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Entrevista | Fatboy Slim – “Eu sou apenas alguém que ama música”

O inglês Norman Cook, 52 anos, é um artista em constante evolução. Nos anos 1980 foi baixista do grupo The Housemartins, que emplacou hits como Build e Caravan of Love. Migrou para outra área na década seguinte, onde adotou o famoso nome Fatboy Slim, colocando o mundo da música eletrônica de cabeça para baixo e popularizando de vez o gênero. Hoje, tem como meta investir em trilhas sonoras de filmes.

Mas enquanto caminha para a nova etapa de sua carreira, Fatboy Slim desembarca no Brasil para cumprir a turnê Put Your Hands Up For Brazil, I Love This Country – 15 Years, que passará por seis cidades: Salvador (5), Guarujá e Angra dos Reis (6), Itajaí e Florianópolis (7) e Itu (8).

Neste sábado, a partir das 15 horas (pontualmente), será a principal estrela na Arena Enseada, em Guarujá, quando promete dar um tempero especial para o Carnaval de 18 mil pessoas. Os ingressos variam entre R$ 90,00 e R$ 200,00 e podem ser adquiridos no site Ticket360. Fatboy conversou com A Tribuna sobre seus projetos, David Bowie e os problemas superados com o álcool.

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Você se considera o precursor das grandes festas de música eletrônica na praia, com o DVD Big Beach Boutique, em Brighton Beach? Como isso começou?

Tudo começou muito antes, em Nova Iorque, nos anos 1970, em Ibiza nos anos 1980. Eu apenas estava trazendo essa tradição, espalhando o amor. É bem interessante que o DVD se tornou meio que viral antes da internet, mas serviu o mesmo propósito de espalhar o amor.

Em outras turnês pelo Brasil você criou bootlegs de músicas nacionais como Taj Mahal, de Jorge Ben Jor e até Elis Regina. Você pensa em diversificar estilos musicais como pagode e axé?

Sim, com certeza terão referências à música brasileira no set, mas eu não sou fã de axé.

Qual é a sua expectativa para tocar no Carnaval de Salvador?

É a maior e melhor festa do mundo, sempre é uma honra ser parte disso. Será interessante tocar no dia 5 (hoje). Vamos esperar que as pessoas ainda tenham alguma energia até lá.

Você acredita que o legado do Fatboy Slim é o remix e o cuidado em pesquisar as músicas e os ritmos dos lugares onde se apresenta? Por isso que muitos não o consideram DJ, mas sim um produtor musical?

Eu sou apenas alguém que ama música e ama dividir isso com outras pessoas, tanto como um produtor ou mais diretamente como DJ. Eu gosto de ambos e tenho muito orgulho do meu legado, embora hoje em dia esteja mais animado com o lado de discotecar e conseguir por meio da tecnologia remixar instantaneamente.

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Sobre o cenário atual, como vê a música eletrônica hoje? O que você acha de Skrillex, Calvin Harris e David Gueta?

Os três são meus amigos, muito talentosos e conduzem o mundo com suas músicas. Posso adicionar o Diplo nessa lista, por favor?

O que você tem escutado ultimamente? O que destaca da atual cena inglesa?

Atualmente estou amando o Cube Guys, Chocolate Puma e Gregor Salto. Nenhum deles ingleses, claro! A cena do Reino Unido é particularmente diferente nesse momento, com cada um freneticamente tentando avançar do EDM.

O seu álbum de estreia Better Living Through Chemistry completa 20 anos este ano. Pretende fazer algo para celebrar?

Talvez a gravadora tenha alguma ideia sobre isso. Eu passei 2015 celebrando o meu 30º aniversário na indústria da música, data que larguei o emprego e lancei meu primeiro som.

Muitas bandas de rock ficam na ativa por décadas. Você já pensa em aposentadoria ou acredita que pode seguir como Rolling Stones, The Who, Deep Purple e se manter em atividades por muitos anos ainda?

Eu acho essa comparação muito interessante. Embora eles sejam uma banda de rock e uma geração mais velha do que eu, acho que dividimos uma experiência similar que talvez hoje nós devêssemos nos aposentar e a força e os picos criativos passaram. Mas ainda terá um lugar para nós entretermos o público. Enquanto ainda estiver curtindo isso mais que jogando golfe, irei continuar.

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Você tinha alguma ligação com David Bowie? Como reagiu à morte dele? Pretende homenagear ele?

Nós dois somos da mesma cidade, Bromley, no sul de Londres, mas essa é minha única conexão com ele. Eu o encontrei uma única vez. Sou um grande fã de sua música e seu legado, então tenho feito um tributo para ele nos meus sets desde que ele morreu.

Você enfrentou problemas com o álcool por alguns anos. Está recuperado? Certa vez disse que não tinha noção se conseguiria tocar sóbrio. Superou essa dúvida?

Eu sou muito grato. Parei de beber há oito anos e agora, definitivamente, sei tocar sóbrio, curto ainda mais. Eu, na verdade, tenho uma performance muito melhor sóbrio. Hoje em dia eu até lembro de tudo que faço!

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