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O retorno do Casa Rasta na Baixada do Reggae

Se somarmos o tempo da primeira jam, ainda sob o nome Rent’ Dread, o Casa Rasta já alcançou a marca dos 25 anos de carreira. E a atual temporada tem sido marcante para a banda santista, uma das mais conceituadas de reggae da região. Mesmo que esse não seja o único gênero trabalhado pelos músicos.

“Admiramos o reggae, mas temos por formação o rock, blues, samba. A nossa grande fonte é a música negra. A Baixada Santista está bem servida de bandas de reggae, uma nova geração bem legal”, comenta o baterista Waldir Gonçalves, que é um dos membros originais da banda, junto com o baixista Mauro Mariano e o guitarrista Memê Blanco.

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Completam esse time de veteranos, músicos que possuem vasta experiência no cenário regional: Emerson Tripah (guitarra e vocais), Gibi Wagner (vocal) e Sandro Bueno (percussão e vocais).

“De longe é a melhor formação da banda. O Gibi é um cantor brilhante, participou de várias bandas. Tripah compõe e é arranjador. O Sandro tocou na Austrália alguns anos. Dos que já estavam, temos o Memê, que produziu Jorge Ben Jor, Ira e Fafá de Belém. O Maurão é simplesmente o mister reggae ambassador, o papa. Eu tenho passagem em várias bandas”.

Mais do que músicos técnicos, os integrantes da Casa Rasta carregam semelhanças em suas carreiras fora da música ou em questões sociais e ideológicas.

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“A banda teve seu início por convívio entre os músicos. Temos convicções ideológicas, porém, o coletivo sempre se sobrepõe às ideias pessoais. Eu e o Maurão temos em comum uma amizade de infância e uma ligação com à Estiva, ele é estivador”, explica Gonçalves.

Desde que parou suas atividades, em 2001, a Casa Rasta viu o cenário musical de Santos passar por inúmeras mudanças. Entre tantas novidades destaca-se o crescimento de número de bandas de reggae. Boa parte delas veio a surgir durante o hiato dos santistas, que se prolongou até meados de 2015.

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O grande momento da banda aconteceu nos anos 1990, quando chegou a abrir shows do Tribo de Jah e participou de grandes eventos.

“A banda teve uma boa visibilidade no cenário musical na metade dos anos 1990. Em 1995 tivemos participação na coletânea Sons da Cidade, junto com várias bandas locais, várias apresentações no Interior e Litoral de São Paulo. Em 1999, gravamos um EP com quatro músicas, ainda com o Abel (Neto, ex-repórter da Rede Globo, atualmente na Fox Sports) como cantor. Como tudo tem data de validade, paramos naturalmente do jeito como começamos”, argumenta o baterista.

Para os próximos meses, a ideia da banda é gravar alguns sons inéditos e autorais, que possam vir a compor um disco cheio. “Estamos concluindo as gravações de novas canções autorais. Em breve divulgaremos o nosso novo trabalho, este com a cara da banda”.

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Enquanto o novo trabalho não é lançado, o Casa Rasta mantém sua frequência de shows para não enferrujar. O próximo acontece na sexta-feira (25), a partir das 22h, no bar O Quinto. “O show terá como marca registrada nossas canções e releituras dos clássicos do reggae”, adianta Gonçalves, que não indicou se o público terá acesso aos sons novos.

A entrada para curtir o show da Casa Rasta custa R$ 10. O Quinto fica na Avenida Pinheiro Machado, 51, na Vila Mathias, em Santos.

Conheça outros nomes marcantes do reggae na Baixada Santista

Afrodizia
Surgida em Maringá, no Paraná, a Afrodizia estabeleceu sua carreira, logo no início da trajetória, em Itanhaém. De 2001 para cá, colecionou uma série de conquistas, que inclui até uma participação no Festival de Montreux, em 2016.

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A trajetória da Afrodizia já rendeu três álbuns autorais no Brasil: Todas as Tribos (1999), Mutação (2004) e Reggaelização (2014), dois internacionais: Peace (2003) e Mutacion (2006), além de participações em 14 coletâneas. Embaixadora do gênero no Litoral Sul, a Afrodizia já dividiu o palco com nomes como Original Wailers, Pato Banton, Big Mountain, Isiah Shaka, Cidade Negra, Maskavo e Chimarruts.

Macaco Prego
Quem também teve início em outra região, mas consolidou a carreira na Baixada Santista, foi a Macaco Prego. Formada em maio de 1994 em Condeúba (Bahia), a banda passou a colecionar conquistas em sua trajetória, em Praia Grande. Os irmãos Ninno Júnior, Zé Henrique e Leandro Rodrigo são os responsáveis
por manter o grupo em plena atividade.

Em sua história, a Macaco Prego já ostenta oito discos gravados, além de participações em grandes festivais, programas de tevê e rádio. De tempos em tempos, tal como a Afrodizia, passa a figurar com shows no Circuito Sesc, viajando por várias cidades do Interior.

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Ducasco
E vem da Praia Grande também outro nome bastante conhecido entre o público da Baixada Santista. Formada por Louiz Medheiros, Fabiano Flores, Phellip Terzian, Diego Pacca e Rodrigo SP Almeida, a Ducasco trabalha o reggae com várias vertentes. Em sua página no Facebook, a banda inclusive denomina o próprio som, como um hip roots reggae ragga dub.

A Ducasco é, provavelmente, a banda mais presente no circuito de casas noturnas da região. Dificilmente é deixada de fora quando alguma banda de reggae vem para a região. Se tornou uma referência, tal como as outras citadas anteriormente.

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Cabana Jack
Outra banda que marca presença constante nas baladas da região é a Cabana Jack. A santista, formada em 2013, é composta por Vitor Bueno, Gabriel Romão, Danilo Gonzalez, Bruno Pelloni e Mauricio Morais.

A Cabana Jack passou a despontar no cenário regional após participar de uma série de eventos da produtora Rock Show, que aposta em nomes novos da Baixada Santista, do hardcore ao reggae, do hip hop ao pop rock.

O primeiro álbum dos caras, Simples, foi lançado em 2016, o que garantiu mais espaço na mídia e abriu mais portas para os shows. No seu da banda é possível sentir influências de MPB, rock, pop e, claro, reggae.

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