Filha de albaneses do Kosovo, nascida na Alemanha e vivendo a maior parte da vida nos Estados Unidos, a cantora e compositora Njomza, de 29 anos, é uma das artistas mais promissoras do pop atual. Descoberta por Mac Miller e co-autora de hits de Ariana Grande, ela lançou na última sexta-feira (12) o EP Stages, o quarto da discografia.
Com inspirações que vão da dance music ao R&B dos anos 90, Njomza está pronta para conquistar ainda mais o público do Brasil – onde sua música é mais ouvida no mundo.
Njomza conversou com o Blog n’ Roll, via Zoom, sobre o novo trabalho, a influência de Mac Miller e a ligação com Ariana Grande. Confira abaixo.
Suas músicas têm um grande alcance entre os ouvintes brasileiros. Você esperava isso? O que você acredita que foi fundamental para esse “match” entre você e os fãs daqui?
Não, e é tão legal. O fato da música viajar pelo mundo assim é incrível para mim. Não tenho certeza, mas seja o que for, estou feliz por isso. Pode ser por minha música ser dançante. Pelo o que vejo online os brasileiros são muito apaixonados em relação a música, pode ser o caso.
Por falar em Brasil, você pretende se apresentar aqui?
Adoraria, seria um sonho realizado. Não tenho nada preparado para apresentar no Brasil, na verdade, mas espero poder fazer isso acontecer.
O que pensa quando escuta alguma pergunta sobre o Brasil?
Me parece tão grande, e quero visitar tanto. Sinto que tudo que vi pelo Brasil foi pela internet, e sempre que meus fãs dizem para ir ao Brasil, digo que quero muito. Espero poder organizar algo para poder ir aí o mais breve possível.
Sua trajetória possui composições com Ariana Grande. Pretende manter essa vida como artista solo e compositora?
Sim, definitivamente quero continuar a composição, amo fazer música sozinha para mim mesma, mas é um nível de criatividade diferente quando posso escrever para outros artistas e colaborar com outros artistas.
Como faz na hora de dividir o que você vai gravar e o que vai passar para outro artista?
É difícil decidir, mas geralmente quando estou fazendo uma música, eu sinto que ela se encaixa para mim. Mas quando trabalhei com outros artistas, eu geralmente estava lá para trabalhar para eles, ou com eles, na intenção de fazer a música para eles. É fácil, pois sei que não posso pegar a música para mim.
Mac Miller foi o responsável por descobrir você. Como era a relação entre vocês? E o quão importante foi ter recebido esse apoio?
Ele era incrível, um grande amigo meu, e um mentor incrível, que me ensinou os caminhos da indústria musical. Assistir ele fazendo música já me ensinou muito, apenas estudando ele, um músico e um compositor incrível. Sou muito sortuda de ter experimentado isso.
Foi tudo, sinto que ele foi quem abriu a porta para mim na indústria musical. Me sinto muito honrada e sortuda que ele me colocou debaixo de sua asa.
Você tem um perfil multicultural. Esse mix é colocado em seus trabalhos? Você sente que tem um pouco de cada nos seus trabalhos?
Gosto de pensar que me influencia naturalmente, claro. Cresci ouvindo música albanesa pelos meus pais, e em Chicago eles têm a própria cena musical, e em Los Angeles tem de tudo. Gosto de pegar pequenas partes das coisas que experimentei ao longo da vida e misturar tudo.
Emotional, seu novo single, ganhou um vídeo dance coreografados pelos bailarinos brasileiros Caco Aniceto, do ballet da Gloria Groove, e Karla Souza. Como foi essa experiência?
Tão legal, quando vi o vídeo, pirei, assisti cinco vezes seguidas. Eles são tão bons, queria poder dançar igual a eles. Não cheguei a conhecer eles, alguém da minha equipe sugeriu que eles fizessem o clipe e topei na hora.
Consegue listar três álbuns fundamentais para tua formação como artista?
Back to Black, da Amy Winehous, Blond, do Frank Ocean, e Riot!, do Paramore. Acredito que são todos grandes influências para mim. São todos muito diferentes entre si, mas é isso.