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Alexandre Birkett, o expressionista da guitarra santista

Quem acompanha o nosso especial sobre guitarristas da região já deve ter percebido que todos possuem ligações entre si. Longe de serem uma panela de amigos, as indicações fazem referências a músicos notáveis e conhecidos por suas técnicas. E foi dessa forma que chegamos até Alexandre Birkett, também reverenciado por outros músicos habilidosos da Baixada Santista.

“O fundamental, nesse caso, creio que é a generosidade deles por lembrarem de mim. Isso é fundamental, junto da amizade, respeito mútuo e nobreza deles. E talvez, por eu ter mais tempo de caminhada”, comenta Birkett.

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O santista, de 55 anos, não se vê como um guitarrista técnico. “Sempre procurei mais a expressão, contando com os erros e acertos, procurando o lado mais intuitivo nos instrumentos que toco. Sou um pesquisador, e apaixonado por estudar e aprender”.

Além da guitarra, Birkett toca viola caipira, violão e cordas dedilhadas em geral. “Se eu fosse estudar cada um deles, como, por exemplo, um charango, um bandolim, uma guitarra portuguesa, um violão tenor, eu teria de nascer mais algumas vidas, pois cada um deles exige atenção e tem um universo particular”.

Tal como Mauro Hector, Milton Medusa, Marcão Britto, Rafa Paulino e Nando Bassetto, os primeiros homenageados da nossa série, Birkett recebeu muita influência do rock dos anos 1970. “Minha relação com a guitarra foi ao conhecer bandas que ouvia nos LPs da minha irmã. Artistas como Deep Purple, ELP, Led Zeppelin, Beatles e Pink Floyd faziam a minha cabeça, embora não tivesse um instrumento de corda por perto, só um piano”.

>> OUTROS HOMENAGEADOS << Mauro Hector e Milton Medusa
Nando Bassetto e Marcão Britto
Rafa Paulino

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Aos 10 anos, Birkett ganhou um violão da avó materna, um Di Giorgio. Estudou por três meses e desistiu. “Por algum motivo, talvez pela pedagogia musical, que era muito rígida e não estimulava o ouvido. Alguns conservatórios musicais eram assim”, justifica.

O violão foi deixado de lado. Aos 16 anos, um amigo fez uma proposta para trocar o instrumento por um violão de 12 cordas de aço e ainda emprestaria uma guitarra. “Aí começou a relação com a guitarra elétrica propriamente dita. Fui autodidata por um bom tempo e estudei com ótimos professores e orientadores musicais ao longo desses tempos”, comenta Birkett, que hoje leciona em São Paulo e Santos.

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O primeiro guitar hero de Birkett foi Jimmy Page (Led Zeppelin), mas o leque de instrumentistas cresceu muito na sequência. “Hoje ouço outros guitarristas, outros instrumentistas, outros instrumentos, mas dos que estão vivos, dessa linhagem mais roqueira, Jeff Beck e Clapton são os que ouço. Tem muita gente. Heraldo do Monte, John Stowell, John Scofield, Jim Hall, Django Reinhardt, João Soto, João Gilberto e Baden Powell”.

Assim como Paulino, Birkett não é reconhecido por sua história em alguma banda marcante. Teve um projeto de música instrumental chamado Naima, mas nunca criou uma identificação duradoura.

“Fiz vários sons, com muita gente legal ao longo desses anos. Toquei por muito tempo com várias bandas, grupos de samba, bandas de baile, vida de músico profissional. Tenho cinco CDs gravados e, quando faço apresentações, procuro variar os músicos. Acho que isso dá uma boa oxigenada e não me mantém amarrado em uma formação x ou y”.

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