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Entrevista | Jota Quest – “Temos que aproveitar essa vitrine grande”

Quem acompanhou os shows das bandasCapital Inicial e Jota Quest, em Santos, em 2017 e 2016, respectivamente, pode esperar por mudanças significativas na dobradinha que as duas vão protagonizar, amanhã (20), às 20h, no Kartódromo Municipal de Praia Grande. A primeira abandonou o formato acústico e retornou ao set elétrico, enquanto a segunda fez o caminho inverso. Rogério Flausino e companhia trocaram a vibe black music pelo violão e percussão.

“Nós vamos abrir a noite para o Capital Inicial, não faremos o show completo, mas será uma noite especial. Vamos tocar 1h30, aproximadamente. Apesar de ser um acústico, as pessoas vão dançar”, adianta Flausino. “Olha, se bobear, somos capazes de mesclar o elétrico com o acústico também. Tudo é possível”, completa.

Acústico Jota Quest – Músicas Para Cantar Junto foi o último lançamento dos mineiros, em 2017, e pretende ser o foco da atual temporada.

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“Já temos datas agendadas até setembro ou outubro. Deixamos aquele momento do nosso retorno para a black music de lado e agora vamos focar nessa turnê. É o momento do acústico. Já tínhamos lançado alguns trabalhos ao vivo e vimos no acústico a possibilidade de fazermos algo que ainda não havíamos feito”.

Com os festivais de verão quase que inteiramente dominados por artistas de sertanejo, funk e pagode, Flausino afirma que toda oportunidade que surge, eles precisam aproveitar.

“Não é um privilégio da Baixada Santista esse foco no sertanejo, funk e pagode. Isso acontece em todo o litoral brasileiro durante o verão. Nosso verão é muito animado e temos que aproveitar essa vitrine grande”, comenta.

O vocalista do Jota Quest, inclusive, recorda de uma experiência que viveu na temporada 2014-2015.

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“Fizemos uns 19 shows durante o verão e o retorno que tivemos no litoral foi impressionante. Foi algo que funcionou muito bem”.

E a atual temporada não está diferente, garante o músico. “Semana passada tocamos em Fortaleza com o Paralamas e Frejat e foi uma catarse. O público vibrou muito”.

Com o Capital, em Praia Grande, o clima não será diferente. “Faremos um warm up (esquenta) para os caras. Entraremos com o nosso set acústico para preparar o público. Depois, o Capital vem e supre a carência do rock na noite”.

E a relação entre as duas bandas não poderia ser melhor. Segundo Flausino, Dinho Ouro Preto, vocalista da Capital Inicial, é um cara muito especial.

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“Tivemos muitas passagens bacanas com eles. Uma vez em Brasília, em um evento muito grande, o Dinho me chamou no palco para cantar Que País é Este. Foi incrível! Sempre fui muito fã da história das bandas de Brasília.No backstage, conversamos muito sobre a Legião Urbana”, recorda.

Questionado se o público pode presenciar mais uma jam entre as duas bandas no sábado, Flausino demonstrou otimismo. “Com certeza! Estaremos lá para assistir ao Capital também. Sem dúvida alguma existe a possibilidade de cantarmos algo”.

A união das duas bandas vai além do âmbito profissional. Ao lembrar de outra passagem, o mineiro demonstrou gratidão ao líder do Capital.

“Quando tocamos naquele show especial de 30 anos do Rock in Rio, em 2015, o Dinho falou várias coisas legais para mim. Minha mãe estava doente e o cara foi super parceiro. Só tenho boas lembranças com eles. O Yves (guitarrista) é outro cara genial. Todos do Capital são bem parceiros”, completa o vocalista do Jota Quest.

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