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Crédito obrigatório: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts IMPORTANTE: Fotos de divulgação de uso exclusivo da imprensa - Proibida qualquer tipo de comercialização das fotos.

Blog n' Roll na AT - Lucas Krempel

Os melhores shows internacionais de 2017

Foto destaque: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts

Nos últimos 12 meses, A Tribuna acompanhou quase 50 shows internacionais na Capital. Selecionar os mais importantes da temporada não foi uma tarefa fácil, mas optamos por dividir em categorias, incluindo assim o máximo possível.

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Entre repetecos como Guns n’ Roses, Bon Jovi e Deep Purple, tivemos novidades como The Who e Rancid. U2, Green Day e Coldplay fizeram bonito também. Mas também tivemos espaço para decepções como o The Cult e o Ghost, por exemplo. Fica uma menção ainda para o Linkin Park, que veio para cá meses antes do seu vocalista, Chester Bennington, se matar. Uma pena! E eles não fizeram feio.

Estreias
A temporada nos reservou diversas estreias de artistas internacionais no Brasil. Para os mais clássicos, The Who e Cheap Trick foram os grandes pedidos atendidos pelas produtoras. A californiana Rancid emocionou muitos marmanjos no meio dos headbangers que aguardavam o Metallica, no primeiro dia do Lollapalooza, em março. E o que falar da geração emocore? Uma trinca de respeito desembarcou pela primeira vez no Brasil: The Get Up Kids, Jimmy Eat World e Hot Water Music. Sem dúvida alguma uma temporada inesquecível para os fãs do gênero.

Dos estreantes, o The Who certamente foi o responsável pelo show mais aguardado, emocionante e histórico. Foram mais de 50 anos de espera para podermos assistir Roger Daltrey e Pete Townshend em nossos palcos. E eles não decepcionaram, no Allianz Parque. O repertório veio repleto dos clássicos que embalaram diversas gerações, com Pete ainda arriscando alguns trejeitos (mas sem quebrar guitarras) e Daltrey fazendo o possível dentro de suas limitações.

Crédito: Camila Rossi

No palco do Lollapalooza, o Rancid fez o que era esperado: uma apresentação empolgante, com bom destaque para o clássico disco And Out Come the Wolves. Uma pena não ter rolado um Lolla Side (show solo) deles por aqui. Quem sabe um dia…

Na primeira quinzena de dezembro, o Deep Purple era a grande estrela do Solid Rock, mas quem roubou a cena foi o Cheap Trick, com muita técnica, hits e interação com o público. Difícil escolher quem foi melhor entre Get Up Kids e Hot Water Music: duas apresentações memoráveis.

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  1. The Who
  2. Rancid (foto)
  3. Cheap Trick
  4. The Get up Kids
  5. Hot Water Music

Não nos cansamos deles…
Não foi a primeira, nem a segunda, muito menos a terceira turnê deles por aqui, mas sempre queremos assistir mais vezes. Em 2017 não foi diferente. Guns n’ Roses, Paul McCartney, Aerosmith, Alice Cooper, Bon Jovi, Metallica, Elton John, Accept, Anthrax, Deep Purple, James Taylor… A lista é extensa. Mas se formos destacar apenas cinco, podemos começar pelo Guns n’ Roses.

Divulgação

Em sua segunda excursão pelo Brasil, desde que reintegrou Slash e Duff McKagan ao seu line up,
Axl Rose e companhia entregaram uma apresentação de quase 3h30 de duração, durante o SP Trip, no Allianz Parque. A turma da poltrona, que assistiu ao show do Rock in Rio pela telinha, reclamou da duração do concerto. Mas quem é fã certamente aprovou. Nada melhor que ouvir um greatest hits tão grande como esse. E como comentamos à época, Axl tem se esforçado ao máximo para garantir que não pague mais micos no palco.

O ex-beatle Paul McCartney, que também passou pelo Allianz Parque, em outubro, dispensa apresentações. Seu show foi impecável! Impossível não se emocionar com os sucessos de sua antiga banda, além de algumas novidades no repertório. O estádio do Palmeiras ainda recebeu Elton John, Bon Jovi e Aerosmith. O britânico não se importou com a tempestade e, mesmo debaixo de forte chuva, empolgou com os sucessos dos anos 1970.

As americanas Bon Jovi e Aerosmith vieram dispostas a mostrar que seus vocalistas ainda conseguem empolgar. E conseguiram. Mesmo com limitações, entregaram dois grandes shows.

  1. Guns n’ Roses (foto)
  2. Paul McCartney
  3. Elton John
  4. Bon Jovi
  5. Aerosmith

Revelações
Essas bandas não são exatamente novidades no cenário musical, mas são revelações para o público brasileiro. Atração do Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, o Catfish and the Bottlemen provou no festival que as principais publicações europeias estavam certas quando apontaram a banda como uma das mais promissoras na atualidade. O Catfish funcionou muito bem para o público do Lolla, que normalmente chega com as letras todas decoradas, independentemente de quem está no palco.

Foto: MRossi/Divulgação

O Red Fang não é uma novidade, mas conseguiu agradar ainda mais em sua segunda passagem pelo Brasil. Mesmo tocando em um horário ingrato no Maximus Festival, no Autódromo de Interlagos, o Red Fang mostrou muita disposição e já agendou o seu retorno para março de 2018. Não perca!

Na Alemanha, o Bohse Onkelz, que também tocou no Maximus Festival, é uma banda gigante. É daquelas que vendem milhões de discos, headliner nos principais festivais e influencia uma turma grande. No Brasil, no entanto, uma mera desconhecida. Mas demonstrou muita simpatia ao oferecer um pocket show em um pequeno estúdio de São Paulo, conversar com a imprensa sem o menor problema em se apresentar como uma novidade para o público e, claro, um belo show no Autódromo de Interlagos.

No Sesc Pompeia, as espanholas do Hinds mostraram que carregam todo hype com merecimento. Muita simpatia, canções dançantes e lembranças marcantes para o público. A novata Tyler Bryant & The Shakedown foi a grande revelação do SP Trip, no Allianz Parque. Que show!

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  1. Catfish and the Bottlemen (foto)
  2. Red Fang
  3. Bohse Onkelz
  4. Hinds
  5. Tyler Bryant & The Shakedown

Queremos bis
Podemos dizer que todos os shows citados nesse levantamento (com exceção das decepções) são dignos de bis, mas esses carregam um algo a mais. Entenda…

A australiana Midnight Oil nos fez esperar mais de 20 anos para retornar ao Brasil. E quando decidiu retornar, escolheu um lugar incrível: o Espaço das Américas. Quem assistiu ao Bruce Springsteen e Faith no More nessa casa com capacidade para 8 mil pessoas, sabe do que estou falando. Peter Garrett mostrou que o tempo parado não mudou em nada.

Foto: Marta Ayora/Divulgação

Quem foi ao Espaço das Américas foi brindado com um dos melhores shows da temporada. Ninguém reclamou do som, da voz, da disposição ou do repertório. É quase uma missão impossível em tempos de críticos formados nas redes sociais.

Os norte-americanos do Dropkick Murphys não demoraram tanto para o retorno, mas seus shows em São Paulo são sempre lotados e com uma energia fora do comum. Não à toa, o vocalista pediu em certo momento para o público, no Tropical Butantã, ficar “menos louco”. Insano!

Foto: Isabela Carrari

O ruivo Ed Sheeran, que fez ponta até no Game of Thrones, mostrou que está mais popular ainda. Depois de shows lotados no Espaço das Américas, em sua primeira turnê por aqui, o cara simplesmente abarrotou o Allianz Parque. Quem também passou pelo mesmo estádio foi John Mayer. Mas, no caso dele, o bis vale mais pela parte blues do show. Imagina isso no Bourbon Street?

E o Slayer, no Maximus Festival, não deixou por menos. Foi o mais brutal possível com o seu thrash metal, mas queremos um show solo deles por aqui.

  1. Midnight Oil (foto)
  2. Dropkick Murphys (foto 2)
  3. Ed Sheeran
  4. John Mayer
  5. Slayer

Menções honrosas
Essa categoria vem para aquela turma que sempre entrega uma apresentação de alto nível, mas que não se encaixa nas outras categorias (pelo menos na minha opinião). Green Day, U2, Bruno Mars, Coldplay, Metallica e Arcade Fire. Alguém, em sã consciência, consegue dizer que os shows dessas bandas ficaram abaixo do esperado? Sem chances!

O Green Day foi o responsável por um dos melhores combos da temporada. Colocar o The Interrupters para abrir os seus shows pelo Brasil foi um grande acerto. Mas muito mais do que isso, Billie Joe Armstrong não reduziu em nada suas peripécias ao vivo. Na Arena Anhembi, a banda californiana mostrou que o disco Revolution Radio foi muito bem aceito e agradou ao mesclar as faixas novas com os sucessos dos anos 1990.

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Foto: Divulgação

Os irlandeses do U2, em um caso de amor sério com o Morumbi, voltou para o estádio do São Paulo e celebrou um dos seus discos mais clássicos, o The Joshua Tree. Bom? Sim, mas a próxima turnê, para divulgar o Songs of Experience, será muito melhor. O novo disco, lançado no início do mês, está muito acima dos últimos trabalhos de Bono e companhia.

O Palmeiras pensou que fosse jogar a final da Libertadores e não liberou o Allianz Parque para o Bruno Mars. Azar do clube, que perdeu dinheiro duas vezes e passou para o rival um dos shows mais poderosos da temporada.

O Coldplay trouxe a mesma turnê, quase sem mudança alguma, em comparação com 2016, mas ninguém reclamou. E ainda gravou o show, no Allianz Parque, para um futuro DVD. E o Arcade Fire no Anhembi? Muito acima da média! Sem falar no Metallica, que pintou o Autódromo de Interlagos de preto em meio ao visual colorido do Lollapalooza.

  1. Green Day + The Interrupters (foto)
  2. U2
  3. Bruno Mars
  4. Coldplay
  5. Arcade Fire
  6. Metallica

Decepções
Nem tudo são flores no cenário de shows internacionais. Tentamos ao máximo priorizar os shows que são bem avaliados no cenário externo, mas alguns decepcionam por algum motivo. E nesse quesito ninguém foi mais chato que o The Cult. A banda é boa? Muito! O repertório é bom? Demais! Tem um vocalista acima da média? Óbvio, o cara já fez até o papel de Jim Morrison com o The Doors.

Mas o que aconteceu no Allianz Parque, durante o SP Trip? Ian Astbury passou o show inteiro, no maior mau humor, reclamando do público que não abandonava o celular. Estava com a razão? Sem dúvida alguma, mas ninguém merece um chato reclamando durante uma hora sem parar. Banda e público estavam em uma sintonia horrível. Palmas para os dois.

Foto: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts

E o The Cult não está sozinho nessa categoria ingrata. O Ghost, tocando em um horário que nada tem a ver com o seu show, decepcionou também, no Maximus Festival, em Interlagos. O público vibrou, cantou junto, mas sabe aquela sensação que estava muito aquém do esperado? O Ghost estava assim. Sem contar que o atual vocalista não consegue assustar nem criancinha em festa de um ano.

No Cine Joia, Pete Doherty, vocalista do The Libertines, até se esforçou para fazer algo bom para os fãs, mas também pareceu muito distante da realidade. Deixou muitos sons de sua banda número 1 de fora, algo até tolerado pelo público, mas se enrolou demais com letras e perdeu muito tempo viajando em um mundo paralelo. Uma pena! Menos mal que Fuck Forever garantiu uma emoção na reta final do show.

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  1. The Cult (foto)
  2. Ghost
  3. Pete Doherty
  4. Tove Lo
  5. Glass Animals

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