20 anos. Essa é a idade que o primeiro disco da Fresno, Quarto dos Livros, completa este mês. Para comemorar este marco, a banda organizou um especial em formato de live no TikTok e no YouTube.
A comemoração dos 20 anos de Quarto dos Livros também se desdobra no lançamento da versão em vinil do disco. Com quantidade limitada, o LP contendo as dez faixas originais remasterizadas começa a pré-venda nesta quinta-feira (17). O especial ainda vai ser disponibilizado nas plataformas de áudio a partir do dia 25.
“É o nosso primeiro disco a completar 20 anos. Nosso aprendizado foi muito livre e espontâneo, e o Quarto dos Livros ainda guarda muito disso”, comenta Lucas Silveira, que completa a Fresno ao lado de Gustavo Mantovani (Vavo) e Thiago Guerra (Guerra). “Tudo que fizemos nos trabalhos que vieram depois foram evoluções dessa primeira proposta”, complementa.
O especial ao vivo não chega como uma releitura, em que os integrantes repaginam as canções, mas, sim, como uma homenagem àquele que abriu os caminhos.
“Procuramos fazer uma viagem no tempo, mas não de forma literal, então existem pequenos códigos que ajudam a contar a história e a contextualizar o disco com a sua época”, revela Lucas.
Para a live e a nova edição do disco Quarto do Livros 20 anos, a tracklist original foi repensada. Algumas faixas mudaram de posição e outras foram retiradas, tudo para condizer com o que é a Fresno hoje.
“Somos os mesmos, mas com 20 anos a mais de estrada, por isso resolvemos respeitar o repertório original e adicionar apenas a nossa experiência”, expõe Lucas.
Teu Semblante dá início à incursão, que tem sequência com Carta, primeira balada do grupo.
“Acho que ela caracteriza muito bem o nosso som na época. Músicas urgentes e músicas calmas em contraste, às vezes tudo isso dentro de uma construção só”, reflete o vocalista. O especial segue com Mais um Soldado, canção embrionária que já indicava a sonoridade que explorariam em alguns trabalhos posteriores.
Se Algum Dia Eu Não Acordar foi um dos primeiros sucessos da Fresno e foi responsável por expandir o alcance da banda para além da cidade natal. O especial segue com 1 eu sem 1 você.
Nela, Lucas, Vavo e Guerra contrapõem a melancolia das letras com a força do instrumental, movimento que caracterizava o emo brasileiro naquele período.
Stonehenge é considerada pelo trio como a primeira música puramente emo deles e, com ela, tiveram certeza que estavam no caminho certo.
“Stonehenge causou bastante furor em fóruns e redes sociais. Ela tem uma fórmula que a gente usa até hoje: a da composição que não tem refrão, que é apenas uma sucessão de momentos que, juntos, constroem uma apoteose final, normalmente super intensa e gritada”, pontua Silveira.
Sono Profundo encerra o especial e funciona como uma homenagem à uma banda que foi grande influência para eles, a Dashboard Confessional.
“Eles nos fizeram entender o poder do violão, do menestrel solitário que canta suas dores sozinhos com uma guitarra acústica. Essa música concluía o disco e também os nossos shows da época. Não poderia ser diferente na comemoração”, finaliza o vocalista.