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Crédito: Mayara Giacomini / Balaclava / Instagram

Balaclava Fest

BadBadNotGood explora influência brasileira em show memorável

Os canadenses do BadBadNotGood devem se sentir bem confortáveis em terras brasileiras. O prolífico grupo foi uma das atrações do Balaclava Fest, no último domingo (10), em São Paulo, e coleciona referências e parcerias com o Brasil.

A banda, que já tinha se apresentado por aqui em outras ocasiões, tem no histórico parcerias com o lendário maestro, compositor e arranjador Arthur Verocai e, mais recentemente, com o cantor Tim Bernardes. Em seu som, nunca escondeu a admiração pela riqueza dos ritmos brasileiros e recentemente vem incorporando-os mais ainda em suas composições.

O “BadBad”, como muitos chamavam a banda no Balaclava Fest, trouxe ao público faixas de seu mais recente álbum, Mid Spiral, lançado neste ano. Disco esse, que é tão inspirado por essas experiências brasileiras que possui até mesmo algumas faixas com títulos em português.

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O som da banda é tão plural que talvez faça da banda o melhor representante do espírito do lineup do Balaclava Fest: diversidade sonora. Apesar da diferença de estilos, que vão do rock mais pesado do Dinosaur Jr. até os toques sintéticos de Nabihah Iqbal, existe uma harmonia na escalação de atrações, que uniu artistas contemporâneos, em alta no mundo do música, e aclamados veteranos.

No BadBadNotGood, essa diversidade sonora está na mistura de gêneros que a banda traz através do jazz. Seja nos shows, seja nos seus álbuns, é sempre uma surpresa ouvir a banda, pois a mesma é inquieta e vive explorando novas possibilidades. O hip hop, o indie rock, o psicodelismo, o fusion… tudo entra no pacote.

Conduzidos pelo baterista Alexander Sowinski, que conversou bastante com o público durante a apresentação, a banda conseguiu fazer o público pular, bater palmas e dançar com jazz. Ao mistura-lo com ritmos latinos ou com jams barulhentas, o som do BadBad cativou mesmo aqueles que não são assíduos ouvintes do gênero associado a nomes como Miles Davis e Charlie Parker.

Mesmo em momentos mais minimalistas, como quando o saxofone melancólico de Leland Whitty soou sozinho, Sowinski conseguiu envolver o público, pedindo a todos que levantassem as mãos e acompanhassem o movimento das águas, simbolicamente representado pelo som do instrumento.

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Em um palco propositalmente escuro, com um sexteto de instrumentistas sem vocalista, o BadBadNotGood fez a pura mágica da música acontecer. Pelo intenso coro de vozes e aplausos ao final da apresentação, pedindo um bis, ficou claro que agradaram bastante.

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