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Entrevista | The Get Up Kids – “Costumava me incomodar porque originalmente emo era um insulto”

Something to Write Home About certamente não é o primeiro álbum considerado emo, mas ajudou e muito a mostrar caminhos e influenciar uma turma grande de artistas depois dele. Agora, 25 anos depois de seu lançamento, a banda norte-americana The Get Up Kids celebra a obra tocando o álbum na íntegra. O Brasil é a primeira parada da tour, que entre 23 de agosto e outubro vai rodar Estados Unidos e Canadá.

Após passar pelo Rio de Janeiro na quinta (1), The Get Up Kids chega a São Paulo no domingo (4), como headliner do Oxigênio Festival, que vai rolar no Campo de Marte. O festival, aliás, conta com vários nomes de peso em seus dois dias (3 e 4): Hot Water Music, Chris Cresswell (The Flatliners), Hateen, Dominatrix, Bayside Kings, Apnea, Karaokillers, Nitrominds, Questions, Sugar Kane, Aditive, entre outros. Ainda há ingressos disponíveis.

A diversidade sonora do festival, que conta com nomes do hardcore, punk, emo, metal e crossover, não é um problema para o Get Up Kids. Apesar de ser considerada uma referência para o público emo, a banda por muitos anos lutou para não se associar com o gênero. Mas isso parece ser coisa do passado para os integrantes. De acordo com o baixista Rob Pope, que concedeu uma entrevista ao Blog n’ Roll, isso não é mais um problema.

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Sete anos após a primeira e única turnê pelo Brasil, o Get Up Kids está pronto para celebrar a sua maior obra no País. E, além de tocar o disco na íntegra, deixará um espaço para outras surpresas.

Como está a expectativa para o show em São Paulo? Haverá espaço para outros álbuns no set?

Estou muito ansioso. Nossa última vez lá foi incrível e não espero nada menos desta vez. Estamos tocando algumas outras músicas daquela época nesta turnê.

Something to Write Home About é considerado um clássico da segunda onda do emo. Mas vocês nunca foram muito fãs desse termo. Vocês convivem melhor com ele hoje ou preferem não ser visto como um ícone emo?

Eu realmente não me importo com o termo hoje em dia. É o que é. Eu não me referiria a nenhum de nós como um “ícone”, pois parece algo grandioso para nós.

O que mais incomodou vocês sobre o termo? Era como se ele limitasse a definição do som e ignorasse as principais influências?

Costumava me incomodar porque originalmente era um insulto. Não acho que seja mais, mas é daí que eu estava partindo. Honestamente, não penso muito sobre isso.

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Quando Something to Write Home About foi lançado, Get Up Kids embarcou em uma turnê de três anos. Vocês pretendem fazer o mesmo agora? Ou já têm planos para novos álbuns?

Estamos fazendo a turnê Something to Write Home About 25 até o ano que vem. É tudo o que temos agora.

Como você classificaria Something to Write Home About hoje? O que mais te impressionou no álbum?

Eu daria uma nota 8/10. Não é um álbum perfeito, mas não acho que haja realmente nenhuma música horrorosa.

Você mudaria alguma coisa se este álbum fosse gravado hoje?

Nada.

Quais três álbuns mais influenciaram você em sua carreira? Por quê?

Grande pergunta.

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Elvis CostelloThis Year’s Model; The Beach BoysPet Sounds e Fugazi In On The Kill Taker.

As duas primeiras são master classes de composição, enquanto o Fugazi é a referência tanto em atitude quanto em ética. Há mais que eu listaria, mas este é um bom lugar para começar.

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