O quarteto paulistano DNSM segue amadurecendo sua sonoridade onde o rock se encontra com os sintetizadores e a música brasileira. A banda prepara o caminho para a terceira e última parte de uma sequência de EPs temáticos e, após O Sistema e SOMA, o grupo anunciou Despertar com o clipe O Tempo. O trabalho estará disponível nas plataformas em 3 de junho.
Formada em 2018, as influências de DNSM vão de Depeche Mode a Secos e Molhados, Mutantes a Chemical Brothers. Entre guitarras, vocais e synths, os integrantes JJ Zen, Deborah, Mr. Rocha e Hypernoise prezam pelo minimalismo e constroem suas melodias atmosféricas acompanhadas de letras onde temas atuais – como o consumismo em excesso e as desigualdades sociais – ajudam a construir a narrativa.
A filosofia da banda surge, também, na sua estética. A pintura no rosto foi inspirada nos Maxakali, tribo indígena de Minas Gerais que utiliza a pintura corporal como prática de espiritualidade e remete ao mundo dos yãmiy, espíritos cantores que são a transmutação da corporalidade de qualquer Maxakali através da pintura. Os Maxakali se pintam tanto no cotidiano como em ocasiões festivas, que tem o objetivo de valorizar partes do corpo que têm relevância social.
Agora, DNSM está pronta para mais um capítulo de sua trajetória. Após os dois primeiros EPs, a banda fecha a trilogia com Despertar, cuja faixa de abertura será O Tempo. Ao longo de todo o projeto, os músicos vêm apresentando canções onde as diferenças nos unem e o respeito a si mesmo e ao que nos cerca servem como norte para uma sociedade mais justa e menos violenta.
A faixa ganha um clipe, realizado pela OFilme Produções, onde um personagem de um cenário distópico passa seus dias entre atividades banais, fundido a uma tela de TV e sem perspectiva de futuro.