Um dos maiores destaques da primeira edição do I Wanna Be Tour, a banda norte-americana The Used deixou uma ótima impressão para o público novo, além de ter emocionado muitos fãs antigos com os shows no Brasil.
Entre uma apresentação e outra, o vocalista Bert McCracken e o baixista Jeph Howard aproveitaram alguns momentos para conversar com o Blog n’ Roll.
De onde vem tanta energia? O que motiva a banda a entregar tudo de forma tão incrível no palco?
Bert: Apenas amamos tocar ao vivo, amamos uns aos outros, nos sentimos muito bem tocando ao vivo.
Acho que porque somos uma banda há tanto tempo, amamos o que fazemos, somos tão bons, a melhor banda do mundo. Nunca cometemos erros, nunca.
Heartwork e Toxic Positivity, os dois últimos álbuns da banda, foram praticamente ignorados no show. O foco era divulgar os sons mais antigos mesmo?
Bert: Tocamos algumas músicas novas, mas temos tantas músicas boas que é difícil escolher. Temos uns dez discos agora, é difícil escolher, amamos tocar músicas antigas.
Será que o The Used volta logo para tocar mais desses dois álbuns por aqui?
Bert: Pensamos em fazer uma turnê com o NXZero e a Fresno, seria muito divertido.
O que mais chama a sua atenção no público brasileiro? Tem algo diferente de outros públicos?
Bert: O público brasileiro é incrível, comparado aos públicos do mundo todo para os quais já tocamos. A animação do público nos contagia.
Conseguiram aproveitar a estadia no país para conhecer mais a culinária, cultura, novas bandas?
Bert: Fizemos amizade com os caras do NXZero, o Lucas da Fresno, saímos para jantar, tem sido ótimo, tentamos aproveitar o máximo possível.
Jeph: O açaí tem sido bom.
A participação de Lucas Silveira, da Fresno, garantiu um toque especial ao show. Vocês já conheciam o trabalho dele? Como foi a decisão de chamar ele para o palco?
Fizemos uma entrevista com o Lucas, uma semana antes de sair em turnê, onde conhecemos ele. Ele ama a banda, como a maioria das pessoas. Foi uma honra tocar com ele, esperamos que ele toque hoje novamente, amanhã, depois de amanhã, durante a turnê toda.
Vocês acreditam que o Brasil pode ter mais edições do Wanna Be Tour ou mesmo outros festivais com bandas de punk, hardcore e emo?
Jeph: Sim, essa turnê tem sido tão boa, a quantidade de pessoas que vêm aparecendo nos shows, acredito que pode ser algo mais frequente.
Bert: O EMO VIVE! (em português)
Jeph: Nos tragam de volta todo ano.
Quais são os planos para a The Used nos próximos meses? Pretendem excursionar com o Toxic Positivity ou já pensam em voltar para o estúdio?
Bert: Temos um novo álbum saindo, são todas as lado B de Toxic Positivity, se chamará Mads e sairá nos próximos dois meses, estamos ansiosos.
Jeph: Vamos tocar na Indonésia.
Bert: Reino Unido, temos festivais, esperamos tocar em Salt Lake City.
Quais são os três álbuns que moldaram a carreira de vocês?
Bert: O álbum The Used, o In Love and Death, do The Used, além do Lies for the Liers, do The Used. Eles realmente moldaram a minha carreira.