Entrevista | Story of The Year – “É especial saber que Until The Day I Die inspirou tanta gente”

Entrevista | Story of The Year – “É especial saber que Until The Day I Die inspirou tanta gente”

O Story of the Year retorna ao Brasil após 12 anos para participar do festival I Wanna Be Tour e mais shows paralelos em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. A banda, que marcou os anos 2000 com o álbum Page Avenue, promete reviver a energia que os fãs brasileiros conheceram em sua primeira passagem pelo país.

Em entrevista ao Blog N’ Roll, o vocalista Dan Marsala, trajado com uma surpreendente camiseta de Britney Spears, revelou que o grupo trabalhou com o produtor Colin Britton para resgatar a mesma intensidade da fase inicial no disco Tear Me to Pieces e que teremos um álbum novo em breve.

Marsala destaca ainda a importância de clássicos como Until the Day I Die e Anthem of Our Dying Day, mas também disse estar animado em apresentar músicas novas que já caíram no gosto do público, como War. E, como amante de pizza, espera provar a nossa versão gastronômica dessa vez.

Dan Marsala trajado de Britney Spears

Como é para você retornar ao Brasil como parte de um festival que celebra um movimento que você ajudou a criar?

Dan Marsala: É ótimo. A última vez que estivemos no Brasil foi em 2013, então já faz 12 anos. Estamos muito animados para voltar em um grande festival com grandes bandas. Sempre tivemos grandes shows no Brasil e mal posso esperar.

Você tem alguma história interessante da sua visita anterior ao Brasil?

Dan Marsala: Os shows sempre foram ótimos. Os fãs são loucos. Tivemos problemas com os promotores e com pagamento nos últimos anos (risos), mas desta vez tudo está indo bem e estamos animados para voltar. Sempre é uma aventura.

Há uma diferença entre tocar em festivais e nos sideshows em São Paulo e no Rio de Janeiro?

Dan Marsala: Eu amo os dois tipos de shows. Amo casas menores, onde você sente a energia e fica tudo mais intenso, mas também amo grandes festivais porque você toca para muitas pessoas e divide o palco com bandas diferentes. Ambos têm suas vantagens. Estou animado para os shows menores e para o festival. Vou tocar em qualquer lugar, a qualquer momento.

Os sideshows vão ser mais longos?

Dan Marsala: Acho que sim, um pouco. O festival deve ter entre algo entre 50 minutos e uma hora. Os sideshows provavelmente serão um pouco mais longos, porque temos mais tempo.

No começo vocês foram descritos como uma banda de post-hardcore. Hoje bandas do estilo flertam com metalcore ou modern metal. Como você define o som atual?

Dan Marsala: É difícil. Isso mudou ao longo dos anos. Agora todo mundo chama de emo. Quando começamos não nos considerávamos emo, havia post-hardcore, screamo, hardcore, punk… nós apenas misturamos tudo. Eu digo que somos uma banda de rock, com energia alta. Temos elementos de vários gêneros, mas é difícil de rotular.

Nos anos 2000 vocês foram parte da explosão do emo e post-hardcore. Como é ver esse movimento se revivendo agora?

Dan Marsala: É louco. Nosso primeiro álbum saiu em 2003 e, em 2010, a cena morreu um pouco, principalmente na América. Foi surpreendente ver essa retomada. Acho que acontece com todos os gêneros: você se afasta um tempo, mas mais velho acaba redescobrindo o que amava. Para nós é ótimo, porque quero tocar música o resto da vida.

Como você compara a fase atual com o início em Page Avenue?

Dan Marsala: Foi um processo parecido. No último álbum, Tear Me to Pieces, o produtor Colin Britton foi muito importante para capturar a mesma energia dos primeiros dias. Trabalhamos muito para trazer de volta a energia jovem de 20 anos atrás. Gravamos outro álbum com ele, que será lançado em breve, e seguimos o mesmo processo: fazer música que amamos. Isso não mudou.

Ser pai mudou a forma como você escreve?

Dan Marsala: Não muito. O processo continua o mesmo. Algumas influências externas entram, mas no fim das contas escrevemos músicas que gostamos de ouvir. Trabalhamos em cima disso e esperamos que funcione.

Sua música já ajudou muitas pessoas em momentos difíceis e não será surpresa ver alguém com um cartaz “Story of The Year saved my life”. Como você enxerga isso?

Dan Marsala: É ótimo ouvir isso. Música é mágica, pode ajudar em qualquer situação. Saber que tivemos impacto positivo na vida das pessoas é incrível. É uma das razões pelas quais gosto de escrever e tocar.

Eu sempre trago uma pergunta da caixinha de perguntas do meu Instagram. E temos aqui um fã, o Vinicius, que gostaria de saber se vocês ainda vão girar a guitarra e dar piruetas no palco?

Dan Marsala: Não tenho certeza. Provavelmente, sim. Ainda colocamos muita energia em cada show. Claro que somos mais velhos e algumas loucuras não acontecem mais, mas vai ter energia e vai ser divertido.

No Instagram você se auto define como um amante de pizza e de música. Já provou a pizza do Brasil? E, aproveitando, já conhece as bandas brasileiras?

Dan Marsala: Eu não sei se já comi pizza brasileira. Alguém precisa me trazer uma para eu experimentar desta vez. Eu amo pizza, então tenho certeza que é ótima. Sobre as bandas brasileiras conheço pouco, mas estou ansioso para ouvir algumas.

Como você se sente ao ver que músicas como Until the Day I Die marcaram uma geração e ainda são um ponto de entrada para novos fãs?

Dan Marsala: É louco. É difícil colocar em perspectiva, porque essa música saiu há 22 anos. Foi enorme para nós e para a cena. Ela continua incrível ao vivo, e ver multidões cantando é ótimo. É especial saber que inspirou tanta gente.

Agora, um desafio: Se tivesse que escolher cinco músicas para tocar pelo resto da vida nos shows, quais seriam?

Dan Marsala: Until the Day I Die, Anthem of Our Dying Day, War, Is This My Fate? e Tear Me to Pieces. São músicas especiais, que sempre funcionam ao vivo e pelas quais temos muito orgulho.

Qual mensagem você deixa para os fãs brasileiros?

Dan Marsala: Estamos animados demais para voltar. Vamos nos divertir, cantar e fazer shows intensos. Mal podemos esperar.