O título Chão e a redoma presente na capa do disco mostram a dualidade do trabalho de Ina. O álbum envolve o ouvinte em um universo próprio confessional e intimista, ao mesmo tempo que busca nas raízes da MPB, música latina e ibérica ao lado do soul e do folk, um caminho para seguir.
“Chão é onde tudo nasce, e onde tudo o que morre se renova. É a lembrança e o brotar da vida, onde plantamos esperanças e enterramos aquilo que precisa ser transformado. Esse espírito de reconexão está presente no disco. Desde criança me senti e fui vista como uma pessoa um pouco avoada, um pouco sem chão, meio aqui, meio lá: uma cabeça ‘no mundo da lua’ ou em outros mundos. É através da música que melhor consigo estar junto. A música é um chão pra mim e me inaugura na vida, me religa ao outro”, conta a artista paulistana.
Nas onze faixas deste debut, ela explora um cartão de visitas que vai canções dançantes como o baião Chão, Agora que te vejo ou o ijexá Maluca até momentos contemplativos como Paraíso, Janela e Destinos Cruzados. Tudo envolto em arranjos de João Paulo Nascimento que trazem uma sensação de aconchego e um clima de artista veterana neste projeto de estreia.
Ina fez parte da banda do cantor Sessa e participou da gravação de seu último disco, Estrela Acesa. Participou também de Minha Menina, último EP solo do Sérgio Britto (Titãs), em dueto na faixa Vale a Pena Esperar.
Entre shows e gravações, colaborou com diversos artistas como Hilton Acioli, Ricardo Breim, Entrelatinos e Tauã, esse último que participa do disco na faixa Destinos cruzados (Eu parti).
Com produção musical de Ina e João Paulo Nascimento, Chão foi mixado por Gabriel Spazziani e masterizado por Maurício Gargel.