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Na pegada do Wando e com Cazuza no set, Måneskin encanta mais uma vez em SP

Pouco mais de um ano após sua estreia no Brasil, a banda italiana Måneskin retornou com muitas novidades para os fãs. Na noite de sexta-feira (3), o grupo se apresentou novamente no lotado Espaço Unimed, em São Paulo. 

Quem foi ao show do ano passado e repetiu a dose na sexta-feira, viu dois cenários bem diferentes. Foram poucas as semelhanças entre eles. O álbum mais recente, Rush!, lançado no início do ano, por exemplo, apareceu com nove canções, assumindo o protagonismo, algo que na última vez tinha ficado inteiramente Teatro d’ira: Vol. I (2021).

Don’t Wanna Sleep e Gossip, duas das principais canções de Rush!, foram tocadas logo de cara, abrindo o show. E o feedback do público não poderia ser melhor, cantaram do início ao fim. A cara de satisfação de Damiano David era nítida. 

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O vocalista, aliás, está mais sex symbol do que nunca. Já na primeira música ostentava uma coleção de sutiãs e calcinhas de fazer inveja em Wando (músico brasileiro que chegou a ter 10 mil calcinhas de fãs). Em vários momentos recebeu gritos de “gostoso” e “tira a camisa”. O público não deu descanso.

Nessa apresentação percebi o guitarrista Thomas Raggi roubando a cena com mais frequência, fosse pelos solos ou brincadeiras com Damiano.

A baixista Victoria De Angelis pareceu mais contida na comparação com o show de 2022. Não deixou a animação e as linhas características de baixo de lado, mas não teve tanto protagonismo. 

Måneskin / Instagram

O set também trouxe boas surpresas como duas canções da versão deluxe de Rush!, que será lançado na próxima sexta-feira (10) com cinco faixas inéditas. Em São Paulo, as escolhidas foram Honey (Are U Coming?) e The Driver.

Sempre atenta aos pedidos dos fãs, a banda também improvisou uma versão reduzida de Baby Said, do último disco, para atender o apelo do público.

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Supermodel, Coraline e Beggin‘ (cover do The Four Seasons) vieram em sequência, ainda no início do show, garantindo mais um momento de grande interação entre público e banda.

Mais para a metade do show, uma nova surpresa, mas essa já havia sido antecipada com o spoiler da apresentação no Rio de Janeiro: no palco secundário, localizado na pista comum, Damiano e Thomas tocaram Vent’anni e Exagerado, do Cazuza. 

Antes de iniciar o hit de Cazuza, Damiano disse que aprendeu algumas palavras em português, citou alguns palavrões e emendou com Exagerado, cantada em um português correto e carregado de sotaque. Lembrou muito a vez que Bruce Springsteen cantou Raul Seixas no mesmo local.

De volta ao palco principal, Vic e Ethan Torchio fizeram um duelo de baixo e bateria, enquanto Damiano e Thomas faziam o caminho de volta. 

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Logo depois, outra dobradinha arrebatadora para os fãs: I Wanna be Your Slave e Mammamia.

Lividi Sui Gomiti e In Nome Del Padre vieram para dar um leve respiro antes de mais duas porradas: Bla Bla Bla e Kool Kids. A primeira com Damiano, Thomas e Vic indo para o público, enquanto a segunda teve os fãs em cima do palco.

Tivesse The Loneliest entrado no meio do show, não no bis, Kool Kids poderia ser um fim incrível para a apresentação. Mas aí vem o que considero a única pequena “falha” do set: tocar uma versão estendida de I Wanna be Your Slave. Isso fez muito sentido em 2022, ainda mais com todo o hype em cima do hit, mas o Måneskin já possui um set muito forte para uma banda com uma discografia ainda pequena. Resumindo, o Måneskin não precisava de repeteco no fim.

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