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Entrevista | Otavio Juliano e Luciana Ferraz (Sepultura Endurance) – “Uma história pertence ao mundo, não tem dono”

A banda de heavy metal brasileira com maior alcance no mercado internacional ganhou um dia especial em seu próprio País. Hoje, cerca de 70 salas vão receber a pré-estreia do filme Sepultura Endurance, que narra a história da banda mineira que saiu de Belo Horizonte para conquistar o mundo inteiro e colecionar fãs do calibre dos integrantes do Metallica, Anthrax, Slayer e tantas outros nomes do cenário mundial.

Sepultura Endurance recebe uma programação especial no Roxy Premium Lounge, em Santos. Hoje, a partir das 19h, o diretor do filme, Otavio Juliano, 44 anos, e a produtora Luciana Ferraz, 47, vão participar de um debate sobre a banda, junto com o cineasta e editor do Zona Punk, Wladimyr Cruz, e o produtor de shows Pepinho Macia. O encontro terá mediação deste jornalista.

Na sequência, a partir das 22h15, no Roxy 4, o público poderá conferir a exibição do documentário, que guarda uma surpresa no pós-créditos finais: duas músicas inéditas do show de 30 anos da banda.

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O filme, inclusive, chega com uma grande polêmica: a proibição de imagens dos irmãos Cavalera, Max e Iggor, dois dos idealizadores do Sepultura.

“Desde que contactei o Sepultura, contactei o empresário do Max. Quando percebi que ele não iria mesmo participar do filme, por volta de 2014, 2015, segui adiante. O Iggor também não quis participar, mas respeito a posição dos irmãos Cavalera. Uma história pertence ao mundo, não tem dono. Em nenhum momento pensei em desistir por conta da ausência deles”, comenta Otavio Juliano, que passou sete anos na produção do documentário, junto com Luciana Ferraz, que é santista.

O diretor conta que sentiu que tinha um filme na mão quando chegou para gravar em Belo Horizonte, cidade de origem da banda.

“Tive certeza que tinha um filme que poderia ser mostrado a partir do início do Sepultura. Me deu mais trabalho a não presença deles, mas tudo que precisava ser contado está ali”.

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E quando fala de tudo, o cineasta não está omitindo nada. Até mesmo pontos chaves da história, que já foram alvos de várias teorias.

“Uma das coisas que fica transparente no filme é a saída do Max e a entrada do Derrick (Green, atual vocalista), tudo que rolou em torno disso”, comenta o diretor. “A saída de um vocalista principal, que também tocava guitarra, é sempre complicada para uma banda. O Sepultura alcançou um sucesso inigualável na época do Max. Eu entendo toda áurea que tem em torno desse período da banda”, completa.

Produtora do longa, Luciana Ferraz diz que a equipe teve dois grandes desafios para lançar o documentário. “O primeiro foi a falta de apoio financeiro. Só muitos anos depois, quando já tínhamos investido muito dinheiro da nossa empresa, conseguimos. Foi um apoio da Oi e fomos selecionados em um edital pela O2 Filmes, que entrou como parceira”, explica ela.

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Sobre a ausência dos irmãos Cavalera, Luciana não vê como algo tão prejudicial para o produto final. “Foram vários contatos, mas a resposta sempre foi não. Isso não prejudicou o filme. A história está muito bem contada e mostra um Sepultura forte, o que eles sempre foram, mesmo com as saídas dos irmãos Cavalera”.

Luciana, que deixou Santos aos 18 anos, morou em Campinas e nos Estados Unidos. O tempo em que morou na América do Norte mostrou a força do Sepultura para a produtora. “Três coisas que falavam sobre o Brasil nos Estados Unidos: Pelé, Cidade de Deus (filme) e Sepultura”.

E essa força do nome levou Otavio Juliano e Luciana até grandes nomes do metal. Integrantes do Metallica, Megadeth, Anthrax, entre outras gravaram depoimentos para o documentário.

“Tive uma preocupação de ter três tipos de entrevistados no filme: bandas anteriores ao Sepultura, que influenciaram os caras, como o Motörhead, Metallica, Megadeth, as contemporâneas, caso do Pantera, além das influenciadas por eles, como o Slipknot. Viajei o mundo inteiro com eles”, comenta o diretor.

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O acesso ao debate é grátis, já o ingresso para o filme custa R$ 12,00. O Cine Roxy 4 fica na Av. Ana Costa, 465. Confira os cinemas que vão exibir o filme.

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