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Foto: Silmara Ciuffa / Divulgação

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Entrevista | Tony Bellotto (Titãs) – “A banda é um organismo independente, que sobreviverá com a ausência de todos nós”

Nos últimos anos, Gene Simmons e Paul Stanley, os principais integrantes da banda norte-americana Kiss, deram declarações sobre a possibilidade do grupo seguir em atividade mesmo com a saída de todos da formação original. A previsão deles deixou muitos fãs e jornalistas sem acreditar em tal afirmação.

Mas a revelação não é algo exclusivo deles. No Brasil, o Titãs, que contava com nove integrantes no início da carreira, promete seguir a mesma linha. “Hoje em dia temos a convicção de que a banda é um organismo independente, que sobreviverá inclusive com a ausência de todos nós”, diz o guitarrista Tony Bellotto, que divide o palco com Sérgio Britto, Branco Mello e Paulo Miklos, todos da formação original.

Verdade ou não, o público santista terá a oportunidade de assistir ao quarteto em plena forma com o show Nheengatu, que será apresentado hoje, a partir das 23h30 (a casa abre às 22h), no Mendes Convention Center.

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O Titãs como quarteto agradou aos fãs mais antigos. O álbum que dá nome à turnê resgatou uma banda mais roqueira, com canções pesadas e com forte teor crítico.

“A formação mais enxuta propiciou o som mais pesado e compacto. O teor crítico sempre esteve presente, de uma forma ou de outra”, comenta Bellotto.

Mas não é possível garantir que o futuro será assim, segundo o guitarrista. “Prever os próximos trabalhos é sempre algo impossível em se tratando de Titãs”, diz. “Temos algumas ideias (novas músicas), mas nada definido ainda. O atual momento político não é tão inspirador quanto pode parecer, pelo contrário, é bastante broxante e desanimador”, completa.

O repertório para a apresentação em Santos não deve fugir muito do oferecido no DVD Nheengatu Ao Vivo, lançado no ano passado. As recentes Fardado, Pedofilia, República dos Bananas devem se misturar com os hits antigos como Nem Sempre se Pode Ser Deus, Desordem, Televisão, Polícia, Flores e Bichos Escrotos.

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“Tocaremos um pouco de tudo. Público e banda costumam reagir com a mesma fúria às baladas, funks, reggaes e hardcores. É tudo Titãs”, adianta Bellotto.

As passagens do Titãs por Santos são sempre marcantes para os integrantes. A história da banda se mistura com a trajetória das casas noturnas da Cidade. Bellotto e companhia já se apresentaram na Heavy Metal (nos tempos do Iê-Iê-Iê), Caiçara Music Hall, Reggae Night, Capital Disco, Sesc, além de shows na praia.

“A Cidade está no DNA da banda. Vivi aí por um tempo, no início da Titãs. Vivemos muitas loucuras na Cidade, e temos um público muito especial e dedicado. E além do mais, a maioria de nós torce pelo Peixe”.

Abertura para os Stones
A turnê de divulgação de Nheengatu tem reservado momentos especiais para os paulistanos do Titãs. Em fevereiro passado, por exemplo, a banda acompanhou duas apresentações dos lendários Rolling Stones, no estádio do Morumbi, em São Paulo.

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“Abrir para os Stones é sempre uma experiência transcendente. Não tivemos nenhum problema com técnicos, tudo correu no mais alto respeito e camaradagem. Tivemos um contato rápido com eles, antes do show, para tirar uma foto. Foi bastante protocolar, mas eram os Stones em carne e osso ao nosso lado!”, recorda Bellotto.

Projetos paralelos e paz com Nando Reis
Os quatro integrantes da atual formação da Titãs possuem muitos trabalhos paralelos. Paulo Miklos no cinema, Branco Mello e Sérgio Britto na música e Tony Bellotto na literatura. Conciliar o tempo com tantas atividades não parece ser algo complicado para eles.

“Acho que é uma maneira que cada um encontra de equilibrar os anseios individuais com o fazer coletivo. Tem funcionado”, comenta Bellotto. Tony Bellotto

Em um desses projetos paralelos, ficou evidente que as rusgas entre Nando Reis e os atuais integrantes do Titãs ficaram para trás.

“Paz total, Nando é um irmão. Na verdade, foram o Paulo, Britto e Branco que fizeram vocais numa canção do novo CD dele. Eu não participei. Mas costumamos aparecer de vez em quando uns nos trabalhos dos outros, e isso inclui Arnaldo (Antunes) e Charles (Gavin)”, diz o guitarrista em referência ao novo trabalho de Nando Reis, que terá ainda as participações de Peter Buck ex-guitarrista do R.E.M e do guitarrista do Pearl Jam Mike McCready.

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Vivendo um momento mais de peso na sonoridade do Titãs, Bellotto afirma que uma volta do Kleiderman, projeto extinto de Branco Mello e Sérgio Britto, seria bastante oportuna. E deixou claro que é possível o Titãs se arriscar com alguma faixa do grupo, que teve uma breve passagem em 1994.

Ingressos à venda
Os ingressos para o show do Titãs custam R$ 60,00 (pista), R$ 80,00 (pista premium) e R$ 120,00 (camarote – open bar, com água, cerveja e refrigerante). Com exceção do camarote, os outros setores têm meia-entrada. Assinante de A Tribuna mais um acompanhante têm 30% de desconto na compra dos ingressos.

O Mendes Convention Center fica na Avenida Francisco Glicério, 206, no Campo Grande, em Santos.

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