CLÁUDIO AZEVEDO
Os goianos do Mugo ficaram conhecidos rapidamente no país devido aos bons Go To The Next Floor (2009) e The Overwhelming End (2012), passou um tempo no hiato e, com o time ajustado, lançou The Race of Disorder, que é sem dúvida o melhor trabalho do grupo até hoje. Pedro Cipriano (voz) , Guilherme Aguiar (guitarra), Weyner Henrique (bateria) e Faslen de Freitas (baixo) formam o line-up, esbanjando entrosamento.
O som executado pelo quarteto é difícil de definir com exatidão, pois vários elementos do som extremo se fazem presentes aqui, como thrash/death metal, além de uma boa dose de metalcore, lembrando outra banda brasileira de destaque, o ótimo Project 46. Rótulos à parte, temos uma produção caprichada , que conta com guitarras muito bem timbradas, que fazem a base para o gutural potentíssimo de Cipriano. A “cozinha” descarrega uma dose invejável de peso em todas as músicas, com direito a partes velozes e breakdowns.
Com tudo isso, a solução é maltratar o pescoço com porradas como a faixa-título, Seeds of Pain, Deliverance e Think Twice, todas muito boas. Terra de Ninguém e Sanguessugas, cantadas em nosso idioma, apresentam resultados impecáveis, confirmando que o uso do português é uma realidade do cenário atual. Com um álbum de respeito e uma formação azeitada, o Mugo tem tudo para ir muito além das capitais. Fâs de Project 46, Pantera, As I Lay Dying, Hatebreed e Slayer, olho vivo nesses goianos.
The Race of Disorder
Ano de Lançamento: 2017
Gravadora: Independente
Faixas:
1-Race of Disorder
2-Seeds of Pain
3-Corruption
4-Sanguessugas
5-Deliverance
6-Think Twice
7-Terra de Ninguém
8-Elo Quebrado