Após 6 anos de hiato, a banda californiana de screamo e post hardcore State Faults lança seu terceiro álbum. Intitulado de Clairvoyant, o álbum possui uma sonoridade ainda mais pesada sombria que os anteriores. Este foi lançado dia 21 de junho e conta com 11 faixas ao todo.
O álbum do State Faults
Em comparação com os álbuns anteriores, podemos perceber um certo amadurecimento como um todo. Ao abraçar uma sonoridade mais “suja” e “pegajosa”, State Faults consegue trazer ao público um som que é ao mesmo tempo aterrorizante e eletrizante. Isto se deve a somatória de alguns fatores, como os vocais berrados e estridentes, linhas de baixo marcantes e uma precursão impecável.
A primeira faixa, Dreamcatcher, PT II, possui quase 7 minutos de duração é uma apresentação decente. Apesar de ter muita “porradaria” envolvida e grandes momentos, a mesma possui mais de 2 minutos de calmaria. Calmaria essa que não irá se repetir durante o decorrer do álbum.
Prosseguindo com o álbum, na terceira faixa nos deparamos com Moon Sign Gemini. Mesmo sendo uma música curta, de apenas 55 segundos, a sua energia e agressividade são entorpecentes. Esta é certamente uma daquelas músicas que, ao ouvir pela primeira vez, ficamos boquiabertos. Ainda sem entender nada e anestesiado, é necessário ouvir esta faixa mais de uma vez para compreendermos sua grandeza.
Outra faixa de suma importância para o álbum é Sleeplessness. A faixa começa de maneira agoniante, já com toda sua energia. Ela então
transaciona com o decorrer do tempo em uma faixa mais calma. O melhor dessa música é o encaixe perfeito com a faixa a seguir. Clairvoyant. Inclusive, esta é uma característica que se repete durante a transição da penúltima para a última faixa.
Momentos finais e Conclusão
Cemetery Lights encerra o álbum de maneira digna. A fim de reunir tudo que esteve presente durante o álbum, a banda acabou criando uma faixa sensacional. A princípio, a música não é tão pesada quanto o de costume, porém com o passar do tempo ela vai se intensificando cada vez mais. Apesar desta característica, ela tem um desfecho bem calmo e melódico, retratando um pouco a calmaria citada na primeira faixa.
Clairvoyant é um álbum pesado. Muito pesado. Pesado mesmo. Mesmo assim ainda traz esses aspectos de calma. Algumas emoções se confundem com o decorrer do álbum, mas esta tudo bem. De certo que essa montanha russa emocional foi proposital. Feita para confundir a mente do ouvinte com um turbilhão de ideias, sendo que este mesmo turbilhão se passava na cabeça dos músicos. Toda essas emoções transmitas através da música resultaram em Clairvoyant.