Festival DoSol 2025 anuncia lineup com Terno Rei, Rancore e Black Pantera

O Festival DoSol 2025 chega à sua 22ª edição consolidado como um dos maiores eventos da música independente brasileira. Entre os dias 13 e 29 de novembro, o festival ocupará cinco cidades do Rio Grande do Norte: Natal, Mossoró, Caicó, Assu e Currais Novos, com mais de 80 shows que vão do indie ao punk, passando pelo samba, reggae e música eletrônica. Reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial do estado, o evento terá entrada gratuita no interior e ingressos a preços populares na capital. O lineup deste ano destaca nomes como Terno Rei, Rancore, Mukeka di Rato, The Mönic e Black Pantera, além de atrações internacionais como os portugueses Linda Martini e o sul-coreano Octopoulpe. Fiel à sua proposta de valorizar a produção local, o Festival DoSol 2025 também apresenta novos talentos potiguares, como Bixanu, Dani Cruz, Gracinha, Sourebel e Taj Ma House, além de reencontros marcantes com Talma&Gadelha, Camarones Orquestra Guitarrística e Dusouto. Em Natal, o evento ocupará o Centro Histórico da Ribeira, distribuído por cinco palcos: Largo da Rua Chile, Galpão 292, Armazém Ribeira e Frisson (interno e externo), em dois dias de maratona cultural que seguem até o amanhecer. Já nas cidades do interior, a proposta é democratizar o acesso à música com apresentações totalmente gratuitas. “O DoSol nasceu e cresceu ocupando espaços da cidade e do estado. Incluir o interior na nossa agenda é sempre um desafio, mas também é nossa maior alegria”, afirma Ana Morena, coordenadora geral do festival. Com 22 anos de história, o Festival DoSol segue como símbolo de resistência cultural e experimentação artística, integrando a Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin) e fortalecendo a cena alternativa no país. O evento tem patrocínio da Cerveja Sol, via Lei Câmara Cascudo, e da Unimed Natal, via Lei Djalma Maranhão, além de apoio do Governo do RN, Fundação José Augusto, Prefeitura de Natal e parceiros culturais locais. Serviço22ª edição do Festival DoSol13, 14, 23 e 27 de novembro – Sede Cultural DoSol (Natal/RN)15 de novembro – Caicó/RN16 de novembro – Currais Novos/RN21 de novembro – Assu/RN22 de novembro – Mossoró/RN28 e 29 de novembro – Natal/RN Entrada gratuita no interior e na primeira hora em NatalIngressos: outgo.com.br/festivaldosol2025Mais informações: instagram.com/festivaldosol

Five Finger Death Punch celebra 20 anos com novo álbum “Best Of – Volume 2”

O Five Finger Death Punch comemora duas décadas de carreira com o lançamento de Best Of – Volume 2, uma coletânea que revisita os maiores sucessos da banda em novas versões e inclui colaborações inéditas. O disco foi lançado ontem, 24 de outubro, e marca uma nova fase na trajetória do grupo, que decidiu regravar clássicos após a venda não autorizada dos masters originais. Celebrar aniversários não é novidade. Em 2020, o baixista Chris Kael deu uma entrevista ao Blog N’ Roll falando sobre os 15 anos da banda, como a sobriedade mudou o processo de gravação e também sobre a forte amizade do grupo. Agora, com mais cinco anos de estrada, as marcas impressionam: mais de 8 bilhões de streams e 3 bilhões de visualizações de vídeo no mundo todo. O single mais recente, “I Refuse”, parceria com Maria Brink (In This Moment), já ultrapassou 4,8 milhões de streams, entrou no Top 10 Active Rock nos Estados Unidos e aparece entre os destaques no Shazam alemão, com 61 mil pré-saves no Spotify. Diferente de um simples relançamento, o Volume 2 apresenta 16 faixas regravadas em 2025, incluindo “Hell To Pay”, “Got Your Six”, “Blue On Black” e “Walk Away”, além de três gravações ao vivo inéditas: “Wash It All Away”, “Wrong Side Of Heaven” e “Jekyll And Hyde”. Um dos destaques é “The End”, que traz participação da sensação japonesa BABYMETAL e se tornou a primeira música com versos em japonês a entrar nas rádios norte-americanas do segmento Active Rock. Em entrevista à Digital Beat Magazine, Su-Metal, vocalista do BABYMETAL, comentou sobre a parceria: “Cantei letras em japonês inspiradas nos vocais originais de ‘The End’ e passei muito tempo experimentando para encontrar a voz que melhor se encaixasse nessa faixa profunda e intensa. Meu momento favorito é o fluxo de ‘Negai o kakete’ para a pausa, onde minha voz é gradualmente engolida pelo growl do Ivan. Me deu arrepios. Espero que os ouvintes sintam isso também.” A banda também está em turnê pelos Estados Unidos neste verão, incluindo participação em grandes festivais, com foco na promoção do novo repertório. Paralelamente, o Five Finger Death Punch prepara um novo álbum de estúdio, além de ações de destaque como uma entrevista e um especial em áudio para o Loudwire. Com 25 hits no Top 10, 13 singles em primeiro lugar e mais de 12 bilhões de streams acumulados, o Five Finger Death Punch reforça seu domínio no rock contemporâneo e sua capacidade de transformar desafios em oportunidades. O lançamento de Best Of – Volume 2 reafirma o poder e a longevidade da banda, que segue moldando seu legado com intensidade e visão estratégica.

Entrevista | Simon Phillips traz os bastidores de Distorted Mirror, novo álbum do DarWin

O lendário baterista Simon Phillips (The Who, Toto, Tears for Fears, Judas Priest) retorna com o DarWin para apresentar Distorted Mirror, quinto álbum do supergrupo lançado em outubro de 2025 pela OoS/Phantom Recordings. O projeto conta tamém com Darwin Gerzson, Matt Bissonette, Mohini Dey, Greg Howe, além de um verdadeiro hall de grandes músicos. O novo álbum chega como uma continuação direta de Five Steps on the Sun, apostando novamente em arranjos complexos, virtuosismo e sonoridades que transitam entre o rock progressivo e o metal moderno. Em entrevista ao Blog N’ Roll, Simon Phillips contou que Distorted Mirror é resultado de uma parceria cada vez mais afinada com DarWin, marcada por uma busca constante por melodias impactantes e harmonias vocais bem elaboradas. Simon Phillips destaca que o novo álbum reflete não apenas a maturidade artística da banda, mas também a evolução de sua visão sobre produção e composição, abrindo caminho para o próximo trabalho que já está em desenvolvimento. Ouvi seu novo álbum, Distorted Mirror, mas gostaria de saber sobre o começo. Como começou sua parceria com o DarWin? E o que o motivou a se juntar a este projeto? Ele (Darwin) me enviou um e-mail. De repente, eu abri o e-mail e li. Muitos projetos dos anos 2000 começaram com contatos por e-mail. Na verdade, até hoje nós raramente falamos com as pessoas ao telefone. Hoje em dia, é assim que trabalhamos. Voltando, o DarWin me enviou um e-mail com algumas ideias grandiosas de gravar um disco. E eu pensei, ok, vamos ver. Então, trocamos mensagens e pedi algumas músicas para que eu pudesse ouvir. Quando ele me mandou, eu pensei “Isso é muito interessante. Eu acho que essa música é boa. Eu posso fazer algo com isso”. Então, nós criamos algumas sessões de gravação. Ele veio para o meu estúdio em Los Angeles e gravamos as três primeiras músicas. Isso foi em 2015 e aqui estamos nós, dez anos depois. Acabamos de lançar o nosso quinto álbum e já estamos trabalhando no sexto. Distorted Mirror é uma continuação de Five Steps on the Sun. Como você define essa nova fase, musicalmente e conceitualmente? Bem, é prog rock. Mas é um tipo diferente de prog rock, porque é muito melódico. Prog rock é melódico, mas também tem muitas vozes. Então, eu brinco dizendo que é prog rock misturado com Crosby, Stills & Nash. Porque ambos gostam de vozes e eu amo a produção vocal, amo harmonias vocais. E o DarWin também. Sem contar que o Matt Bissonette é excelente em fazer harmonias muito interessantes, absolutamente maravilhoso. Então, é uma boa mistura: prog rock, mas com melodias e harmonias muito marcantes. Você é um baterista lendário, mas no DarWin você tem vários papéis: produtor, engenheiro, mixer. Qual desses foi o mais desafiador neste álbum? Todos, todos são desafiadores. A música começa com uma demo do DarWin. Ele toca tudo nela: guitarra, base, bateria e envia para mim e para o Matt. Daí o Matt começa a trabalhar nas letras e vozes. Eu começo a trabalhar no arranjo, escolhendo talvez as melhores partes da música. A primeira coisa que faço é a transcrição. Tudo está em MIDI, em teclados. Eu posso rearmonizar, mudar o tom, até mudar o compasso. Eu faço isso muito. Porque eu escuto e penso: “Como isso soaria em 7 tempos?” Ou vice e versa. O DarWin pode ter escrito algo em 7 ou 8, e eu penso: “Parece forçado. E se colocássemos em 4?” Gosto dessa construção porque dá uma boa tensão à música. Depois, entramos no processo de gravação ao vivo eu, DarWin e a Mohini Dey (baixista). Isso é muito importante. Dá um sentimento orgânico. E também podemos mudar as coisas rapidamente como tempo, arranjo, tudo. Enquanto toco, também faço engenharia. É algo que faço há muito tempo. Nunca é fácil, mas já é natural para mim. Quando você recebe as primeiras demos e grava essa base em power trio, que tipo de ajustes ou refinamentos costuma sugerir aos outros músicos do projeto? As partes de guitarra geralmente são as originais do DarWin. Mas às vezes eu crio novas ideias. Não sou guitarrista, então faço isso com um som de teclado distorcido. Claro, as notas não ficam perfeitas, mas passam a ideia. Ele ouve e adapta com a guitarra de verdade. Já Mohini adora as linhas de baixo que eu crio, mas às vezes ela vem com ideias novas, e eu deixo livre. Se for melhor, ótimo. Se não funcionar, voltamos à original. É um processo cada caso um caso, seção por seção. Eu só quero que a música fique melhor. Às vezes, tocar algo simples funciona muito mais do que algo complexo. Você usa compassos e grooves pouco convencionais, como é comum no prog. Como você aborda esses materiais complexos na bateria? Juro que eu não sei, apenas começo a tocar. Sou um músico muito intuitivo, não planejo muito. Normalmente, quando entro em estúdio, ouço a música e penso em algo, mas quando começo a tocar, sai algo completamente diferente. É sempre intuitivo. Às vezes ouço algo e penso: “Deixe-me trabalhar nisso.” Aí resolvo, testamos e vemos se funciona. Se soa bem, seguimos. Se não, ajustamos. É mais experiência do que planejamento. Há planos para uma turnê desse álbum ou planos para tocar no Brasil? O Brasil está entre os principais ouvintes do DarWin. Ainda não temos planos, mas estamos conversando sobre isso. É complicado, porque a música é complexa e precisa de uma boa estrutura no palco. Minha bateria é grande, há dois teclados, baixo, duas guitarras e vocais. Precisamos de um espaço adequado e público suficiente. Mas se surgir um promotor na América do Sul disposto a montar isso direito, nós adoraríamos vir tocar, com certeza. Entre todos os artistas com quem você trabalhou, qual sessão ou turnê foi a mais desafiadora ou fora do comum? Eu diria que o Peter Gabriel. Lembro desses dias com ele, foram sessões muito experimentais, mas divertidas. Trabalhar com ele foi incrível. Outro trabalho marcante

Oasis terá loja física em São Paulo a partir de 20 de novembro

A febre do retorno do Oasis chega a São Paulo com a abertura da fan store oficial da turnê Oasis Live ‘25. O espaço, que funcionará na Projeto 2005 (Rua Martim Carrasco, 66, Largo da Batata, em Pinheiros), abre as portas do dia 20 a 28 de novembro oferecendo uma experiência única para os fãs brasileiros. Após o sucesso das lojas oficiais que acompanharam os shows no Reino Unido e na Irlanda, a capital paulista será a única cidade do Brasil a receber a fan store, que antecede a aguardada passagem da turnê pela América do Sul com ingressos esgotados em todo o mundo. No local, serão vendidos produtos oficiais da turnê, incluindo itens de edição limitada, roupas masculinas, femininas e infantis, além de acessórios como camisetas, moletons, jaquetas e muito mais. Entre os destaques está a colaboração Adidas X Oasis, sucesso mundial que estará disponível em quantidades limitadas na pop-up store de São Paulo. A coleção terá preços que começam em R$ 279,99 e podem chegar a R$ 999,99, de acordo com informações divulgadas pelo site da Adidas. As camisas mais procuradas, do modelo Jacquard Jersey, com design inspirado em uniformes de futebol, custarão R$ 499,99 (azul) e R$ 699,99 (preta). A loja também trará camisetas exclusivas com artes de álbuns e singles clássicos, como Definitely Maybe, (What’s The Story) Morning Glory?, Wonderwall e Supersonic. Outro item imperdível é o famoso bucket hat, chapéu de pescador eternizado por Liam Gallagher nos anos 1990 e símbolo do estilo britpop e da cultura de Manchester. A entrada é gratuita, mas recomenda-se reservar o horário de visita antecipadamente para evitar filas. O público pode confirmar presença por meio de cadastro online. A loja funcionará de segunda a sexta-feira, das 11h às 20h; sábado, das 11h às 19h e, no domingo, das 11h às 18h. O Oasis se apresenta no Brasil nos dias 22 e 23 de novembro de 2025, no Estádio Morumbis, em São Paulo. Os ingressos para ambos os shows já estão esgotados.

Story of The Year lança “Gasoline”, música mais pesada da carreira, após passagem pelo Brasil

O Story of the Year anunciou o oitavo álbum da carreira, A.R.S.O.N., com lançamento previsto para 13 de fevereiro de 2026 pela SharpTone Records. Para marcar a nova fase, a banda divulgou o single “Gasoline (All Rage Still Only Numb)”, descrito como uma das faixas mais pesadas e intensas de sua trajetória. O lançamento chega logo após a elogiada participação da banda na I Wanna Be Tour e nos sideshows em São Paulo e Rio de Janeiro. Produzida por Colin Brittain (Linkin Park), a música traz guitarras distorcidas, vocais viscerais e uma letra que fala sobre explosão emocional e a vontade de “queimar tudo para recomeçar”. Em entrevista ao Blog N’ Roll, o vocalista Dan Marsala comentou sobre trabalhar novamente com Brittain. “No último álbum, Tear Me to Pieces, o produtor Colin Britton foi muito importante para capturar a mesma energia dos primeiros dias. Trabalhamos muito para trazer de volta a energia jovem de 20 anos atrás. Gravamos outro álbum com ele, que será lançado em breve, e seguimos o mesmo processo: fazer música que amamos. Isso não mudou”. Já para o guitarrista Ryan Phillips, o novo trabalho representa um mergulho mais profundo na combinação de peso e melodia que consagrou o quarteto desde Page Avenue (2003). Com A.R.S.O.N., o grupo, que conta também com Josh Wills e Adam Russell, promete uma sonoridade ainda mais agressiva e emocional, mantendo o espírito do post-hardcore vivo mais de duas décadas depois.

Jéssica Falchi anuncia estreia solo com single “Moonlace” e prepara EP autoral para 2026

A guitarrista e compositora brasileira Jéssica Falchi, conhecida por sua passagem pela banda de death metal Crypta, inicia uma nova fase da carreira com seu projeto solo instrumental, batizado simplesmente de Falchi. O trabalho marca o início de um caminho pautado pela liberdade criativa e pela busca por uma sonoridade pessoal. O primeiro single dessa nova etapa, “Moonlace”, chega às plataformas de streaming no dia 31 de outubro e já está disponível para pré-save neste link. A faixa abre uma série de quatro singles produzidos em parceria com o guitarrista Jean Patton (ex-Project46), que serão lançados entre o fim de 2025 e o início de 2026, culminando no primeiro EP da Falchi, previsto para 23 de janeiro de 2026. A data coincide com a presença da artista na tradicional feira da indústria musical NAMM Show, em Los Angeles (EUA). “Quero que minha música alcance não só músicos, mas pessoas que se conectam com o som de forma emocional”, explica Jéssica, que aposta em composições instrumentais capazes de transitar entre intensidade e delicadeza. “Cada música traz uma abordagem diferente, mas sempre parte do rock e do metal, com uma pitada das minhas referências brasileiras”, complementa. Inspirada por nomes como Joe Satriani, Steve Vai, Kiko Loureiro e bandas como Metallica, Pink Floyd e Leprous, Falchi constrói um repertório que combina técnica e emoção. Antes de embarcar na carreira solo, a guitarrista tocou com Aquiles Priester, gravou com Elana Dara e chamou a atenção nas redes sociais, onde soma mais de 300 mil seguidores, além de ter sido notada pelo próprio Metallica por seus vídeos de performance. Com passagens por turnês nas Américas, Europa e Ásia durante sua trajetória na Crypta, Jéssica agora se volta para dentro: seu novo projeto é um convite à introspecção, à liberdade musical e à redescoberta do som como forma de existência.

Entrevista | Sabaton – “Estou orgulhoso do Legends, é um álbum variado e forte”

O Sabaton lançou seu 11º álbum de estúdio, Legends, pela Better Noise Music, inaugurando uma nova fase em sua carreira. O disco mergulha em personagens históricos como Joana D’Arc, Genghis Khan, Júlio César e Napoleão, costurando batalhas, filosofia e momentos marcantes em músicas que equilibram peso e melodia. Com produção de Jonas Kjellgren e arte de Peter Sallai, o álbum busca sintetizar figuras que ajudaram a moldar o mundo, funcionando como uma coletânea de histórias que o grupo sueco queria contar há muito tempo. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o vocalista do Sabaton, Joakim “Jocke” Brodén, falou sobre o processo criativo do novo disco, a escolha das figuras históricas e os desafios de transformar temas tão grandiosos em canções. Ele também comentou a forte conexão com o público brasileiro, a história por trás da guitarra da Hello Kitty no Bangers Open Air e a possibilidade de abordar conflitos atuais em trabalhos futuros. O que inspirou o conceito de Legends e a escolha dessas figuras históricas? Há muitos personagens que queríamos escrever, mas nunca tivemos um tema comum. Napoleão, por exemplo: poderíamos fazer um álbum inteiro só sobre ele, mas e os outros? O mesmo com Júlio César, que renderia muitas histórias sobre o Império Romano. Percebemos que César, Napoleão, Genghis Khan, Vlad, Joana D’Arc tinham algo em comum: todos eram lendas. Então pensamos em Legends como uma espécie de grandes sucessos das figuras que queríamos abordar, mas que nunca tinham se encaixado em um conceito único. Pela primeira vez todos os membros do Sabaton participaram das composições dentro do mesmo álbum. Como isso mudou o processo criativo? Vou dar uma resposta meio chata e te frustrar (risos): nada mudou. Hannes, nosso baterista, não costuma compor, tinha escrito só uma música antes, mas desta vez ele trouxe uma ideia. Os outros já eram ativos no processo, mesmo em álbuns passados. Foi mais uma coincidência de todo mundo ter músicas prontas, mas eu gosto de escrever junto, é melhor do que trabalhar sozinho. Você citou Napoleão, Joana D’Arc e Genghis Khan. Qual lenda foi o maior desafio de transformar em música? Para mim, foi Miyamoto Musashi. Eu só conhecia ele como samurai, mas nas pesquisas o descobri como autor e filósofo. Isso mudou todo o conceito das letras. Os pré-refrões da música Duelist vieram do seu livro O Livro dos Cinco Anéis. Achei importante mostrar esse outro lado dele, não apenas o guerreiro. Há planos de lançar documentários, materiais visuais ou até mesmo um jogo para expandir a narrativa do álbum? Queremos continuar com os vídeos no canal Sabaton History no YouTube, junto com o Indy Neidell, mas é complicado. Para falar de guerras modernas, usamos fotos e vídeos de arquivo. Mas como ter imagens do Egito antigo, por exemplo? A Inteligência Artificial seria uma solução, mas muita gente não aceita. Ainda estamos pensando como resolver isso. Houve alguma figura histórica que vocês imaginaram no álbum, porém ficou de fora? Queríamos muito Alexandre, o Grande. Até comecei a compor, mas a música não funcionou. Quero voltar a isso em algum momento. Acredita que o álbum Legends irá marcar uma nova fase na carreira do Sabaton? Difícil dizer. Fizemos o nosso melhor, mas agora depende dos fãs. Se eles gostarem, ótimo. Se não, talvez tenhamos que mudar o caminho. Estou orgulhoso, acho que é um álbum variado e forte. A turnê de Legends deve vir ao Brasil? Esse é o plano e nosso desejo. Ficamos devendo parte das turnês de The Great War e The War to End All Wars por causa da pandemia. Agora queremos trazer Legends. Vocês tocaram no Brasil no Bangers Open Air. Por que escolheram o país para abrir a agenda de 2025? A pergunta é por que não começar pelo Brasil? Tivemos que começar em algum lugar, e o Brasil parecia perfeito, ainda mais em um festival. É sempre uma loucura tocar aí, os fãs são incríveis e queríamos que fosse uma festa para começar o ano. Vocês tem uma música sobre o Brasil na guerra. Como você descreveria a conexão da banda com o país? Muito forte. Lembro quando conhecemos José Maria, um dos Smoking Snakes, em Juiz de Fora. Ele disse para o Hannes que seria o primeiro a cair em combate por ser o mais alto. Depois, quando falamos que o show seria intenso, ele respondeu: “Sobrevivi aos nazistas, posso sobreviver a um show de metal.” Essa frase foi lendária. Qual a história por trás da guitarra da Hello Kitty? Foi uma pegadinha. Eu esqueci uma vez de deixar minha guitarra no carregamento e pedi ajuda. A equipe me entregou uma guitarra da Hello Kitty. Desde então, virou tradição. Toda vez que viajo, minha guitarra “some” e eles colocam outra no lugar. Acho que só vou rever a original quando morrer. Com tanto conflito e guerra no mundo, vocês pensam em abordar guerras atuais em futuras músicas? Talvez, mas é preciso tempo. A forma como conflitos são noticiados varia muito de país para país, e nós não confiamos em jornalistas nem políticos. Não somos historiadores, somos apaixonados por história, mas precisamos da distância para que especialistas registrem os fatos de maneira objetiva e imparcial. O que os fãs podem esperar da turnê do Legends? Estamos preparando um palco totalmente novo. Depois dos últimos três shows, tudo será reformulado. Dá um frio na barriga, mas é empolgante. Como era a cena de rock na Suécia quando vocês estavam começando? Não era enorme, mas estava lá. Eu tinha quatro anos e vi na TV I Wanna Rock, do Twisted Sister. Fiquei paralisado. O metal nunca foi esquecido na Suécia, mas também nunca foi mainstream. Hoje ele está maior do que nunca. Para encerrar, qual a mensagem para os fãs brasileiros? Obrigado pelas boas horas e que venham muitas mais em breve.

Entrevista | Wolf Howl Harmony – “Queremos muito ir cantar e dançar no Brasil”

Em meio à ascensão global do J-pop, um novo nome tem chamado a atenção dentro da poderosa engrenagem da EXILE TRIBE: o quarteto Wolf Howl Harmony. Formado por Hiroto, Ryoji, Suzuki e Ghee, este último nipo-brasileiro que viveu parte da infância em São Paulo, o grupo vem se destacando pela mistura de pop contemporâneo, rap e influências multiculturais e já atingiu mais de 100 mil seguidores no Instagram. Revelados em 2023 após um rigoroso processo seletivo que envolveu mais de 48 mil candidatos, os quatro conquistaram o público japonês e vêm expandindo fronteiras com singles como “Bossa Bosa” e “BAKUON”, que dialogam com o público jovem por meio de batidas dançantes e estética vibrante. Em entrevista ao Blog N’ Roll, Ghee falou sobre o processo de formação, a relação com a EXILE TRIBE e a importância das raízes brasileiras nessa jornada de internacionalização. Entre histórias curiosas, referências musicais e planos para o futuro, o nipo-brasileiro mostra por que o grupo é apontado como um dos nomes mais promissores da nova geração do pop asiático. Me conta um pouco dos bastidores de vocês serem escolhidos entre 48 mil pessoas no Icon Z. Fiquei muito emocionado, porque trabalhei muito até o dia em que cheguei aqui. Eu cantava em muitos lugares, às vezes só tinham quatro pessoas assistindo, mas mesmo assim eu continuava cantando, cantando, cantando.Cada vez que eu cantava, eu pensava no meu sonho, e consegui alcançar esse sonho. Foi muito emocionante. E sobre o nome de vocês, Wolf Howl Harmony, tem algum significado simbólico? O que esse nome representa? posso explicar em japonês? Porque é muito importante. (A tradutora explica)O nome Wolf Howl Harmony foi criado por Hiro-san. Ele criou o nome baseado em como essas quatro pessoas se conectam, cada uma com sua história única. Ele quis dar esse nome porque acreditava que, com nossas histórias diferentes, nós poderíamos criar uma harmonia, uma bela história juntos. Como é formar uma banda com desconhecidos? Geralmente a gente forma banda com amigos. Como é essa rotina? No começo foi difícil, porque viemos de lugares diferentes. Eu sou brasileiro e eles são japoneses. Era complicado no início, mas a gente se deu bem. Eles gostaram de mim, e todos nós gostamos de música, de cantar. A música faz o nosso coração se unir, sabe? Acho que é por isso que conseguimos estar juntos até hoje, porque temos a música. No começo foi difícil, mas agora está muito bom. Estamos cantando as músicas que queremos, tentando até fazer músicas brasileiras, funk carioca. Estamos nos sentindo bem. Já que você falou de funk, vocês também têm elementos de rap. Vocês se veem mais como um grupo pop ou preferem algo mais amplo? É difícil dizer. A gente gosta do rótulo J-pop, porque nascemos no Japão. Queremos levar o J-pop para o mundo.Mas não gostamos muito quando as pessoas nos chamam de “ídolos”. Não é que a gente não goste, mas é estranho. Porque o que a gente ama é a música. Queremos espalhar música: R&B, rock, hip-hop, J-pop. Queremos tentar todos esses estilos no futuro. Falando sobre o Brasil, você tem alguma lembrança ou referência daqui? Uma música ou algo da infância? Eu jogava muito futebol, sempre descalço. Também brincava de bola de gude com meus amigos. Tinha um chocolate que eu amava, que saía como se fosse cabelo, acho que era “Belão Cabelão”! Eu via Pokémon, Dragon Ball, Turma da Mônica, Scooby-Doo. Comia pastel, feijoada, pão de queijo. Tenho muitas lembranças boas do Brasil. E qual foi a reação do público brasileiro quando descobriram que havia um brasileiro num grupo de J-pop? Acho que eles ficaram surpresos. Muita gente comentou: “Ele é brasileiro mesmo? Não parece!”.Nunca tinham visto um brasileiro num grupo japonês. Mas comecei a responder no TikTok em português, e eles escreveram “Te amo, Ghee!”, “Estamos esperando vocês no Brasil!”. Fiquei muito feliz com esses comentários. Acho que eles gostaram, e eu também gostei muito do carinho deles. Vocês planejam uma vinda ao Brasil? Eu quero muito ir ao Brasil! E não sou só eu, os outros também já amam o Brasil e querem cantar aí.Já apresentei minha mãe e minha avó para eles, elas já conversaram pelo telefone com o grupo.Todos estão ansiosos para conhecer o Brasil algum dia. Eles vivem falando “Rio, Rio, Rio de Janeiro!”. Estão sempre pesquisando sobre o país. Mas há planos concretos ou planejamento para vir? Ainda não temos nada definido, mas estamos tentando criar um plano para isso. Queremos muito ir ao Brasil e contamos com a ajuda de vocês para divulgar. Tem música que eu já cantei em português, como “Evidências”. Eu cantei essa música, e eles também cantaram comigo. Por isso quero que vocês nos ajudem a realizar esse sonho. Pode deixar que vamos ajudar! Falando em Brasil, “Bakuon” tem elementos de funk. Como surgiu essa ideia? Essa ideia veio de um cara chamado DJ Daruma. Ele é como um pai pra gente. Desde o começo, ele é nosso diretor e produtor. Ele disse: “O Ghee é brasileiro, então por que não tentamos fazer um funk carioca?”. E assim começou. Eu sempre mostro músicas brasileiras pra eles ouvirem, e todo mundo gosta. Então criamos “Bakuon” inspirados nisso. Qual música você indica para os brasileiros conhecerem o Wolf Howl Harmony? “Bakuon”, claro! E também “Bossa Bosa”. Essa música tem influência da bossa nova do Brasil.Começamos com “Bakuon”, depois “Bossa Bosa”, e já estamos preparando outra música inspirada no Brasil. Ainda não terminamos a letra, mas vem aí. O Rising Star Award foi um marco pra vocês. Como foi aquela noite? Parecia um sonho. Estavam lá vários artistas que eu só via na televisão. E de repente, nós estávamos cantando no mesmo evento. Foi muito emocionante e ficamos muito felizes. “Frozen Butterfly” esteve entre as músicas mais ouvidas no Japão. Qual foi o momento em que você sentiu que o sucesso estava realmente acontecendo? Difícil escolher! A gente ama “Bakuon”, mas também ama “Frozen Butterfly”. Ela tem um estilo que lembra o N

Coletivo SHN celebra 25 anos com livro comemorativo e lançamentos em Americana e São Paulo

Um dos coletivos mais emblemáticos da arte urbana brasileira, o SHN comemora 25 anos de trajetória com o lançamento de um livro que reúne os 26 projetos mais marcantes de sua história. Produzida em parceria com o estúdio Colletivo, a publicação é uma edição especial de capa dura e tiragem limitada, resultado de três anos de curadoria, direção de arte e diagramação dedicadas a traduzir em papel o impacto visual e conceitual do grupo. O livro “SHN – 25 anos” será lançado em dois eventos neste fim de semana. O primeiro acontece em Americana (SP), cidade natal do coletivo, na sexta-feira (17/10), na Rua Silvino Bonassi, 840, a partir das 18h. No sábado (18/10), o lançamento chega à capital paulista, no Balsa Bar (Rua Capitão Salomão, 26, 3º andar), a partir das 13h. Os exemplares estarão à venda nas duas ocasiões, e quem participou da pré-venda poderá retirar o livro pessoalmente e garantir o autógrafo dos artistas. A publicação bilíngue (português e inglês) combina textos, fotos e ensaios de convidados que ajudam a reconstruir a trajetória do grupo — de suas origens no interior paulista às intervenções realizadas em espaços públicos de diferentes partes do mundo. Ícones visuais como a boca aberta colorida e os adesivos “Obrigado Vida”, que se espalharam por muros e ruas de todo o país, são revisitados em páginas que revelam bastidores e contextos de criação. Entre os projetos destacados estão a participação do SHN na Virada Cultural de 2023, com bandeiras erguidas no Vale do Anhangabaú, e a instalação “Paixão Tropical”, realizada na Arábia Saudita a convite dos curadores Cedar Lewisohn e Basmah Felemban. No festival, o coletivo ocupou uma parede de 14 metros em Riyadh com um mosaico de pôsteres criados especialmente para o evento. O livro também traz textos de nomes que acompanharam de perto a trajetória do grupo, como Gustavo Sartori Barba, diretor da +Um Hits, que descreve a energia cultural que impulsionava os artistas desde os tempos de Americana: “Eram tomados por uma voracidade cultural que os fazia enfrentar longas viagens de ônibus para São Paulo, vivenciando o luto da infância e as turbulências da adolescência”. Com edição refinada e design que reflete o espírito do coletivo, o livro “SHN – 25 anos” é um registro visual e histórico da arte que ultrapassa as fronteiras das galerias para ocupar as ruas — o espaço onde o grupo consolidou sua identidade e seu legado criativo. ServiçoLançamento do livro “SHN – 25 anos”• Americana (SP) – Sexta-feira, 17/10, às 18h – Rua Silvino Bonassi, 840• São Paulo (SP) – Sábado, 18/10, às 13h – Balsa Bar (Rua Capitão Salomão, 26, 3º andar)Exemplares à venda nos eventos.