daniel Williams, falecido recentemente. A parte intermediária do show trouxe composições mais voltadas ao metal moderno. Os vocais melódicos de Jeremy DePoyster ficaram em evidência, enquanto Mike Hranica se destacou ao inserir uma terceira guitarra em algumas músicas. Ritual foi um dos pontos altos, celebrada em coro pelo público. Na reta final, a banda revisitou a fase metalcore, com exceção da balada For You, cantada a plenos pulmões pelos presentes. Após a execução de Sacrifice, o grupo deixou o palco para o tradicional Encore. Enquanto a plateia aguardava as duas últimas faixas que fecharam toda a turnê, Mike Hranica surpreendeu ao anunciar o lançamento de uma nova música ao vivo. Foi então que apresentaram Where the Flowers Never Grow, seguida das clássicas Dogs Can Grow Beards All Over e Hey John, What’s Your Name Again?, que fecharam a noite em clima de celebração. Com a calorosa recepção em São Paulo, o The Devil Wears Prada prometeu não deixar passar mais 13 anos até a próxima visita ao Brasil. Setlist

Entrevista exclusiva | Supercombo conta todos os detalhes sobre o álbum Caranguejo

O Supercombo lançou ontem (15/08) a primeira parte do álbum Caranguejo. O trabalho demorou cerca de um ano para ficar pronto, porém caiu nas graças dos fãs e ativou a curiosidade de pessoas que haviam perdido contato com a banda (leia o review do álbum aqui). Conversamos de maneira exclusiva com Léo Ramos, Paulo Vaz, Carol Navarro e André Dea que deram todos os detalhes sobre o trabalho, incluindo um faixa a faixa com o significado de cada letra. Vocês fizeram um evento com os fãs mais assíduos para a audição do álbum. Como foi ver, em tempo real, a reação das pessoas durante o evento de audição? Léo Ramos: Pô, foi muito lindo. Passamos tanto tempo na caverna com o disco, só a gente escutando e sem saber como o público reagiria. Ver que as pessoas se emocionaram nas mesmas músicas e sentiram o peso das mais pesadas foi muito gratificante. Parece um sonho ver esse trabalho finalmente no mundo, ainda mais naquele momento da audição. Foi muito massa. Sobre esse disco ter ficado guardado um tempo, quanto tempo ele ficou na “caverna”? Léo Ramos: Com certeza mais de um ano. Tentamos primeiro a fórmula do “Remédios” (último disco, lançado em 2023) , todo mundo tocando ao vivo, fazendo jams no estúdio. Algumas músicas nasceram daí, como “Piseiro Black Sabbath” e outras que vão para a parte dois. Depois pegamos material antigo, fizemos umas novas, reunimos 40, 50 músicas. Com a ajuda do Rafael Ramos (produtor e diretor da DeckDisc), filtramos esse repertório e escolhemos o que faria sentido. Aí resolvemos lançar em duas partes. Foi um processo de mais de um ano de pensar, criar e elaborar. E “Piseiro Black Sabbath”? Como tem sido a recepção ao vivo? Léo Ramos: Nossa primeira apresentação dela foi no metrô, com um palquinho na estação, versão acústica roots com o Pindé (André Dea) na vassourinha, eu no violão, Paulinho com teclado. Foi absurdamente incrível. Quando tocamos num festival grande depois, foi ainda mais. A gente já sabia que daria certo. Ela é quase uma isca e o público canta com a mesma força de clássicos como “Sol da Manhã” e “Piloto Automático”. É impressionante. E como foi a participação do Jotta na produção deste álbum? Léo Ramos: O Jotinha a gente já admirava. Ele tem bom gosto nas produções, pós, timbres, perfumaria, que dá um tchan nas músicas. Convidei ele pra colaborar, ele topou e foi além. Ele esteve presente nas gravações com bateria, baixo, guitarra, dava direcionamento quando eu saía. Foi incrível tê-lo com a gente no Caranguejo. A parte dois chega no ano que vem. Vai ter o mesmo número de músicas? Léo Ramos: Vai ter uma a mais, serão oito no total. O nome Caranguejo veio de uma piada interna, mas caiu muito bem para resumir a banda, que sempre buscou várias direções. Vocês chegaram a adaptar letras ou estética visual depois dessa ideia do nome do álbum? Léo Ramos: Um pouco das duas coisas. É como uma massinha de modelar que vai se ajustando. A parte 1 acabou ganhando considerações de identidade na reta final, mexi em letras, visual, mitologia do caranguejo. A parte 2 está ainda mais conectada ao conceito e vai fazer muito sentido com a primeira parte. No release, o Paulo fala “somos uma banda de rock e gostamos de riff de guitarra”. Mas senti uma faceta mais pesada no disco. O que motivou esse peso maior? Paulo Vaz: Quando começamos a conceber o disco, quisemos retomar uma raiz mais pesada, algo presente em Sal Grosso e Amianto. Com Remédios, gravado ao vivo, começamos a tocar diferente. Trouxemos uma bateria mais pesada e um baixo com muito drive, pensando também no ao vivo, que já soa mais agressivo. A reação na audição foi intensa, muitos se emocionaram… A bateria do Pindé é como locomotiva, corpo e força que carregam o disco. Com produção cuidadosa e o Jottinha ao lado, este é o disco mais bem produzido da nossa carreira. E com essa identidade do álbum, mais pesado, denso e produzido, onde ele se situa na evolução da banda? O que vem depois? Léo Ramos: Caranguejo é o disco que soa melhor, mais pesado, denso e grandioso. A gente sempre manteve nossa identidade, mas esse tem muitas camadas, efeitos, perfumaria, ao contrário dos discos mais secos do passado. Gostei tanto do resultado que ainda não sei o que vem depois. Talvez Lagosta ou um Megazord (risos), mas abriu novas portas que certamente vão influenciar produções futuras. Escolhemos aqui a melhor pergunta enviada pelos nossos seguidores. Ela veio do Ivan Gutisan que gostaria de saber o que vocês querem atingir com esse novo álbum, mais produzido. Paulo Vaz: Acho que são duas coisas. Primeiro, entender e agradar o público que já é nosso, mas também alcançar quem ainda não nos conhece. Quando participamos de festivais com outros estilos, percebemos que a aceitação da nossa música é grande. Hoje não existe mais um mainstream único, mas vários. Queremos ampliar nosso público e fazer com que mais gente conheça não só o novo disco, mas também a nossa discografia. É um processo de se estabelecer cada vez mais no cenário e mostrar que cabemos em diferentes universos musicais. Nosso objetivo é atingir também o público do hip-hop, trap, pop, rock, até do sertanejo. Queremos levar o nosso som para quem quiser ouvir, sem nos limitar a um único espaço. Por isso o disco tem contrastes: músicas pesadas como “A Transmissão”, faixas emocionais como “Testa” e misturas rítmicas como “Piseiro Black Sabbath”. A ideia é continuar cativando quem já caminha com a gente, mas também ampliar o alcance e conquistar novos ouvintes. Ping Pong Descontraído: Paulo Vaz: Pra mim, é Kill Bill, tem o sangue, o visual amarelo. É isso. Léo Ramos: Eu vejo A Chegada, do Denis Villeneuve. Uma coisa meio cósmica, quase Lovecraft. André Dea: Eu imagino um filme de um ser vindo de outro lugar, não precisa ser do espaço, mas de um lugar que

Supercombo lança Caranguejo (Parte 1) indo do piseiro ao metal

O novo álbum da Supercombo, “Caranguejo” está no ar, ou quase isso. A banda decidiu dividir o novo trabalho em duas partes, disponibilizando a primeira metade no dia de hoje (15/08). O nome nasceu de uma piada interna na pré-produção. Um amigo disse que algumas músicas da banda pareciam o próprio bicho, ou seja, algo estranho, indo para um lado e depois para o outro. A banda abraçou a ideia, transformou o crustáceo em símbolo e deu nome ao disco que marca um retorno às raízes, mas sem medo de se aventurar em novos horizontes. Aqui, o rock e o pop continuam sendo a espinha dorsal, mas ganha tempero com ritmos brasileiros e a diversidade que vai do metal até o piseiro. E falando em piseiro, o primeiro single, “Piseiro Black Sabbath”, é a prova da versatilidade que só a Supercombo sabe entregar. Gravada quase de brincadeira, a faixa mistura peso e brasilidade com um groove irresistível e um refrão chiclete. O clipe já soma quase 150 mil visualizações no YouTube, confirmando que essa mistura inusitada caiu no gosto do público. Mas foi “Alento” que pegou em cheio pra mim. É daquelas músicas feitas para serem trilha da nossa vida, principalmente no meu caso que sou pai. Ano que vem minha filha completa 18 anos e vai para a faculdade, e essa letra sobre amor e cuidado mexeu comigo de um jeito que poucas músicas mexem. Veio na hora certa, no desafio de entregar o filho ao mundo. “Testa” é o single mais radiofônico do disco, com potencial para tocar em qualquer playlist pop/rock, novela e ainda assim fazer muita gente chorar, principalmente aqueles que perderam alguém especial. Já “Hoje Eu Tô Zen” tem um refrão bipolar que gruda e pode muito bem virar trend no TikTok e Instagram. Entre as mais pesadas, “A Transmissão” e “Alfaiate” mostram um lado mais metaleiro da Supercombo, mas sem perder a essência, principalmente nas letras afiadas e sarcásticas, recheadas de metafóras. O vocal de Léo Ramos continua sendo a cola que une tudo, mesmo quando a banda decide sair da zona de conforto. Podemos ouvir um metal ou piseiro e saber na hora que é o Supercombo. Com produção cuidadosa de Victor de Souza, o Jotta, e um planejamento para ser lançado em duas partes, “Caranguejo” é para ser ouvido com atenção e calma. Seu final vai ser agridoce, com aquele gosto de quero mais esperando a continuação em 2026. Próximos Shows 04.OUT – Santos/SP – Aurora Sounds12.OUT – Curitiba/PR – Opera de Arame18.OUT – Rio de Janeiro/RJ – Circo Voador02.NOV – Porto Alegre/RS – Teatro da Amrigs06.NOV – Joinville/SC – Teatro da Liga07.NOV – Blumenau/SC – Ahoy!08.NOV – Florianópolis/SC – John Bull23.NOV – Belo Horizonte/MG – Mister Rock14.DEZ – São Paulo/SP – Audio Ingressos em: www.supercomborock.com

Megadeth anuncia fim da banda com turnê e álbum de despedida

O fim de uma era. Dave Mustaine confirmou que o próximo álbum de estúdio do Megadeth será o capítulo final de uma das bandas mais influentes do thrash metal. Previsto para o início do próximo ano pelo selo Tradecraft, em parceria com a Frontiers Label Group e sua subsidiária BLKIIBLK, o disco virá acompanhado de uma turnê mundial de despedida. Em mensagem aos fãs, o líder do Megadeth disse que muitos músicos chegam ao fim da carreira de forma acidental ou intencional, e que a maioria não consegue se despedir no auge e por conta própria. Ele afirmou que este é o momento certo para encerrar esse ciclo e que este será o último álbum de estúdio do Megadeth. Pediu que o público não fique triste, mas que comemore junto nos próximos anos. “Fizemos muitos amigos ao longo dos anos e espero ver todos vocês em nossa turnê global de despedida. Começamos um estilo musical, começamos um revolução, mudamos o mundo da guitarra e a forma como ela é tocada, e mudamos o mundo. As bandas em que toquei influenciaram o mundo. Amo todos vocês por isso. Obrigado por tudo”, completa. O primeiro single será lançado ainda neste segundo semestre, junto com o início das pré-vendas globais. No próximo ano, o vocalista do Megadeth também lançará um novo livro de memórias, ainda na esteira do fim da banda.

Novo single do Riviera mistura indie-folk e MPB em clima de contemplação

Riviera, projeto musical de Vinícius Coimbra, abre um novo ciclo com “Laços”, faixa que dá início ao EP Passado/Presente, primeira parte do álbum Com o Passar dos Anos. O lançamento chega acompanhado de um videoclipe que também serve como prólogo para o curta-metragem Molduras, previsto para estrear em 2025. A canção mistura piano, synths graves, batidas eletrônicas sutis e camadas vocais que constroem um clima de serenidade e contemplação, em uma estética que conecta indie-folk internacional e MPB contemporânea. Inspirada por um momento simples, a primeira música composta ao piano recém-comprado enquanto a companheira dormia depois do almoço, “Laços” fala sobre o amor em seu estado mais tranquilo: sem excessos, ruídos ou conflitos. O videoclipe segue essa essência, conduzindo o espectador por cenas do cotidiano de um casal, revelando o afeto nos gestos mínimos e nos silêncios compartilhados. Essa abordagem intimista contrasta com as passagens mais oníricas do curta, criando um jogo entre o concreto e o imaginado, entre o presente vivido e o que só existe na lembrança. A nova fase do Riviera marca um distanciamento da energia crua de Aquário (2018) e se aproxima de uma sonoridade mais etérea e detalhista. Passado/Presente ainda reúne as já conhecidas “Futuro” e “A Dor e a Cura”, compondo um retrato poético sobre tempo, memória e afeto. O trabalho é a primeira metade de uma obra maior, que se completará com Presente/Futuro. Juntos, os dois capítulos conversam entre o que já foi, o que é e o que ainda está por vir.

Entrevista | Epica – “Não queremos que as pessoas sintam que esquecemos nossa história”

A banda holandesa Epica retorna ao Brasil em setembro com uma turnê que promete momentos inéditos para os fãs. Ao todo, serão seis shows no país, passando por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. Esta nova visita integra a turnê mundial de divulgação do álbum Aspiral, lançado em abril. Com mais de 20 anos de carreira, o Epica mantém uma relação especial com o público brasileiro, conhecido pela energia e paixão em frente ao palco. Para esta série de apresentações, o grupo traz como convidado especial o Fleshgod Apocalypse, reforçando a promessa de noites intensas e inesquecíveis para os fãs de metal sinfônico. Conversamos com Mark Jansen, guitarrista e fundador da banda, sobre a expectativa para a turnê, os bastidores da escolha das músicas e curiosidades sobre a conexão com o Brasil. O Brasil está no radar da banda desde os primeiros dias, e agora vocês voltam para seis shows. O que os fãs podem esperar desta nova visita? Mark Jansen: Para cada turnê que fazemos com um novo álbum, mudamos a lista de músicas. Então, haverá surpresas. Se alguns fãs conferirem setlists de outras turnês, verão que esta será diferente. Inclusive, vamos tocar uma música que nunca apresentamos ao vivo antes. É assim que gostamos: manter interessante para os fãs e também para nós mesmos. O Fleshgod Apocalypse será o ato de abertura. Como surgiu o convite? Mark Jansen: Nós já os conhecemos bem, são grandes amigos e ótimos músicos. Já tocamos juntos no passado e até gravamos uma música no Alchemy Project. Quando surgiu a opção, fomos direto com eles. Vi um spoiler do Setlist FM e percebi que o setlist está bem diversificado entre os álbuns. E agora, vocês estarão em Brasília pela primeira vez, como é tocar em cidades novas, mesmo após tantos anos de estrada? Mark Jansen: É sempre emocionante, especialmente quando nunca tocamos em uma cidade. Há fãs que não conseguem viajar para outros lugares, então você acaba alcançando pessoas que nunca te viram. Além disso, é a chance de conhecer um lugar totalmente novo. Gosto de aproveitar para andar pela cidade e ver coisas diferentes. É uma combinação de emoção pelo show e pela descoberta. No setlist atual há músicas de quase todos os álbuns. Como vocês equilibram clássicos e novidades? Mark Jansen: É difícil agradar a todos. Procuramos equilibrar a promoção do novo álbum com músicas clássicas, inclusive dos primeiros discos, que muitos fãs amam. Não queremos que as pessoas sintam que esquecemos nossa história. Vocês levam em conta dados de plataformas como Spotify e YouTube para montar o repertório? Mark Jansen: Sim, às vezes. Nosso empresário envia relatórios, e também fazemos enquetes no Epica Universe com os fãs mais dedicados. No fim, buscamos um setlist que agrade tanto os mais antigos quanto quem está nos vendo pela primeira vez. Depois de mais de 20 anos de banda, ainda se surpreende com a reação dos fãs? Mark Jansen: Sim. Continuo curioso para saber o que as pessoas pensam, mas hoje não me deixo afetar emocionalmente por críticas. Aprendi a ler, processar e seguir em frente. O novo álbum Aspiral foi pensado para ser ouvido do início ao fim. Qual a ideia por trás disso? Mark Jansen: Queríamos criar uma jornada musical, com as faixas na ordem certa para manter o fluxo. É a experiência ideal, embora cada um possa ouvir como preferir. Para encerrar, tem alguma história curiosa sobre o Brasil? Mark Jansen: Lembro de um show em São Paulo em que havia muito mais público do que o esperado. O promotor ficou tão feliz que fez uma festa particular no escritório e saiu sorrindo de orelha a orelha. Foi inesquecível. Datas da turnê do Epica no Brasil06/09 – Porto Alegre (Bar Opinião)07/09 – Curitiba (Ópera de Arame)09/09 – Belo Horizonte (Grande Teatro BeFly Minas Centro)11/09 – Brasília (Toinha)13/09 – Rio de Janeiro (Sacadura 154)14/09 – São Paulo (Terra SP) Ingressos em: http://www.fastix.com.br/

Good Charlotte renasce com “Motel Du Cap” às vesperas do I Wanna Be Tour

Good Charlotte lança “Motel Du Cap”, novo álbum de estúdio, e confirma retorno ao Brasil para o Festival I Wanna Be Tour. O oitavo trabalho da banda, produzido por Zakk Cervini e Jordan Fish (ex-Bring Me the Horizon), combina a energia do pop-punk com colaborações de artistas como Wiz Khalifa, Zeph, Luke Borchelt e Petti Hendrix. O disco chega após sete anos de hiato e antecede os shows em Curitiba (23) e São Paulo (30), prometendo nostalgia e novas sonoridades para os fãs brasileiros.