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Entrevista | Circa Waves – “Ficamos em casa, tentando produzir mesmo à distância”

A banda britânica de indie rock Circa Waves estava prestes a iniciar uma turnê para divulgar o quarto álbum de estúdio, Sad Happy, lançado em 13 de março. O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus atrapalhou os planos. Mas nada que tire a ambição dos músicos.

“Estamos fazendo o mesmo que as pessoas. Ficamos em casa, tentando produzir mesmo à distância. Ter esse período indefinido de quarentena te faz pensar em muitas coisas, e eu sinto que temos que usar isso para sermos produtivos. Estamos todos trabalhando, e espero que isso seja revertido em ótimos álbuns no ano que vem. É um pouco depressivo ficar em casa, mas acredito que seja para o bem de todos”, comenta o guitarrista Joe Falconer, que conversou com o Blog n’ Roll via telefone.

A situação atual é bem diferente do clima festivo da gravação de Sad Happy, o primeiro disco produzido pelos próprios integrantes.

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“Foi muito bom. Tiveram algumas coisas novas no processo de gravação. Em algumas oportunidades, tivemos problemas com produtores, mas dessa vez nós mesmos produzimos o álbum. Isso nos deu uma liberdade criativa bem maior”.

Mais emotivo

Para Falconer, o novo álbum é o mais emotivo da banda até aqui. De acordo com o guitarrista, os integrantes tentaram deixar o álbum coerente para criar uma experiência para quem vai ouvir.

“As mudanças sempre vão acontecer. Se você olhar para Arctic Monkeys e Strokes, por exemplo, vai ver que eles demoraram para chegar onde estão hoje. Eles mudaram muito do início para cá, mas foi uma mudança gradativa, com novas técnicas implementadas em casa álbum. Essas bandas são as que nos inspiram, porque queremos chegar no nível deles sem perder nossa identidade. Temos algumas músicas que se você ouvir, vai perceber que têm algumas mudanças. É natural”.

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Evolução do Circa Waves

A trajetória do Circa Waves ainda é curta, mas repleta de produtividade. Os quatro primeiros álbuns dos britânicos de Liverpool foram lançados de 2015 para cá. A evolução do som é nítida. Falconer concorda.

“No comecinho, era tudo muito estranho. Não quero dizer que a gente não sabia o que estava fazendo, mas foi tudo muito rápido. Nós tivemos que entender nosso papel muito rápido. Muitas bandas precisam de anos para chegar ao sucesso, e isso faz com que seus integrantes criem uma identidade forte, mas nós não tivemos isso”, comenta.

O músico vai adiante na reflexão sobre o início da carreira. “Se ouvir algumas de nossas primeiras músicas, você percebe que a gente não sabia quem a gente era. Atualmente, estamos em um ponto mais maduro, com mais confiança. Sabemos quem somos e o novo álbum já mostra essa consistência”. 

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O guitarrista acredita ser muito difícil vir ao Brasil, ainda mais com o mercado do entretenimento completamente parado. “Nunca toquei por aí. Nunca tive essa chance. Adoraria ir. É um lugar que eu tenho muita vontade de tocar, até pelos comentários dos fãs nas redes sociais. Infelizmente, é um lugar muito difícil de ir, mas a gente sempre conversa sobre essa vontade”. 

*Texto e entrevista por Lucas Krempel e Caíque Stiva

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