O planeta Terra está doente. O mundo não tem mais para onde correr. A nós, terráqueos, resta encontrar formas de sobreviver e aprender a viver em harmonia com tudo que nos cerca. É para esse assunto que Jully aponta o olhar no álbum S.O.S., que vem lançando através de singles.
Depois de trazer a questão dos animais à tona (Somos Todos Um) e cantar a morte e a apatia vivenciada no Brasil da pandemia (Distopia), em Tears of Fireflies, a cantora e compositora convida a uma mudança individual para tentar melhorar a vida no planeta.
“Estamos vivendo um impasse. Já saíram relatórios que mostraram que estamos passando do tipping point. Extinção de espécies, maior disseminação de doenças, calor insuportável, colapso de ecossistemas, cidades ameaçadas pela elevação do mar, esses e outros impactos climáticos devastadores estão sendo acelerados e devem se tornar evidentes nos próximos anos. Urge a necessidade de mudarmos a nossa relação com a Terra e com as outras espécies que fazem morada neste planeta. Eu estou tentando trazer essa consciência através da música”, diz Jully.
Tipping point é o momento de virada que faz com que um sistema se desequilibre de vez, sem chance de retorno. Diante dessa realidade alarmante, a autora oferece uma luz na escuridão em versos como “In the darkness / Feel my heart / It’s just rain / Don’t be afraid” (Em livre tradução, “na escuridão / sinta meu coração / É só chuva / não tenha medo).
O tema é pesado, mas o resultado é uma canção leve e doce, em que Jully canta com voz angelical em cima de uma melodia delicada, concebida com o teclado tocado pela artista, com programação eletrônica e produção de Grenville Ries, e mixagem de Carlos Trilha.
“Diferente do single anterior, essa canção é muito mais delicada. Ela traz a ideia da cura, da iluminação. Não adianta esperar por um milagre, cada um precisa fazer a sua parte, pois o individual é uma parte do coletivo e, quando mudamos individualmente, ajudamos a mudar também o todo. Desta forma, conseguiremos trazer um equilíbrio maior para o planeta e para nossas vidas”, explica a artista.