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Desfibrilador - Vinicius Souza

Resenha – Remo Drive – Natural, Everyday Degradation

VINICIUS SOUZA

Dois anos após o primeiro álbum, a Remo Drive lançou no último dia 31 o segundo disco: Natural, Everyday Degradation. Agora, no entanto, a dupla faz parte da lendária Epitaph Records.

Diferentemente do debute, a banda não conta com seu antigo baterista, que saiu em 2018, e era o ponto forte da banda. E de fato, a mudança na sonoridade é perceptível, porém deixarei para falar isso mais para a frente.

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Mais importante que tudo são dois aspectos que melhoraram de maneira significativa comparado ao primeiro álbum, Greatest Hits. Os pontos são a mixagem e um visível amadurecimento da banda.

Quanto a mixagem, por exemplo, podemos perceber que os sons estão bem mais compreensíveis individualmente e agradáveis para o ouvido dos receptores. Isso, provavelmente, não teria sido possível sem o contrato com a Epitaph.

Agora sobre o amadurecimento da banda, a vibe que o álbum passa é muito mais madura e introspectiva, comparada com a do primeiro. Anteriormente, era muito crua e tinha realmente uma pegada adolescente.

A primeira faixa do álbum, Two Bucks, já demonstra bem o que está por vir. A banda acaba optando por uma sonoridade muito mais próxima de um pop rock melancólico do que o pop punk enérgico que tínhamos no debute.

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Apesar dessa mudança, a faixa conta com um ótimo trabalho de guitarra assim como um baixo bem marcante. Provavelmente essas mudanças foram implementadas devido a falta da sua antiga característica principal: a bateria. Porém, é uma mudança muito bem vinda, pois o resultado é agradável.

Alguns destaques do Remo Drive

Outras faixas de destaque também presentes são The Grind e The Truth. Estas se destacam por serem as faixas mais animadas e energéticas do álbum, contendo justamente uma percussão mais trabalhada.

Além destas, temos também The Devil e Halo como as faixas mais pesadas do álbum. Elas acabam adicionando uma proposta interessante e quebrando um pouco da possível monotonia que se estabeleceria caso se mantivesse apenas na sonoridade melancólica.

Apesar de o álbum manter uma constante sonora, ele acaba não ficando chato com o tempo. Isso se deve ao trabalho vocal, que é muito variado dentre as faixas, alternando entre o suave e o rouco e excêntrico.

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Com uma nova cara, Remo Drive nos presenteia com um álbum de sonoridade mais madura e melancólica. Porém não menos verdadeira e excêntrica, que são as principais características da banda desde o início.

COLUNAS

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