Transit in the Ryes reflete o luto e a nostalgia em rock no EP “After the Sun Collides”

A banda gaúcha Transit in the Ryes transformou uma experiência de luto e perdas em seis canções no seu novo EP, After the Sun Collides.

O grupo explora um conjunto de influências que atravessam décadas e gêneros, em um caldeirão musical guiado pelo rock. Psicodelia, alternativo, indie e folk surgem em canções que dialogam com dramas modernos de uma geração em busca de um lugar no mundo.

Entre o moderno e o retrô, surge a sonoridade de Transit in the Ryes, quarteto porto-alegrense que inicia uma nova fase com este EP, onde o atual e o nostálgico se fundem para dar vazão a composições sobre questões humanas.

A abertura, com Aftershock e What Do I Do Now?, se apoia em baladas típicas dos anos 70, com camadas orquestrais que aparecem também em faixas como o single mais recente, The World’s Not Talking, e na dramática The Fall (Symphony of an Overdue Epiphany) – a mais experimental do EP, que serve como continuação à letra de Aftershock.

O primeiro single, Take Your Time, e Change exploram o lado mais perto do coração da estética da banda, na junção do new wave com o indie rock moderno.

Transit in the Ryes já reflete um amadurecimento estético para um projeto recente, iniciado em 2018 a partir do desejo comum de gravar as próprias canções. Desde então, o grupo passou por várias reformulações que fizeram parte do processo de seu estabelecimento artístico.

Mais recentemente, marcando essa nova fase, em 2021 foram lançados dois singles: Bored Out Of My Mind faz uma reflexão sobre os tempos pandêmicos e 2017 um mergulho nostálgico na adolescência, remetendo às épocas mais simples do período escolar. Agora, After the Sun Collides é a primeira parte de um ciclo que será contado em três atos, na forma de dois EPs e um álbum.

“Nessa primeira etapa, não se trata de uma narrativa na forma de um álbum conceitual estritamente dito, mas de uma temática em comum que explora o impacto imediato de uma perda significativa. Sentir qualquer coisa depois de um choque como o falecimento de alguém próximo parece impossível, seja isso um sentimento positivo como uma nova paixão ou em contrapartida, um amor em ruínas. Contudo, nós voltamos a sentir, e talvez estranhamente, é mais aliviante ainda saber que isso inclui a experiência de novas dores. O EP não pretende necessariamente contar uma história de superação de um grande luto, tão quanto documentar e encontrar o conforto na volta das pequenas dores e anseios do dia a dia. After the Sun Collides é dedicado ao nosso melhor amigo, Dudu”, entrega Henrik Karlholm (vocal, guitarra, sintetizadores, mixagem, masterização).

Além dele, Transit in the Ryes conta com André Silveira (baixo), Santi Madeira (guitarra, piano, vocais) e Thomas Gomes (bateria e percussão).