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Entrevista | Clarissa – “Trabalho muito com o íntimo e pessoal”

O sabor agridoce de um relacionamento é o que conduz o segundo álbum da cantora carioca Clarissa, que foi dividido em duas partes. A primeira parte de Agridoce já está disponível, com três faixas: Agridoce, Bonita e Botas de Cowboy.

Hoje com 25 anos, Clarissa iniciou sua carreira autoral em 2021, após estreia no mundo da música com o filme musical Ana & Vitória (2018) e já conquistou o público com nada contra (ciúme), single Top 1 no TikTok e Top 100 Brasil em todas as plataformas.

Em resumo, Agridoce narra as fases de um amor, do início ao fim, de forma despretensiosa, sensível e inteligente. Funciona como uma intensa reflexão da artista sobre seus próprios questionamentos e ideias, em uma composição que reflete a montagem de um quebra-cabeça, onde cada música concluída ditava o tom e o rumo do projeto.

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Clarissa, que já gravou com nomes como Di Ferrero, Oswaldo Montenegro e Giulia Be, conversou com o Blog n’ Roll sobre o novo álbum e a expectativa para a segunda parte. Confira mais abaixo.

Clarissa, como foi o processo de produção do novo álbum?

Foi bem rápido, desafiador e divertido. As músicas foram dando tom ao trabalho, me fazendo entender sobre o que exatamente ele se tratava. Foi um processo de entrega e confiança nas músicas.

De qual forma sua vida pessoal e o álbum se entrelaçam? O disco e suas experiências pessoais têm uma relação?

O álbum é inteiro sobre o meu último relacionamento. Me considero uma artista que trabalha muito com o íntimo e pessoal, não consigo fazer diferente disso.

Por que decidiu dividir o disco em duas partes?

Lançar um trabalho em forma de álbum não é fácil em 2024. As pessoas não costumam ter essa preocupação com a ordem das músicas, com a história como um todo. Dividindo em duas partes consigo propor ao público esse consumo com mais preocupação e atenção.

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Fora isso, com duas partes conseguimos ter duas faixas de trabalho, o que ajuda na hora de entrar em mais playlists nas plataformas.

Você é uma artista bem ativa nas redes sociais, o quão importante você considera o trabalho de mídia social para a carreira musical?

Hoje, uma coisa não caminha sem a outra. O lado positivo é que a rede social dá mais autonomia pro artista se divulgar do jeito que melhor entender.

Além disso, é uma boa forma de se mostrar como “pessoa física” mesmo, seus pensamentos e cotidiano, o que deixa os ouvintes mais próximos da gente.

Você começou sua carreira oficialmente apenas em 2021. Como surgiu a ideia? Frequentava shows antes da carreira? Quais?

Música é algo presente na vida de todos nós, claro, mas pra mim sempre foi algo que me deixava alimentada, mais conectada com esse mundo, meu rolê preferido sempre foi e sempre será ir em shows. Alguns dos meus preferidos foram MGMT, Paramore, Oswaldo Montenegro, Father John Misty, entre muitos outros.

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Minha carreira veio de uma necessidade que já sentia há um tempo, só precisava de parceiros pra me guiar nessa jornada.

Como foi entrar no mundo da música profissionalmente no meio da pandemia?

Uma insanidade, porque decidi começar meu trabalho autoral alguns meses antes, então contava com um mundo que não estava fechado e colapsando. Entretanto, a pandemia me deu tempo para treinar a minha composição e amadurecer as minhas ideias. Entre todo o caos, conseguimos fazer algo bonito.

Pretende excursionar com esse álbum? Vir pra Santos está nos planos?

Com certeza, temos muitas músicas que amo, mas ainda não tive a oportunidade de performar ao vivo, seria muito divertido. Quero muito ir pra Santos! Vou tentar alcançar o maior número possível de pessoas e lugares.

Quais foram os três álbuns mais importantes para sua formação como artista?

The Strokes – First Impressions Of Earth (2005)

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Chico Buarque – Chico Buarque (1978)

Elliot Smith – Either/Or (1997)

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