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HENRI vai do nu-disco ao acid house passando pelo pop e indie em disco

Retirando seu capacete após longa jornada pelo universo, como se chegasse ao seu lugar no fim da noite, a sonoridade climática e etérea de HENRI cria um ambiente de conforto em seu disco de estreia solo Outro Planeta.

No projeto do músico paulista Thiago Henrique Vasques – conhecido por projetos como o duo de indie pop Carpechill e a banda psicodélica Corte Aberto -, ele cria um ambiente onde viaja de Primal Scream a Jessie Ware, de Daft Punk a Robyn, passando por Talking Heads e sem esquecer da brasilidade.

Tudo isso para dialogar os encontros e desencontros da vida contemporânea, como histórias ouvidas em segredo.

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“É um disco que fala sobre relacionamentos no geral. Pela primeira vez eu quis misturar minhas vivências com a de outras pessoas, a ideia é que fosse algo de fácil identificação, eu sempre me cobrei muito com as letras, e dessa vez, eu quis escrever de forma simples e objetiva, sobre algo que todo mundo fosse se identificar instantaneamente. Mas no final, eu acabei vendo que o tema era mais relevante do que parecia, não é só sobre dor de corno, ou amor e paixão, tem muitas camadas, muita coisa pra trabalhar dentro dessa temática, o meu disco passeia nas maravilhas e nas ruínas de se relacionar, inclusive a ordem das tracks eu pensei como o ciclo de um relacionamento: conhecer alguém/transar/se apaixonar/se comprometer/terminar/se perder/ter crises existenciais/conhecer alguém de novo, ou seja, 8 etapas 8 faixas”, reflete ele.

Mirando no pop, eletrônica e new wave, HENRI não se limita a rótulos. O projeto é a expressão total e autoral de Thiago Henrique Vasques, um nome que marca presença na cena independente nacional e agora sintetiza suas influências mais pessoais e íntimas nesse trabalho solo.

O pontapé inicial veio no auge da pandemia, quando produziu e gravou o EP de estreia, Músicas de Gaveta. Agora, ao lado do produtor Joe Irente (Melt Motif, Dolphinkids), ele afina a sintonia para um álbum completo.

“A proposta desde que firmei a produção com o Joe foi se divertir, deixar pra trás um pouco as cargas emotivas que vinha trazendo desde então nas minhas composições, ao final é um disco de pop experimental por conta da permissibilidade na produção. Com ela, foi adicionado ao disco uma pegada eletrônica muito forte, e de final para balancear, inserimos elementos orgânicos como naipe de metais e backing vocals para algumas faixas, e isso elevou o nível da produção. É uma dança entre timbres digitais e timbres analógicos. A ideia de se chamar Outro Planeta também vem disso, da mistura dos elementos soarem como algo de um outro lugar, um lugar desconhecido”, conta ele.

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