Recentemente, Billy Idol e Supla voltaram aos holofotes por conta de um encontro dos dois no Brasil, durante a passagem do autor de Dancing With Myself pelo Rock in Rio. Enquanto o britânico fez duas apresentações repletas de erros e esquecimento de letras, o Papito segue mostrando que não envelhece jamais. Ok, existe uma diferença de dez anos entre eles (56 e 66 anos, respectivamente), mas a qualidade sonora destoa demais.
Divertido e caricato, Supla retornou a Santos e foi o segundo artista a subir no palco da Virada SP, no sábado (22), na Praça Mauá, logo após o Planet Hemp.
O repertório foi muito bem equilibrado, passando pelos tempos de Tokyo, banda que Supla teve nos anos 1980, rendendo os hits Humanos e Garota de Berlim, avançando na fase pós Casa dos Artistas (O Charada Brasileiro, 2001) e alcançando os singles mais recentes como Motocicleta Endiabrada e As It Was, versão do hit de Harry Styles.

Supla se porta como um grande showman do início ao fim. Sabe como levantar o público, coloca todo mundo para cantar junto e é praticamente um local na Cidade.
E, por falar em Billy Idol, o show abriu com Suplaego, divertida faixa com o seguinte trecho: Eu ainda não consegui / Parar de ser eterno / De Beatles a Billy Idol / sempre me disseram / Eu sou muito belo / Que Narciso acha feio / O que não é espelho /De David Bowie a Mick Jagger, me tira daqui.
Diante das atuais circunstâncias, Supla está muito mais eterno que Billy Idol, pelo menos para o público brasileiro, levando em consideração os shows recentes.