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The Scuba Divers: Bioluminescence marca amadurecimento

Um dos nomes mais interessantes do cenário roqueiro de Santos nos últimos anos, o The Scuba Divers divulgou durante a semana seu segundo álbum de estúdio, Bioluminescence, que traz sete faixas inéditas.

Se, no álbum homônimo, a influência de Smiths e outras bandas de pós-punk estavam mais evidentes, agora o lado noventista dos músicos floresce mais.

Para o guitarrista e vocalista, Daniel Teles, as inspirações sempre estiveram presentes no dia a dia dos integrantes.

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“Bandas como Smashing Pumpkins e The Cure sempre foram referências para nós, não só na sonoridade, mas por elas conseguirem experimentar uma porrada de coisas sem nunca soarem como outra banda. Sempre tivemos esse objetivo: ser uma banda que consegue ir de 1979 para Bodies sem soar desconexo”.

Bioluminescence começou a ser pensado em 2017, mesmo ano de lançamento do disco homônimo. Teles revela que Rat Song e Weather Report, duas das minhas prediletas do álbum, estavam cotadas para entrar no debute. Phoenix, composta pelo baixista, Maurício Teles, também surgiu na mesma época.

“Isso foi ótimo para as músicas evoluírem. Ouvindo o primeiro disco sentimos falta de certas viradas ou solos que fazemos atualmente ao vivo. Dessa vez, fizemos demos e tocamos incansavelmente o material ao vivo, então, quando entramos em estúdio tínhamos um produto muito melhor acabado”, justifica.

Apesar de considerar que não foi intencional, Teles comenta que a maior parte das letras aborda a comunicação. De acordo com o músico, o tema acabou ornando bem com o título do álbum.

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“Bioluminescência é uma propriedade biológica presente em peixes abissais, vaga-lumes e algas. Resumidamente, consiste em gerar luz através de reações orgânicas e usá-la como forma de comunicação. Acho que depois dessa mini-aula de biologia já dá para ler as letras e aplicar isso metaforicamente em cima da condição humana”, comenta, aos risos.

Formação nova

Diferentemente do período do debute, o Scuba Divers agora é um trio. Com a saída do guitarrista Iury Cascaes, a banda optou por seguir com a formação reduzida, mas nada que tenha impactado no novo álbum.

“No disco em si o impacto não foi tão grande, mexemos pouquíssimo nos arranjos. Gravei boa parte das linhas do antigo guitarra, que chegou a finalizar Rat Song conosco. É difícil prever o quão diferente o disco seria se ele tivesse continuado na banda, digo isso considerando a criatividade dele. No fim isso conta mais do que sermos um trio ou um quarteto. A diferença real veio ao vivo, tivemos que reaprender muitas das músicas, passamos a cantar em cima de linhas complexas”.

Recentemente, a banda entrou para o cast da paulistana Howlin’ Records. Ademais, a novidade deve ampliar o alcance do Scuba Divers.

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“O nosso foco para o começo de 2020 será desbravar a Capital, interior e possivelmente outros estados. Mas, em contrapartida, várias bandas do selo já entraram em contato conosco e demonstraram interesse em visitar a Baixada. Devemos continuar atuantes no cenário”.

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