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Richie Ramone (Foto: Alexandre Saldanha)
Richie Ramone (Foto: Alexandre Saldanha)
Richie Ramone (Foto: Alexandre Saldanha)

Entrevistas

Entrevista | Richie Ramone – “Nunca pude me despedir do Joey”

Um dos menos citados entre os integrantes dos Ramones, Richie Ramone fez parte da banda entre 1983 e 1987, substuindo Marky – que tinha sido expulso do grupo durante as gravações de Subterranean Jungle. Nos quatro anos em que acompanhou Joey, Johnny e Dee Dee, Richie gravou três discos – Too Tough To Die (1984), Animal Boy (1986) e Halfway To Sanity (1987) –  e compôs músicas como Humankind, I’m Not Jesus, I Know Better Now e a clássica Somebody Put Something In My Drink.

Ele era o baterista quando os Ramones fizeram sua estreia no Brasil, em janeiro de 1987. Meses depois, ele abandonou a banda após um desentedimento com Johnny sobre divisão do dinheiro vindo da venda de camisetas.

Em sua quarta turnê pelo Brasil – ele fez shows em 2010 com Mickey Leigh, irmão de Joey Ramone, e em 2012 com sua própria banda -, Richie conversou com o Blog n’ Roll sobre o momento atual de sua carreira solo, com o lançamento do disco Cellophane, sua vida nos Ramones e retruca comentários de Marky.

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Recentemente, você lançou seu segundo disco solo, Cellophane, que está longe de ser um disco póstumo dos Ramones – assim como seu CD anterior, Entitled. Isso aconteceu naturalmente ou você realmente buscou se distanciar do rótulo de “ex-Ramone”?

Eu faço discos do Richie Ramone e não dos Ramones. Eles foram únicos, então por que eu tentaria fazer músicas que soassem como eles? Tudo que eu faço vem de dentro de mim e mostra o que eu estou sentindo naquele momento.


Em sua última turnê brasileira, você veio com Tommy Bolan, do Warlock, como guitarrista solo, com um estilo que não tem nada a ver com punk rock. Como ele entrou para sua banda?

Foi sugestão de um amigo que sabia que eu queria uma pegada mais metal no meu primeiro disco. Tommy foi o guitarrista ideal para aquele disco, mas estou constantemente evoluindo como artista e Cellophane representa o que sou hoje.

Você ouviu os discos solos dos outros ex-integrantes dos Ramones? Qual deles é o seu preferido e por quê?

Os dois discos solos do Joey são ótimos porque você pode ouvir novamente aquela voz maravilhosa. E CJ fez um bom trabalho com sua carreira solo. Sobre os discos dos Ramones, é impossível escolher um preferido, apesar de o primeiro álbum ter criado um novo padrão.

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Essa é sua quarta vez no Brasil, a segunda com seu trabalho solo. Como o público tem reagido ao seu novo material?

O clipe e primeiro single [do disco Cellophane] I Fix This tem recebido boas críticas e isso é muito animador. Sei que os fãs piram quando veem a banda ao vivo porque, depois de cada show, me misturo a eles e fico ouvindo o que eles têm a dizer. Se você compõe com a alma, sem tentar imitar os outros, o resultado geralmente é melhor que o esperado.


O que você fez quando deixou dos Ramones?

Fiquei tocando em algumas bandas em Los Angeles e, então, dei um bom tempo da indústria musical. Precisava recarregar as baterias, por assim dizer.

Se pudesse voltar atrás, ainda teria saído da banda?

Não dá para guardar arrependimentos e duvidar de si mesmo. É preciso seguir em frente e assumir suas decisões. Só queria ter chegado a um acordo [com os Ramones] e que eu pudesse compor mais músicas matadoras para eles como Somebody Put Something In My Drink.

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Você teve chance de conversar com Joey, Johnny e Dee Dee antes que eles morressem?

Mantive contato com Dee Dee mas, infelizmente, nunca pude me despedir do Joey. Perdemos contato com o passar dos anos e isso foi duro para mim. Ele era um grande amigo e sinto muito sua falta.

Qual é sua música preferida dos Ramones?

São muitas músicas para escolher só uma ou duas preferidas. Eu diria que o primeiro disco foi inovador e tem um valor especial para mim. Animal Boy também foi um álbum importante porque eles se voltaram às suas raízes com a produção de Tommy [Ramone] e Ed [Stasium]. [Na verdade, Too Tough To Die foi produzido pelos dois. Animal Boy foi produzido por Jean Beauvoir]

Na era de ouro do punk, qual era sua banda preferida de Nova Iorque? E atualmente?

Eu adorava os Cro Mags. Era muito legal vê-los ao vivo e eles tocavam muito alto. O Teenage Bottlerocket é uma ótima banda atual que representa o significado do punk. Vale a pena conferir.

Em 2012, quando você esteve no Brasil pela última vez, Marky Ramone fez um post sobre você em sua página no Facebook, dizendo que tocou para 2500 pessoas, enquanto você estava tocando para casas vazias. Você viu esse post?

Marky é um baterista de segunda classe que foi expulso dos Ramones. Ele vive insultando e repreendendo as pessoas, se achando o rei do pedaço. Os Ramones não o queriam de volta quando eu saí, mas ele conhecia as músicas e eles poderiam contratá-lo por um valor baixo. O que ele não entende é que, se eu nunca tivesse deixado a banda, ele ainda estaria vendendo sorvetes em tempo integral. Ele deveria me enviar rosas diariamente porque eu devolvi a ele sua vida.

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Acompanhado por Alex Kane (guitarra/vocal), Clare Misstake (baixo/vocal) e Ben Reagan (guitarra/bateria), Richie Ramone (bateria/vocal) tem 11 datas datas agendadas pela América do Sul, sendo seis no Brasil:

18/08 – Sargento Pimenta – Lima, Peru
19/08 – Rock y Guitarras – Santiago, Chile
20/08 – White Vinyl – Adrogué, Argentina
21/08 – Unclub – Buenos Aires, Argentina
24/08 – Kilkenny Pub – Assunção, Paraguai

25/08 – Valentino – Londrina, Brasil
26/08 – Vitrola Bar – Londrina, Brasil
27/08 – Vila Madalena – Ribeirão Preto, Brasil
28/08 – Clash Club – São Paulo, Brasil
03/09 – Distrital – Belo Horizonte, Brasil
04/09 – NoCanto Bar – Nova Odessa, Brasil

Serviço São Paulo

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Rock’n’Roll Burger apresenta Richie Ramone

Realização: CP Management

Dia: 28/08 (Domingo)

Local: Clash Club

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Endereço: R. Barra Funda, 969 (próximo ao Metrô Palmeiras – Barra Funda)

Horário: 17h

Bandas de abertura: Dilinger & Gabriel Thomaz (Autoramas), Madrenegra, Corazones Muertos, Subviventes

Evento Facebook
Censura 16 anos

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Ingressos:
1º lote: R$ 80,00 (meia entrada/promocional antecipado*)
2º lote: R$ 90,00 (meia entrada e promocional antecipado*)
Porta: R$ 100,00 (meia entrada e promocional*)
Camarote: R$ 140,00
*Promocional com 1 Kg de alimento não-perecível (proibido sal e açúcar)

Venda online

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3 Comments

3 Comments

  1. Fabio

    1 de novembro de 2016 at 21:22

    muito bom esse material, gostei bastante, obrigado!

  2. Anônimo

    12 de dezembro de 2016 at 14:21

    Marky Ramone é o maior cuzão. Vem pro Brasil fazer shows meia-boca com bandinhas covers de quinta categoria do Ramones, tocando as mesmas músicas de sempre, aquelas mais manjadas tipo I Wanna Be Sedated. É também um oportunista e um grandessíssima picareta. Porque esse idiota não grava músicas inéditas dele mesmo e deixa a ex banda dele em paz? Esse idiota merecia um soco no meio dos dentes pra ficar desdentado e nunca mais fazer shows com músicas dos Ramones. Nem o melhor baterista da banda ele foi. O Richie sempre foi muito melhor que ele. E foi com Richie que a banda gravou seus discos mais pesados e mais punks mesmo. Voltou pra banda com o rabinho entre as pernas e sempre foi falso com o pobre Joey Ramone. Hoje no entanto ele fala mal do guitarrista Johnny, chamando-o de “antissemita”. Mal agradecido, deveria ficar de boquinha calada, já que sempre foi um eterno nada nos Ramones, com essa cara de retardado que sempre teve. Se não fosse por Johnny tê-lo aceitado na banda, esse bundão estaria vendendo sorvetes na rua e sendo um zé ninguém. Marky Ramone you are the bullshit. Your mother is sucking cocks in hell.

  3. Anônimo

    12 de dezembro de 2016 at 14:23

    Richie é um baterista infinitamente superior ao idiota do Marky Ramone que não toca nada e só vem pro Brasil fazer shows medíocres com bandinhas ainda mais medíocres, tocando a mesma carne-de-vaca de sempre do repertório do Ramones. Marky Ramone é um picareta, um oportunista que só faz shows pra ganhar dinheiro em cima de sua ex banda.

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