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Crédito: Anthony Molina

Entrevistas

Entrevista | Milky Chance – “Que todos tirem algo inspirador das nossas criações”

O duo alemão Milky Chance, conhecido pelo megahit Stolen Dance, lançou o quarto álbum de estúdio, Living In A Haze, que mostra a dupla saindo da zona de conforto e buscando novas influências, sonoridades e parcerias inusitadas, como a artista maliana Fatoumata Diawara e a canadense Charlotte Cardin.

Clemens Rehbein e Phillipp Dausch conversaram com o Blog n’ Roll, via Zoom, sobre o processo de gravação de Living In A Haze, a relação com Stolen Dance, turnê, entre outros assuntos. Confira abaixo.

Living In A Haze traz o Milky Chance com uma sonoridade bem diversificada. Quais foram as inspirações para esse álbum?

Clemens – Muitas coisas diferentes, no geral. As músicas foram escritas ao longo dos dois últimos anos, e foram muito inspiradas em coisas pelas quais passamos, durante aquele período e no passado. Um reflexo de nós mesmos, de coisas que vivemos, a vida que nos inspira. Não há nenhum grande conceito por trás, nós seguíamos as ideias que surgiam no estúdio. Essa é a principal força por trás.

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Queria que vocês falassem também sobre as participações especiais, as cantoras Fatoumata Diawara e Charlotte Cardin. Vocês já se conheciam? Elas são ótimas.

Clemens – Nós basicamente entramos em contato com elas pelo Instagram, admiramos seus trabalhos. E por sorte nos responderam, encontramos Charlotte Cardin em Berlin e tivemos a chance de ir para o estúdio juntos.

Com Fatoumata, infelizmente, não conseguimos nos encontrar, então foi algo feito de maneira remota, trocando materiais, mas foi muito eficiente. Ela tinha ótimas dias, ela deu um brilho, cantando em sua língua materna, deu cor a música ao álbum.

Com ambas foi muito inspirador, são ótimas cantoras, e instrumentistas, artistas, e pessoas muito doces. Foi um prazer trabalhar com elas.

Living In A Haze chegou com um projeto audiovisual do álbum todo. Onde vocês gravaram os vídeos? Qual mensagem quiseram passar com essa sequência de vídeos?

Clemens – Nunca tentamos colocar uma mensagem muito escancarada, seja na música ou vídeo que fazemos, é algo mais aberto, para todos interpretarem do seu jeito, e amamos isso. Esperamos que todos tirem algo inspirador das nossas criações. Nunca é tipo, queremos falar sobre isso, essa é a nossa opinião. Não é como trabalhamos.

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Os vídeos foram inspirados pelas músicas, ouvimos as músicas e pensamos o que melhor se encaixaria. Trabalhamos com diversas pessoas, por exemplo, no clipe de Living in a Haze, trabalhamos com uma grande diretora, e ela trouxe ideias para nós e foi muito inspirador, trabalhar com diferentes pessoas, tentar coisas novas, não fazer as mesmas coisas de sempre.

Estávamos mais focados em ter uma linguagem mais cinematográfica, é como pensamos quando estamos fazendo os clipes.

O que vocês acreditam que mais mudou no trabalho de vocês do primeiro álbum até aqui? Sonoridade, figurino, mentalidade?

Clemens – Acredito que o cabelo foi o que mais mudou.

Phillip – É bem verdade, ele se foi.

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Clemens – É o cabelo, essa é a resposta. Mas falando sério, muitas coisas mudaram, fazem dez anos, imagine o quanto você mudou, tudo mudou. Mudanças são boas, você sempre tem que ir adiante.

Nas nossas vidas pessoais, muitas coisas aconteceram, crescemos juntos e separadamente no estúdio, aprendemos muito. Fizemos quatro álbuns, passamos muito tempo no estúdio, lapidando coisas, compondo, produzindo, trabalhando junto de outras pessoas.

Abrimos muito o processo, na primeira vez éramos só nós dois, agora envolve mais pessoas. No geral, mudou muita coisa.

Stolen Dance já tem dez anos desde o seu lançamento. Como é a relação de vocês com a canção?

Phillip – É ótima. Estávamos falando antes, depois de dez anos de banda, e tendo mais tempo para ver as portas que foram abertas, e o que criamos a partir dessa oportunidade. Estamos felizes com isso, não acreditamos que seja ruim para nós.

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A música que fazemos hoje está sendo sustentada pelo o que fizemos lá atrás, e o que fazemos agora sustenta o que fizemos lá atrás. Temos que olhar para todo o contexto, e é bom.

Vocês estão com uma turnê extensa pela América do Norte até setembro. Existe a possibilidade de recebermos o Milky Chance no Brasil?

Clemens – Não esse ano, com certeza. Estamos super ocupados com a turnê pela América do Norte, não há nenhum espaço para mais shows. Mas, sim, planejamos, esperamos que ano que vem. Com certeza queremos voltar, tivemos momentos muito bons no Brasil. Só temos que nos organizar para saber como fazer, não dá para tocar em todos os lugares do mundo ao mesmo tempo.

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