A banda australiana Ceres lançou, no último dia 26, seu terceiro álbum completo. Com uma pegada mais voltada para o “emo indie”, sendo principalmente influenciado pelo estilo do início dos anos 2010. Percebi uma forte similaridade com a Citizen, outra banda que segue a mesma linha, porém é antecedente a Ceres.
A Ceres foca bastante nessa pegada mais puxada para o rock alternativo. Porém a impressão que o ouvinte tem é que o disco acaba se mascarando demais nas suas influências. Não traz nenhuma autenticidade.
A sonoridade presente nas músicas é bem calma e agradável. As músicas, em geral, não possuem muitos picos. Porém essa característica é trabalhada de uma maneira com que o som não fique completamente monótono. Isso vem através dos vocais, que variam entre sussurrados e em outros momentos se tornam mais acentuadas, guiando a música como um todo.
Destaques para as faixas Me & You, Dancing Patterns e Kiss me Crying, que são as faixas mais animadas do álbum. Elas são encarregadas de fazer esse contraposto com a sonoridade mais calma que é proposta no início. Tornam a experiência do álbum mais interessante ao todo e prolongando o período que o receptor consegue permanecer ouvindo ao álbum.
Recomendo que ouça a este disco como uma música de “background”, enquanto realiza outras tarefas, já que o mesmo não se propõe a trazer nenhuma complexidade ou inovação dentro do gênero. Muito pelo contrário, a proposta é trazer uma música agradável aos ouvidos e que seja de certa maneira reconfortante.
Apesar de tudo, é um bom álbum, mesmo sendo bem parecido com coisas que já tínhamos acesso. Ceres não traz nenhuma inovação com We Are a Team, porém traz um álbum sólido e que entrega de maneira satisfatória o que é proposto pela banda.