“No escuro, toda luz afronta”. É dessa maneira que Filipe Ret sintetiza o seu novo trabalho, intitulado LUME. Expondo uma realidade sem retoques, o artista carioca entrega um álbum que tem o trap como sonoridade base, mas também se mescla ao funk e recebe até influências do axé.
LUME soma 11 faixas e conta com participações de Anitta, L7NNON, Poze do Rodo, entre outros. O sexto disco do trapper já está disponível no streaming, pela Som Livre, e no Spotify com uma experiência inédita para os fãs. Ret é o primeiro artista do rap nacional a realizar o lançamento de um Enhanced Album na plataforma, oferecendo uma imersão ao longo da audição com vídeos exclusivos, comentários e curiosidades sobre as faixas.
No Brasil, apenas Luísa Sonza teve essa oportunidade no ano passado e, fora do país, nomes do calibre de The Beatles e Lady Gaga. O canal de YouTube de Ret, por sua vez, sobe LUME com visualizers.
“LUME é inspirado na luz interior dos cria de todas as quebradas do mundo e é uma celebração do momento que o trap vive, principalmente o carioca. Tem muita gente boa por aí, por isso surgiu a ideia de trazer pessoas que gosto para os feats”, conta Ret.
Das canções presentes no novo trabalho, sete têm participações, são elas: Sonho dos Cria, com MC Poze do Rodo; Tudo Nosso, com Anitta; Good Vibe, com Caio Luccas; A Meu Favor, com KAYUÁ; 7meiota, com MC MANEIRINHO e MC Cabelinho; Konteiner, com L7NNON, e Fight, com MC Hariel.
Metade das parcerias têm como origem o funk e Ret enxerga isso com naturalidade. “São gêneros que convergem bastante, feitos para interferir mesmo. O trap e funk, no fundo, são dois lados da mesma moeda”, comenta o também fundador do selo NADAMAL RECORD$ (2021), que completa: “ter no mesmo álbum uma gigante como Anitta e um jovem como Caio Luccas é interessante para todo mundo”.
A tracklist é arrematada com as músicas Melhor Agora, Trem Bala e Vermelho Fogo. Esta última foi produzida durante a turnê de Imaterial (2021) pelos Estados Unidos e foi a primeira a entrar para a tracklist do novo trabalho, enquanto Todo Poder, é responsável por encerrar a obra com um novo olhar do artista sobre si.
“Essa música foi muito inspirada no Djonga e no encontro com uma tropa de peso. Eu assimilei aquela energia e, no dia seguinte, escrevi essa letra, na qual eu tô basicamente matando o Ret que achou que venceu”, reflete.
Em LUME, Filipe Ret não apenas evoca sobre os acontecimentos da vida real, sem filtros, mas também induz a um questionamento que guia esse momento: “Até que ponto a gente recebe uma luz e até que ponto a gente é a própria luz?”.