A banda Amphères celebra a renovação nos ciclos que se encerram em Todos os Lagos, segundo álbum de estúdio.
Assim como no primeiro EP (Amphères, 2016), a banda se permitiu maturar todas as etapas desde as composições, pré e pós-produção, em estúdio próprio. Como um mergulho para dentro, esse processo produziu inflexão, partindo das digitais sonoras que marcam a Amphères.
A natureza cíclica das coisas, em que o frescor dos inícios é seguido pelo incômodo próprio do decaimento, encontrando depois a beleza dos ciclos que terminam e permitem emergir o novo, é tema das músicas que compõe o álbum.
As faixas, falam desde a experiência, por vezes amarga, de ver tudo perder a cor, ao brilho e energia explosiva do desejo que irrompe em um ponto máximo de tensão. Falam do encontro com uma beleza inatingível, que traz vida e provoca movimento. O fim do mundo que aqueceu e queimou é contado pela última pessoa que restou, como quem conta o fim de uma relação. O próprio ciclo de renovação é o tema que fecha o trabalho.
Amphères é um trio formado, em 2016, em Santos, pelos músicos Jota Amaral, Paula Martins e Thiago Santos.
O som da banda transita entre diversas vertentes do rock alternativo, com influências que vão dos sons psicodélicos da década de 70 à música alternativa nacional e contemporânea.
Em 2016, gravaram o EP Amphères, em 2018, o EP Dança e em 2020 o álbum Porto, realizando apresentações em Santos e São Paulo.