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Entrevista | Rica Silveira – “Não estou preso a movimento nenhum”

Fotos: Marcela Sanches/Divulgação

Ele é ex-integrante de bandas punks como Calibre 12 e Gritando HC. Foi o responsável por montar o DeCore e já tocou com Xis, RPW, Devotos, Nenê Altro e outros músicos. Agora, de vez no hip hop e morando em Santos, Rica Silveira está divulgando alguns sons do seu projeto solo, que tem a produção de Nando Bassetto (Garage Fuzz).

Até o momento, duas faixas já foram reveladas: O Tempo e Zum Zum Zum, que podem ser ouvidas nos players abaixo. “A ideia é lançar videoclipes de quatro em quatro meses e no final juntar tudo numa mixtape. Zum Zum Zum acabou de sair”, explica.

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Rica não tem preferência por shows segmentados. “Vou tocar onde chamarem”, diz aos risos. “Não estou preso a movimento nenhum. A única coisa que me prende é a música. Claro que este trabalho é mais acessível ou digamos mais pop”.

Sem saudade alguma de São Paulo, o músico garante que não pensa em largar Santos por nada. “É mais qualidade de vida”. E Rica conhece bem o cenário musical da Cidade.

“A cada dia tenho conhecido bandas daqui, não só de rap, mas em geral. Gosto muito da Music Box, a Mari Guedes que está fazendo um trabalho bem legal. Do rap, tem uma dupla de Santos muito massa chamada Fragmentes. Por mais que meu trabalho solo seja de hip hop, o hardcore não está ausente, pois estou trabalhando com o Nando, guitarrista do Garage Fuzz, na produção. O Garage é uma banda que sou muito fã”.

A ligação de Rica com o punk rock foi através do seu irmão. “Em 1988 quando eu tinha 9 anos, ganhei uma guitarra do meu pai. E pelo meu irmão mais velho conheci os Ramones, Dead Kennedys, Toy Dolls, Inocentes e Cólera”.

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Mas a paixão pelo rap não demorou a surgir, garantindo uma ligação interessante nas influências musicais de Rica. “Em 1990, um amigo me apresentou o Public Enemy, que virou minha cabeça. Três anos depois montei meu primeiro grupo de bairro, o Gangster Rap MC’s, que durou até 1995”.

Entre 1997 e 2000, Rica integrou uma banda que levava covers de Rage Against The Machine, Biohazard, Helmet, Body Count e Planet Hemp. Ficou lá até 2000, aproveitando o bom momento do funk metal.

Seu principal trabalho, no entanto, surgiu em 2001, a banda DeCore. Nela, Rica cantava e tocava guitarra. Permaneceu no grupo até 2013 e foi o responsável pela transformação musical. “Começou como punk rock e aos poucos fomos colocando elementos do rap. Isso causou certo espanto na época forte dos emos. Com o DeCore lancei dois discos oficiais”.

A ligação de Rica com a música não se restringia apenas aos grupos em quais tocou. Ele foi o responsável pelo Minura Records, que entre 2003 e 2008 produziu cerca de 100 bandas.

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Em 2013, o músico entrou para o Gritando HC, onde foi tocar guitarra. No ano seguinte, assumiu o baixo no Calibre 12. Em janeiro, abandonou o nome Ricardo Q-Pam e virou Rica Silveira. Veio para Santos e passou a investir seu tempo na produção do seu primeiro álbum solo, 100% dedicado ao rap. Com vocês, Rica Silveira no Blog n’ Roll…

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1 Comment

1 Comment

  1. Rodrigo de Souza Sales Monteiro

    7 de dezembro de 2015 at 23:35

    Loco demais!!! Top!!!!

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