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Blog n' Roll na AT - Lucas Krempel

12 artistas da Baixada Santista que você precisar ficar de olho em 2018

Todo ano é a mesma coisa: “O rock morreu e está enterrado”. É dessa forma que muitos jovens blogueiros de portais relevantes gostam de se referir ao gênero, que possui centenas de vertentes e está sempre em transformação. Mas não precisa ser nenhum especialista ou estudioso para observar a quantidade de boas bandas pelo Brasil. Basta ver fora da caixa para descobrir nomes incríveis.

Pelo terceiro ano consecutivo, A Tribuna e Blog n’ Roll prepararam uma lista com dez nomes que prometem chamar bastante a atenção nos próximos meses. E, tal como fizemos no ano passado, incluímos mais dois de bônus.

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Um fator que desperta curiosidade na relação de 2018 é a quase ausência de bandas de hardcore e punk rock. É público e notório que as duas vertentes são fortes na região desde o início dos anos 1990. Mas vale uma explicação para quem gosta dos dois: bandas que já citamos nessas relações anuais e outras com um pouco mais de tempo de estrada seguem na ativa. É o caso da Asco, da Three on Never, da Carnal Desire, da Sociedade Armada, da The Bombers, da Garage Fuzz, da Bayside Kings, da Surra, da Blackjaw, da Mistanásia e de tantas outras.

Porém, mesmo com o cenário não muito produtivo entre as novatas, conseguimos incluir um nome que tem agradado o público local, a Navy Blue, de São Vicente.

A nossa lista com dois nomes de bônus tem um adendo. Rogério Baraquet e O Cubo não são novatos. O primeiro tem 30 anos de carreira. Tocou em bandas como Ecossistema (que dividiu palco com Blitz e Titãs, entre outros nomes dos anos 1980), Arte Cínica e Ex Máquina, e lidera os grupos Sidarta e The Classics. Atualmente, Baraquet está em carreira solo e divulga o disco de estreia, Consequências, que reúne traços da velha MPB, mas agrega estilos como pop, rock e até influências do samba joia dos anos 1970.

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O álbum, lançado no ano passado, possui 11 faixas inéditas selecionadas entre mais de 50. E foi produzido pelo próprio Baraquet de maneira independente, sem patrocínio ou apoio de editais públicos. Está disponível no Spotfy e iTunes.

O Cubo está na ativa desde 2001. De lá pra cá, a composição da banda se alterou algumas vezes, mas sempre mantendo Ricardo Bueno (vocais), Silvio Rivera (guitarra) e Raphael Lapetina (baixo) no line up.

Com a saída de Alexandre Afonso em 2015, baterista que fez parte desde o início da trajetória do grupo, Guilherme Herzog, filho do escritor Manoel Herzog, passou a integrar a banda. Pouco tempo depois, com o ingresso de Caio Lacerda (guitarra), o grupo começou a trabalhar no EP Volita, que foi lançado em novembro. Volita tem influências de Pearl Jam, Deftones, Muse, nomes do indie e MPB.

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RAMA
Impossível não se empolgar ao ouvir o som da Rama pela primeira vez. Até o momento, dois singles foram divulgados pelos caras: Quinto Andar e Histórias de Faroeste, um bem diferente do outro. Enquanto o primeiro tem uma pegada mais surf rock, o segundo flerta mais com o gipsy e o hardcore. E se eles cumprirem com o que colocaram na descrição da página deles no Facebook, vem mais loucura por aí. Eles afirmam que tocam algo entre surf rock e marchinhas de Carnaval. Vamos ver!

Em ritmo de Carnaval ou não, uma coisa é certa: eles vão tocar na décima edição do Alternalapalooza, no dia 4 de fevereiro, no W Music, em Santos.

GEO
O ano passado já foi muito especial para Geo. Além de despertar a atenção no Spotify com o single Cetim, um dos mais badalados da temporada em nível nacional, Geo divulgou no segundo semestre seu primeiro EP, Salva-Vidas. O registro conta com cinco faixas que carregam bem o que a cantora está disposta a entregar, o tal sad pop (pop triste), carregado de batidas eletrônicas.

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Se a festa Popscene ainda estivesse na ativa, com certeza Geo seria presença constante nas playlists. Confesso que gostaria de ouvir mais do trabalho dela em inglês (Boys R Mean é a única). Mas compreendo o foco no português.

NENHUM CAETANO
De São Vicente, a Nenhum Caetano consegue ter uma descrição ainda mais curiosa que a da Rama. Por lá, os caras descrevem seu som como uma salada de alternativo, shoegaze, dream pop e emo de favela.

Quem procurar pelo EP Acontece Sempre Isso (disponível no Bandcamp), lançado em outubro de 2016, peço que insista após ouvir a faixa Primeiro Ato, a que menos gostei desse trabalho. Violeta, Endecha e Música Feita Especialmente para Ninguém Especial garantem um cartão de visitas mais interessante. A banda costuma marcar presença em eventos na Full Rise Arte, em Praia Grande.

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BOLA
Rafael Costa, o Bola, lidera a Zimbra, uma das bandas mais relevantes e com alcance nacional do atual cenário santista. Mas ele não se contenta apenas com sua banda de origem. O cara também mantém um trabalho solo igualmente elogiado pelo público.

No ano passado, ele lançou o disco Saudade, repleto de canções apaixonadas. Eu que Nunca Amei e Eu que Inventei Você são duas boas amostras desse registro. Vale lembrar que Bola também viu em 2017 a estrela do sertanejo Marília Mendonça elogiar as canções da Zimbra nas redes sociais. É som para agradar tudo e a todos.

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VESÚVIO
Heavy metal com vocal de banda grunge, a Vesúvio iniciou suas atividades no final de 2015, mas foi somente no ano passado que divulgou seu primeiro single, Screams in the Night. A faixa está disponível no Spotify e serve como carro-chefe nas apresentações dos caras na região.

De Santos, a banda lista como influências diretas em seu som nomes como Metallica, Sepultura, Angra, Black Label Society e Pantera. Descobri a Vesúvio sem querer, durante a última edição do Festival da Juventude, que teve sua final no Teatro Municipal Braz Cubas, em Santos. Ali, além dos solos e riffs, mostrou personalidade no palco.

https://www.youtube.com/watch?v=N7VS3MeYn3k

PSYCHOTIC MISANTHROPY
Em maio de 2017, os músicos da Psychotic Misanthropy soltaram The Shepherd Smells Like Sulfur, primeiro single do álbum de estreia. De lá para cá, a banda simplesmente marcou de vez seu nome no cenário regional e paulistano. Death metal de alto nível, a Psychotic Misanthropy tem como destaque o vocal de Mirella La Scala.

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A banda, que ainda tem como integrantes Marcelo Noguerol (guitarra), Pedro Clark (guitarra), Jason Prado (baixo) e Jair Eusébio (bateria), participa de eventos frequentes com nomes como Opus Tenebrae e Empire of Souls. Esperamos que o álbum de estreia saia nos próximos meses.

TWO OLD MEN
O nome tem tudo a ver com esse duo. Afinal, Two Old Men realmente é composta por dois veteranos do metal: Cláudio Cardoso (ex-God, cordas e vocais) e Paulo Ferramenta (No Sense e Abomydogs, bateria e backing vocals). No final de 2014, a dupla lançou um EP em vinil transparente, que agradou em cheio os apaixonados por metal. Não era apenas a forma como o produto foi entregue, mas a qualidade das canções, fugindo muito do lugar comum.

Tal como o Psychotic Misanthropy, o Two Old Men também é muito ativo nos eventos da região. A indicação do Two Old Men veio do amigo Roberto Opus.

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BIG HEADS
Uma das participantes da segunda edição do Festival da Juventude de Santos, a Big Heads possui um som redondinho. Tem influências de hard rock, blues e rock nacional dos anos 1980. Ainda não tem um registro oficial lançado, mas divulgou dois vídeos no YouTube: Hey Babe e Amar Não é Pecado Ainda, ambas cantadas em português.

O quarteto tem em sua formação os músicos Gab. Sanches (vocal e guitarra), Vassilis Konsolakis (guitarra e vocal de apoio), André de Cypriano (bateria) e Leandro Ramos (baixo). Espero ver a banda em eventos na região, além de manter a torcida por um EP nos próximos meses.

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NAVY BLUE
De São Vicente, a Navy Blue é a queridinha dos colunistas do Blog n’ Roll, Lupa Charleaux e Marcel Caldeira, além do vocalista da Bayside Kings, Milton Aguiar. E o respeito conquistado pelos caras faz sentido. O primeiro momento em que tivemos acesso ao Navy Blue foi em 2016, quando eles lançaram o EP Things We Write About. Com letras em inglês, o som traz claras influências de easycore, lembrando bandas gringas como Neck Deep e The Story So Far.

Pop punk, easycore, hardcore, a denominação pouca importa. O som bem produzido é o que mais pesa na hora de escolher os caras para a lista.

DEPOIS DA TEMPESTADE
Eles já participaram de festa do Blog n’ Roll, gravaram no Diz Aí, saíram com destaque no jornal. Mas considero uma revelação ainda. Muito por conta das conquistas obtidas em 2017, com certeza o ano mais especial da banda. Foi com o disco Multiverso, lançado no ano passado, que eles alcançaram um público maior e marcaram presença em várias listas de melhores discos do ano.

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Para 2018, o pacote de novidades inclui um novo guitarrista, adição de uma backing vocal e algumas gravações. Sim, menos de um ano depois do primeiro disco cheio, a Depois da Tempestade já pensa em novos registros.

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