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Charlie Brown Jr ganha box comemorativo com dez álbuns

A Universal Music Brasil lançou o box comemorativo Charlie Brown Jr., que reúne dez álbuns da banda santista. Entre os discos reunidos nesse tributo essencial está Ritmo, Ritual e Responsa ao Vivo, DVD apresentado originalmente em 2008. Já existente nas plataformas de streams, o disco ganha agora, pela primeira vez, sua versão em CD.

Foram escalados para compor o box os seguintes álbuns: Ritmo Ritual e Responsa Ao Vivo (2008), Ritmo Ritual e Responsa (2007), Imunidade Musical (2005), Tamo Aí Na Atividade (2004), Acústico MTV Charlie Brown Jr. (2003), Bocas Ordinárias (2002), 100% Charlie Brown Jr. – Abalando A Sua Fábrica (2001), Nadando Com os Tubarões (2000), Preço Curto… Prazo Longo (1999) e Transpiração Contínua Prolongada (1997).

Além de todo esse vasto conteúdo musical agrupado no box, os fãs da banda ainda vão se deleitar com vários itens de colecionadores, como um pôster ilustrado inédito e exclusivo, quatro porta-copos, dez cards dedicados a cada um dos álbuns, cinco fotos inéditas, um adesivo e uma carta ao fã.

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“O lançamento desse box do Charlie Brown Jr., uma das mais icônicas e autênticas bandas dos anos 90, reúne toda a discografia do catálogo da EMI/Universal Music. Essa é uma das várias ações que a companhia vem fazendo para homenagear o legado artístico deixado pela banda para seus fãs e para aqueles que estão hoje conhecendo essa incrível obra, que ainda será lembrada por várias décadas. Com suas músicas diretas e sinceras, o talento do Charlie Brown Jr. conquistou, de cara, o coração de uma juventude que tinha sede de viver, e segue presente até hoje”, disse Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.

ÁLBUNS BOX CHARLIE BROWN JR

DISCO 1: “Transpiração Contínua Prolongada” (1997)

Produzido por Tadeu Patola e Rick Bonadio

Após cinco anos tocando no underground santista, finalmente a banda Charlie Brown Jr conquista sua grande oportunidade. O álbum de 16 faixas tem no ska-rock-punk-core tudo o que a molecada queria. Meu, cê não sabe o que aconteceu: os cara do Charlie Brown invadiram a cidade! E foi isso mesmo!

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Os garotos de Santos invadiram as rádios e os Estados brasileiros com a autenticidade e versatilidade dos versos de O côro vai comê e outros sucessos, como Tudo que ela gosta de escutar, Quinta-feira e o mega hit Proibida pra mim.

O álbum traz influências claras de artistas internacionais, como Suicidal Tendencies, Dead Kennedys e Beastie Boys, e nomes recentes do rock nacional da época, como Raimundos, Planet Hemp e Chico Science & Nação Zumbi, que podem ser vistas em outras faixas que não foram singles, como Gimme o Anel, Corra Vagabundo e Charlie Brown Jr.

DISCO 2: “Preço Curto… Prazo Longo” (1999)

Produzido por Tadeu Patola e Rick Bonadio

Após dois anos de estrada e amplo sucesso nas rádios e na MTV, o grupo supera o fantasma da aprovação do segundo álbum com a força criativa de 25 faixas ainda mais seguras no discurso e no som.

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Apesar dos versos descontraídos Meu escritório é na praia / Eu tô sempre na área / Mas eu não sou da tua laia, do hit Zóio de lula, o disco traz um Charlie Brown mais pesado e carregado nas influências do skatepunk e hardcore.

Vide Confisco, O puxa carro e o encontro com Rodolfo, ainda no Raimundos, em Bons aliados. Equilibrando os gêneros pesados com os mais leves, a banda agrada em cheio meninos e meninas com músicas como Hoje de noite e 333.

Exímio letrista e romântico incurável, Chorão dropa sozinho em baladas radiofônicas como Te levar daqui e Não deixe o mar te engolir e ainda fortalece a ligação com o hip hop a cada álbum (União / Fogo na bomba). Todas as 25 bases das músicas deste disco foram gravadas em um dia! Imaginem a gana destes moleques!

DISCO 3: “Nadando Com os Tubarões” (2000)

Produzido por Charlie Brown Jr. e Rick Bonadio

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Depois de três anos, a banda sentia os altos e baixos trazidos pelo sucesso e este foi o último disco com a formação original, gravado após uma temporada do grupo no Guarujá para os ensaios.

Apesar do ácido e pesado single Rubão, O dono do mundo, o disco abraça fortemente o rap, com participações de Negra Li no sucesso Não é sérioHeliãoSandrãoNegroutil e Sabotage (RZO) em A Banca; e do rapper Mikimba (do grupo De Menos Crime) em Somos extremes no esporte e na música.

Alerta raridade: Estas três faixas citadas não estão disponíveis na versão digital do álbum, que se encontra hoje nas plataformas de streaming apenas no CD físico.

O grupo ainda apresenta no disco o rap Pra mais tarde fazermos a cabeça e canções ora mais pesadas (Tudo mudar e Essa é por quem ficou pra trás) ora mais leves (Transar no escuro e Talvez a metade do caminho) que o público canta até hoje.

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O trabalho sucede a morte do pai de Chorão, que também contribuiu para uma fase de depressão do artista, explicitada na música Ouviu-se falar.

DISCO 4: “100% Charlie Brown Jr – Abalando A Sua Fábrica” (2001)

Produzido por Carlos Bartolini

Em 2001, o Charlie Brown Jr. já se consolidara como a principal banda de rock da molecada, com centenas de shows e aparições nos principais programas de TV. Chorão era o novo poeta urbano.

Com a saída do guitarrista Thiago Castanho, que deixou o grupo durante a turnê querendo desacelerar, o Charlie Brown virou um quarteto e gravou todo o álbum ao vivo no estúdio, no Rio de Janeiro, sem participações especiais.

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Foi um disco mais punk rock e com letras que se dividiam entre relacionamentos amorosos e mergulho no discurso social, expandindo a caneta de Chorão para a política, a indignação e a força da juventude, como nas faixas Eu protesto e Tudo pro alto.

O disco também contou com diversos sucessos, como Hoje eu acordei felizLugar ao sol e a balada Como tudo deve ser. Desde então, a banda aumentou sua agenda de shows e passou a tocar frequentemente no Brasil, Europa e Estados Unidos.

DISCO 5: “Bocas Ordinárias” (2002)

Produzido por Tadeu Patola

O álbum já começa fazendo jus ao título. Metralhando palavrões, Papo Reto (Prazer é sexo, o resto é negócio) ganhou o Brasil com os versos Então já era, eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer… 

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A autenticidade do artista e da geração que ele representava eram a bandeira do álbum. Chorão tinha seguidores fiéis e amados. A potência de sua escrita era uma lança em músicas tão díspares em suas narrativas, mas uníssonas em sua representatividade.

O existencialismo sensível de Eu só procuro a minha paz ou do mega hit Só por uma noite convivia harmoniosamente com as explosivas e combativas faixas Não fure os olhos da verdade e Bocas ordinárias.

A versão do Charlie Brown Jr. para Baader-Meinhof Blues, da banda Legião Urbana, emociona e explicita o poder do rock intergerações. O álbum mostrou que de ordinários eles só tinham a piada de “bocas sujas”, apontada pelos lusitanos, que deu título ao CD.

DISCO 6Acústico MTV Charlie Brown Jr.” (2003)

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Produzido por Tadeu Patola

No auge da carreira, o Charlie Brown Jr.deu um salto ainda maior, expandindo o público com o projeto Acústico MTV, que ressaltava ainda mais suas linhas melódicas. O show trouxe nova roupagem para músicas como Quebra-Mar, Tudo pro alto e Tudo o que ela gosta de escutar e catapultou definitivamente os hits Quinta-feira, Proibida pra mim e O Coro vai Comê.

A apresentação lançou duas músicas inéditas, que logo se tornaram sucesso imediatos: Vícios e virtudes e Não uso sapato. Como um bem-sucedido filho, o Charlie Brown Jr. pediu a “bênção” para duas de suas referências musicais: O “reverendo” roqueiro baiano Marcelo Nova na sua HojeMarcelo D2, numa gravação ímpar de Samba Makossa, de um terceiro ídolo do grupo, a banda Chico Science & Nação Zumbi.

O álbum ainda repetiu o encontro com a cantora Negra Li na música Não é sério e com o grupo de rap RZO em A Banca (Ratatá é bicho solto). A banda ainda lembrou outra referência, Jorge Ben Jor, em Lá Vem Ela, com uma “pitada” de Musa da Ilha Grande, do grupo Mundo Livre S/A.

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DISCO 7: “Tamo Aí na Atividade” (2004)

Produzido por Rick Bonadio

Vencedor do Grammy Latino na Categoria Melhor Álbum de Rock, o novo disco sofistica a produção com inserções eletrônicas e um discurso ainda mais ferino. As faixas Malabarizando e Champanhe e Água Benta fazem um review da história e do estilo da banda, mostrando por que o Charlie Brown Jr.  nunca terá seu nome apagado da história do rock.

O sucesso do disco anterior, porém, não trouxe apenas glórias. O relacionamento desgastado com os próprios integrantes e as constantes desavenças públicas com outros artistas trouxeram para Chorão a aura de ‘ame-o ou odeio-o’.

Não à toa, músicas como Eu vim de Santos Sou Charlie Brown e Tamo aí na atividade são um recado direto aos críticos e desafetos do grupo. Por outro lado, o álbum ainda elevou o nível de suas baladas existenciais (Longe de você e Lixo e o luxo) e reforçou o ‘skate lifestyle’ da turma (Di-Sk8 eu vim e Di-Sk8 eu vou). Durante a turnê, começaram os rumores do final da banda, sempre negados por Chorão.

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DISCO 8: “Imunidade Musical” (2005)

Produzido por Chorão e Thiago Castanho

Com a dissolução total da formação original – todos os integrantes saíram, alegando divergências com a administração da banda –, Chorão se viu sozinho em num lugar único. Assumira responsabilidades, não apenas como band leader, mas também como proprietário do Charlie Brown Jr.

Como continuar algo tão enraizado? Chorão contou com o apoio do produtor Rick Bonadio, do ex-guitarrista Thiago Castanho, que voltara à banda, e dos novos e ótimos músicos Heitor Gomes (baixo) e Pinguim (bateria).

O disco trouxe outros clássicos para a história do grupo, como Onde não existe a paz não existe o amorO Senhor do TempoDias de luta, dias de glória e Ela vai voltar.

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A banda ainda regravou uma inusitada versão reggae-core de Para não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, e registrou um dueto trilíngue com o Sacramentos MCs em Green Goes.

O trabalho traz ainda a participação do rapper Tubarão, co-autor com Chorão de Na palma da mão – O Ragga da Baixada. Este CD físico apresenta uma faixa que não está disponível na atual versão digital do álbum: “Cada cabeça falante tem sua tromba de elefante”, em dueto com Rappin Hood.

DISCO 9: “Ritmo, Ritual e Responsa” (2007)

Produzido por Chorão e Thiago Castanho

Formado em parte pelas músicas da trilha sonora do longa-metragem O Magnata, com roteiro escrito por Chorão, o álbum sublinha as influências musicais do artista e sua habilidade para criar hits.

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O disco apresentou sucessos como Uma criança com seu olhar, Be myself, Não viva em vão e Pontes indestrutíveis.

O trabalho é repleto de participações especiais: MV Bill (Sem medo da escuridão), João Gordo (Vida de magnata), Forfun (O universo a nosso favor), Markon Lobotmia (Que espécie de vermes são vocês) e Sacramento MC’s.

Este último participa de duas faixas que não estão disponíveis nas plataformas de streaming: Vivendo a vida numa louca viagem e Skateboard amor eterno.

O álbum finaliza com uma gravação ao vivo de Senhor do Tempo, registro que mostra a força do artista como band leader e o quanto Chorão, até então, era dono do seu próprio tempo e de sua própria tribo.

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DISCO 10: “Ritmo, Ritual e Responsa Ao Vivo” (2008)

Produzido por Chorão e Thiago Castanho

Inédito no formato CD, o álbum traz uma vitoriosa turnê que percorreu o Brasil e exterior e foi eternizada em DVD. Gravado em junho de 2007, no Expresso Brasil, em São Paulo, a banda sacramenta sua potência e carisma ao vivo.

Do álbum de estúdio anterior, eles trouxeram para o palco as participações de Forfun (O Universo a nosso favor – Ao Vivo) e MV Bill (Sem medo da escuridão – Ao Vivo).

Após o lançamento deste trabalho, o Charlie Brown Jr. resolveu fazer uma pausa para férias e este foi o último disco da banda na casa que o lançou, a EMI Music.

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