*Se por algum motivo você não lembra ou nunca ouviu a banda canadense Nickelback, você certamente foi acometido pelo apagão do filme Yesterday, que eliminou os Beatles da lembrança de quase todas as pessoas do mundo e dos mecanismos de buscas.
E, isso não é exagero algum. Indicada ao Grammy quase que anualmente nos anos 2000, a banda vendeu mais de 60 milhões de cópias de seus álbuns. Posteriormente, foi anunciada como a segunda banda estrangeira que mais vendeu nos Estados Unidos na década 2000, atrás apenas dos Beatles (olha eles aqui).
Na mesma década, o grupo foi eleito o sétimo artista mais influente da década pela Billboard, principal parada de sucessos do mundo. Além disso, teve quatro de seus álbuns eleitos como os melhores da década pela mesma publicação.
Formada em 1995, a Nickelback alcançou o seu auge no início dos anos 2000, com os hits Photograph, How You Remind Me, Too Bad, Rockstar, Never Again, Someday, Far Away, entre outros.
E, agora, os irmãos Chad e Mike Kroeger e companhia vêm ao Brasil pela segunda vez. Igualmente fazendo dobradinha Rock in Rio e São Paulo, como em 2013. A apresentação na Capital será em 3 de outubro, no Ginásio do Ibirapuera.
O baixista e cofundador da banda, Mike Kroeger, conversou com o Blog n’ Roll, por telefone, sobre o show no Brasil, documentário e novo álbum, lembranças da primeira visita ao País, entre outros assuntos. Confira abaixo.
Lembrança do primeiro show no Brasil
Faz tanto tempo que nem lembro direito (do Brasil), mas lembro muito bem dos fãs. Foi muito especial. Eles nos deram boas vindas muito especiais. Nossos maiores números de seguidores em redes sociais são do Brasil. As pessoas daí estão prestando atenção no nosso trabalho e isso nos deixa muito contentes. Eu espero que as pessoas se divirtam no nosso show. Acredito que vamos aproveitar bastante.
Música brasileira
Não consegui (ouvir novos nomes), mas conheço alguns artistas do Brasil, como Sepultura, por exemplo. Além disso, escuto algumas músicas tradicionais daí de vez em quando, porque tem uma sonoridade muito boa mesmo.
Repertório do Nickelback em São Paulo
Acho que precisamos tocar os hits, porque é isso que leva os fãs aos shows em primeiro lugar. Vamos tocar alguns sons do Feed The Machine (último álbum, de 2017) também. Mas para cada canção que incluímos, uma tem que sair. Então é um processo bastante complicado de se fazer. Você cria expectativas nos fãs, que sempre têm suas músicas favoritas. Tentamos agradar a todos.
Parceria com Bon Jovi na primeira turnê no Brasil
É importante tocar pela primeira vez (2013) em um país com uma banda mais experiente e o Bon Jovi nos ajudou muito com isso. Ir com uma banda que tem um volume maior e muito mais fãs é muito legal porque a gente acaba ganhando novos fãs também. Eles nos ajudaram tanto no Brasil, quanto na Europa. Gostamos bastante dessa relação que criamos com eles.
Documentário e álbum novo (pergunta enviada pelo Bruno Cavalcante, da página Nickelback Brasil)
O documentário ainda está sendo preparado. Já terminamos de gravar, mas ainda está em processo de edição. Ainda temos que decidir como será a distribuição. Acabei de falar com o Ryan e ele disse que todos estão trabalhando muito bem para que o documentário seja um sucesso.
Em relação ao álbum, não temos nenhum prazo e nenhum plano. Estamos deixando fluir. Chad está escrevendo novas canções com calma e quando estiverem prontas, ele vai nos mostrar. Só então a gente vai começar a trabalhar firme nisso. Mas não estamos com pressa.
Motivação para seguir com a banda depois de 20 anos
Isso é o que fazemos há muito tempo, na maior parte das nossas vidas: gravar músicas, lançar álbuns e sair em turnê. Então, a motivação é essa. Isso é o que gostamos de fazer, essa é nossa paixão. A motivação é ver o que podemos fazer em seguida. Ver onde podemos ir e o que podemos mudar.
Cover do Slayer
Eu preciso deixar isso claro. O que aconteceu foi que mencionei que EU gostaria de fazer um álbum de heavy metal e EU gostaria de ter um cover de Slayer, não o Nickelback (risos). Acho que o jornalista manipulou um pouco o contexto para ganhar cliques.
Sou um grande fã de heavy metal, hardcore e punk. É o que eu gosto de ouvir. É importante para mim mais do que tudo. Os outros rapazes da banda também gostam, mas sou obcecado.
A verdade é que, se você parar para ver todos os álbuns da nossa banda, cada um vai ter pelo menos uma faixa de hardcore ou heavy metal. É daí que nós viemos.
Não encontro tempo para fazer esse cover. Tenho meus compromissos com a banda, tenho uma família, luto jiu jitsu… faço muitas coisas. Portanto, acho que não tenho tempo para criar uma banda de heavy metal.
Momento do rock
Primeiramente, acho que Panic at the Disco é uma banda fantástica. Acho que as coisas funcionam em ciclos. Rock foi popular por um tempo e não foi tão popular em outro tempo. Temos que aguardar o ciclo voltar para a ascensão do rock novamente.
Quando começamos nossa banda, ninguém ouvia rock direito. Lembro que quando estávamos tentando assinar nosso primeiro contrato com uma gravadora, as pessoas diziam que ninguém queria saber de guitarras mais, mas depois de uns seis anos, o rock voltou ao topo. Então, acredito que é uma questão de tempo.
Política
Bom, nós tentamos não entrar em temas políticos, e vou te explicar o motivo. Sou um cara que acompanha bastante a política e leio tudo que posso para aprender mais. E o que aprendi foi que muitas vezes, nós acabamos virando fantoches da política. Sinto que a verdade está cada vez mais difícil de ser encontrada. Nós podemos fazer grandes pesquisas na internet, mas muita coisa está manipulada. É difícil dizer quem está dizendo a verdade. Muitos políticos que são eleitos não conseguem se manter no poder. Portanto, não estou interessado em ser um bonequinho da política porque não sei qual é a verdade.
Relação de amor e ódio das pessoas com o Nickelback
É algo que acontece com frequência quando um artista ganha notoriedade. Sempre tem os grandes fãs e os haters. Os fãs nunca vão parar de apoiar e os haters nunca vão parar de criticar.
Serviço do Nickelback em SP
Ginásio do Ibirapuera – São Paulo
Rua Manoel da Nóbrega, 1.361 – Ibirapuera – São Paulo
3 de outubro (quinta-feira)
Acesso ao entorno do Ginásio: 18h
Portas: 19h30
Nickelback: 21h30
Classificação etária: 14 anos desacompanhados. Menores de 14 anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita à alteração, conforme decisão judicial.
Valores
Pista: R$ 580,00 (inteira) / R$ 290,00 (meia-entrada)
Cadeira Inferior Central: R$ 650,00 (inteira) / R$ 325,00 (meia-entrada)
Cadeira Inferior Lateral: R$ 550,00 (inteira) / R$ 275,00 (meia-entrada)
Cadeira Superior Central: R$ 350,00 (inteira) / R$ 175,00 (meia-entrada)
Cadeira Superior Lateral: R$ 300,00 (inteira) / R$ 150,00 (meia-entrada)
Cadeira Especial: R$ 450,00 (inteira) / R$ 225,00 (meia-entrada)
Ingressos parcelados em até 4X
Site para compra: Ingresso Rápido
*Texto escrito por Lucas Krempel e Caíque Stiva