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Entrevista | Ghostpoet – “tenho necessidade gutural, sede insaciável de criar”

Ghostpoet pode até soar como um nome estranho para os brasileiros, mas é um dos artistas mais criativos e festejados do Reino Unido. Recentemente, ele lançou o quinto álbum de estúdio, I Grow Tired But Dare Not Fall Asleep, que recebeu críticas positivas da New Music Express, The Guardian e Financial Times, três dos maiores veículos ingleses.

A sonoridade transita entre o rock alternativo e o eletrônico, mas com originalidade, algo moderno e criativo. O novo álbum é o primeiro produzido pelo artista de 37 anos, também conhecido como Obaro Ejimiwe.

“Foi uma ótima experiência, bem como uma curva de aprendizado real. Estou realmente inspirado a produzir mais meus próprios discos daqui para frente, assim como para outros”, comentou o artista em entrevista para o Blog n’ Roll.

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Numa evolução frequente, Ghostpoet conta que I Grow Tired But Dare Not Fall Asleep juntou toda sua experiência resultando em algo mais preciso e concentrado.

Breaking Cover, que abre o álbum, é a favorita do artista no momento. Para ele, a canção traz algo sobre o imediatismo e a ousadia. “Se encaixa perfeitamente no meu humor atual”.

Quem acompanha as letras de Obaro Ejimiwe sabe que o músico costuma trazer muitas referências populares, além de suas próprias vivências, algo que se manteve intacto no novo álbum. “Eu tenho essa necessidade gutural, uma sede insaciável de criar, isso fica mais explícito nas músicas”.

O artista, sempre muito engajado no discurso, também comentou os protestos contra o racismo pelo mundo, desencadeados após a morte de George Floyd em uma abordagem brutal da polícia norte-americana.

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“Espero que o protesto em todo o mundo traga mudanças reais a longo prazo. O racismo, em todas as suas formas, está errado e precisa ser erradicado”.

Ghostpoet na pandemia

A pandemia do novo coronavírus também trouxe reflexos para o cotidiano de Ghostpoet, mas isso ele garante ter sido algo mais complicado no início.

“Estou lidando com isso da melhor maneira possível agora. Foi complicado no começo, mas agora estou entrando em uma rotina. Estou desfrutando de uma existência mais minimalista e simplista”.

O inglês tinha uma série de shows agendados para Europa e Reino Unido entre outubro e novembro, mas sabe que dificilmente cumprirá a agenda. Isso, inclusive, deve atrasar ainda mais sua estreia no Brasil.

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“É meu sonho tocar no Brasil um dia. Talvez um dia esse sonho se torne realidade”.

Conhecedor da nossa música, Ghostpoet guarda com carinho alguns nomes. E revela que toda a percussão do novo álbum é criação de um brasileiro.

“Sou um grande fã de música brasileira dos anos 1970. Alguns dos meus favoritos são Caetano Veloso, Gal Costa, Tom Jobim e Milton Nascimento. Eu também trouxe um percussionista brasileiro, o Aluá Nascimento, para o estúdio para fornecer uma essência brasileira ao novo disco. Todos os sons de percussão do álbum são dele”.

Entrevista e texto por Caíque Stiva e Lucas Krempel

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