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Entrevista | Blue Mar – “Esse período me ajudou a crescer como artista”

O artista brasileiro Blue Mar, radicado no exterior, compartilhou sua jornada musical em uma entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll. Com raízes profundas na música brasileira e influências internacionais, o músico já passou por diversas fases criativas, desde suas primeiras experiências em bandas no Brasil até sua evolução como artista solo.

Morando atualmente em São Paulo, mas com uma passagem marcante por Londres, ele traz em sua obra uma mistura única de indie rock e elementos da música tradicional brasileira.

No dia 11 de outubro, OLIVEIRA, segundo álbum de estúdio de Blue Mar, será lançado. O disco explora novas sonoridades e colaborações com produtores renomados. Never Ever Was, Fallen Leaves e Tough Spell são os singles que já anteciparam o novo trabalho.

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Aliás, logo após o lançamento do álbum, Blue Mar fará um show de estreia na loja da lendária Rough Trade em Berlim, na Alemanha, no dia 19 de outubro.

Após quase um ano na turnê do álbum anterior, The March Hare, cruzando os Estados Unidos, Europa e África do Sul, Blue Mar se sentiu compelido a embarcar em algo novo e se reconectar com suas raízes ao mesmo tempo que busca seu próprio espaço na cena alternativa.

Blue Mar iniciou a carreira em 2015, mas se destacou com o EP Hurl, lançado durante a pandemia e aclamado pela autenticidade e pelas letras provocativas, que tratam de problemas globais e resistência.

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Nesta entrevista, Blue Mar fala sobre suas influências, o processo criativo por trás do novo álbum e seus planos para o futuro.

Como foi o seu início de carreira? Você iniciou na música no Brasil? Tocou em alguma banda?

Meu início de carreira foi no Brasil, onde cresci e comecei a me envolver com música desde muito jovem. Tive a oportunidade de tocar em algumas bandas no colégio durante minha adolescência. Essas primeiras experiências foram cruciais para entender o que eu realmente queria fazer na música. Estávamos sempre experimentando, compondo e aprendendo juntos, o que me deu uma base sólida para seguir carreira solo mais tarde.

O que motivou você a morar no exterior? Você está morando em qual cidade?

Minha motivação para morar no exterior veio do desejo de explorar novas culturas e a busca por novas oportunidades. Moro em São Paulo, mas passei uma temporada em Londres, cidade com uma cena musical muito vibrante e diversificada.

Embora eu não esteja morando lá no momento, a experiência em Londres me proporcionou novas perspectivas e influências. Esse período me ajudou a crescer como artista e a incorporar diferentes influências no meu trabalho.

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Quais são as principais diferenças que você nota no consumo de música e retorno de público no exterior?

Uma das principais diferenças que noto é a diversidade e a abertura do público para diferentes estilos musicais no exterior. Em cidades como Londres, o público é muito eclético e está sempre em busca de novidades, o que cria um ambiente muito estimulante para artistas independentes.

Além disso, o acesso às plataformas de streaming e redes sociais facilita a divulgação da música e a interação com os fãs, proporcionando um retorno mais imediato e global.

Como você define o seu som? Quais artistas mais te influenciam?

Meu som é uma mistura de indie rock com influências da música brasileira. Eu gosto de combinar guitarras distorcidas e melódicas com ritmos e percussões tradicionais do Brasil.

Artistas como Radiohead, Nirvana, Secos e Molhados e Mutantes são algumas das minhas influências. Eles moldaram minha visão musical e me mostraram a importância da experimentação e da autenticidade na criação musical.

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Como foi o processo de produção de OLIVEIRA, seu novo álbum?

A produção de OLIVEIRA foi um processo intenso e recompensador. Iniciei compondo as músicas no meu home studio, experimentando diferentes samples e instrumentos para capturar a essência do álbum.

Em seguida, colaborei com produtores e músicos talentosos em diversas sessões, tanto no Brasil quanto no exterior, para trazer mais organicidade às faixas.

As gravações ocorreram em Londres e São Paulo. A produção foi co-assinada por Pedro Serapicos. Craig Silvey, que já trabalhou com grandes nomes da música internacional, cuidou da mixagem, enquanto Matt Conton ficou responsável pela masterização.

Pretende excursionar pelo Brasil para divulgar seu álbum? Quais são os planos?

Sim, definitivamente planejo fazer uma turnê pelo Brasil para divulgar OLIVEIRA. Estamos atualmente organizando uma tour pela Europa, mas espero poder compartilhar essa nova fase da minha carreira com os fãs brasileiros também.

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Além dos shows, quero também participar de eventos, programas de rádio e colaborações com artistas locais para fortalecer minha conexão com a música brasileira e me conectar mais profundamente com o público do Brasil.

Quais os três álbuns que mais te influenciaram na carreira? Por que?

Três álbuns que me influenciaram profundamente são:

Desire, do Bob Dylan. Esse álbum me influenciou profundamente pela sua habilidade de contar histórias através das letras. Dylan combina narrativas ricas com uma musicalidade diversa, algo que sempre aspirei incorporar na minha própria música.

Tecnicolor, dos Mutantes: Os Mutantes foram pioneiros na fusão de rock com elementos da música brasileira, e Technicolor é um excelente exemplo disso. A criatividade e a ousadia desse álbum me inspiram a experimentar e mesclar diferentes gêneros no meu trabalho.

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Qualquer álbum do Jimi Hendrix: A inovação e o virtuosismo de Hendrix na guitarra são incomparáveis. Sua habilidade de criar novos sons e técnicas revolucionou a música, e sempre busco trazer essa mesma paixão e inovação para minhas composições e performances.

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